sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Predestinados 2: F & A - Capítulo 22

Capítulo 22: Consertando para a perfeição

Ponto de Vista do Nick

            Quem aquele animal pensava que era para colocar as mãos em cima da Maggie?
- Quem você se julga, seu animal? – eu perguntei rosnando.

Eu tinha chegado mais cedo que os outros da caça e não estava gostando nem um pouco de ver o que ele estava maquinando contra minha mãe e minha Maggie.

- Nick, esse animal é pior do que você pensa. – minha mãe sussurrou.

- Como assim? – eu perguntei e Maggie me lançou um olhar estranho.

“Veja com cautela.” – minha mãe introduziu essas palavras na minha mente e repassou tudo o que tinha descoberto sobre a chantagem até o mais ínfimo pormenor.

- Mas?!?! Como é possível para esse canalha fazer uma coisa dessas? – eu indaguei indignado.

            Um choro fininho se ouviu do segundo andar. Elena! Mamãe deveria estar cuidando dela.

- Elena, Nessie. É a Elena. – Maggie sussurrou baixo demais para os ouvidos de Damian captarem. Ele não ouviu nada.

- Eu vou. – ela disse.

- Seu idiota. Seu parvalhão. Seu… – eu o insultava com tudo – Você vai contar para polícia o que aconteceu. E vai apodrecer na cadeia! – eu disse o socando.

- Como prova? – ele gracejou – Eu nem morto irei contar a verdade!

- Vai sim. – Elena disse certa – Nessie me conta, por favor, por favor, por favor!!! – Elena pediu baixinho com muita persuasão. Não valia a pena esconder nada. Nessa família não havia segredos.

- Ok…Tudo bem… – mamãe disse e provavelmente começou passando a informação para Elena. Eu estava super nervoso. Tudo o que eu queria era quebrar o pescoço daquele garoto pelo que ele fez!

- Olha aqui. – Elena disse andando pelo chão e puxando a jaqueta dele para que ele se sentasse no sofá.

- Quem é essa coisa “fofa”? – Damian perguntou ironicamente. Ai dele se tocasse na nossa princesinha com um dedo…

- Não me chama fofa! – ela pediu séria – Muito menos com essa ironia.

- Para uma criaturinha com seu tamanho, você parece ser muito esperta. – Damian observou ainda zoando.

- Não fala com ela! – Maggie ameaçou e abraçou Elena que lhe deu um beijo na face.

- Porquê? Quem manda? – ele inquiriu com deboche – Por acaso…essa menina… Essa menina é sua filha???

- NÃO! – Maggie e Elena gritaram ao mesmo tempo.

- Hum…muito estranho…Ela tem idade para ser sua filha…

- Isso não interessa nada. – Elena voltou a falar, dessa vez mais perto de Damian – Você vai contar a verdade para a polícia.

- Não vou não. – Damian afirmou seguro de si.

- Vai sim! – Elena disse fixando os olhos nos dele. Ele não desviou nem um pouquinho, apenas assentiu.

- Vou contar sim. – ele repetiu.

- Vai contar cada pormenor de seu crime e se declarar culpado. – Elena ordenou. Eu não estava percebendo nada…

- Vou contar cada pormenor de meu crime e me declarar culpado! – ele concordou convicto.

- Não vai lembrar de nada de esquisito que possa ter presenciado na minha casa. – Elena comandou.

- Não irei lembrar de nada de esquisito que eu possa ter presenciado na sua casa. – Damian adicionou.

- Não irá falar nada sobre o envolvimento da Maggie nessa história. – Elena ordenou.

- Não irei falar nada sobre o envolvimento da Maggie nessa história. – Damian repetiu.

- E a partir de hoje ficará longe da Maggie, do Nick e de todos que vivem nessa casa. – Elena disse firme.

- E a partir de hoje ficarei longe da Maggie, do Nick e de todos que vivem nessa casa. – Damian concordou.

- Pode ir, então. Para a delegacia. – Elena mandou.

- Para a delegacia. – ele afirmou e saiu como que em hipnose.

            O que tinha sido isso? Ele tinha obedecido a cada palavra de Elena sem ao menos questionar…

- O que foi isso? – eu e Maggie questionámos em coro.

- Eu não sei… – mamãe respondeu – Talvez um dom…

- Um dom, maninha? – Elena perguntou muito entusiasmada.

- Talvez, querida. – mamãe respondeu docemente – Talvez!

- Vamos esperar pelo vovô Carlisle. – eu disse – Ele saberá melhor.

            Umas duas horas depois, a minha família chegou da caçada divertidos e animados, mas logo se acalmaram quando viram nossas caras sérias.

            Depois de tudo explicado, vovô Carlisle concordou com a teoria da mamãe: Elena realmente tinha um dom. Um dom muito poderoso que poderia chamar a atenção de outros e causar muita inveja. Elena tem o poder de controlar mentes!



Tias Rose e Alice estavam ansiosas. Caroline e Sara tinham ido dormir a casa de uma amiga delas da escola, humana. Era a primeira vez que elas dormiam fora de casa!

Maggie e Angie saíram para uma longa conversa sobre o pai delas e esse segredo. Na realidade, eu nem sabia o que pensar.

            Se por um lado ela não teve culpa, por outro, ela não confiou em nós o bastante para nos contar. Mas, eu penso se eu tivesse no lugar dela: teria eu coragem para o fazer, achando que eu era o culpado?

            Seja como for a conversa delas tenho certeza que não ia ser fácil, muito dura e cheia de lágrimas (ou pelo menos de um lado, sendo que a Angie…bem a Angie não pode deitar lágrimas na sua condição de vampira).

            Eu tenho de dar um jeito nisso…eu preciso de falar com ela. Eu preciso pôr um fim nisso, de vez!

Ponto de Vista da Maggie

            Minha conversa com Angie não foi nada fácil, mas foi de longe a MAIS sincera que eu tive com ela em toda a minha vida.

            Mas no fim de muito choro, (alguns gritos também) e muitas explicações, tudo acabou bem e ela me abraçou, me perdoando por esconder.

            Alívio era um sentimento que transbordava dentro de mim nesse momento. Saber que eu não tinha morto meu pai era bom. Eu estava lá sim, mas não fui eu que o matei.

            Agora só faltava uma pessoa que eu tinha de falar: Nick. Ele não estava na sala e Mary me aconselhou com um sorriso que eu fosse para meu quarto descontrair.

            Eu subi as escadas porque eu estava realmente necessitando de um bom banho relaxante. Eu esperava que a água, agora que eu já não estava tão culpada, pudesse lavar minha consciência e minha alma e me trouxesse a calma o suficiente para falar com Nick e tentar resolver as coisas entre nós.

            Quando eu sai do banheiro, de roupão, eu fui para meu quarto e eu encontrei lá um bilhete junto com uma rosa vermelha.

Maggie, depois de tudo o que aconteceu, eu acho que temos de falar. Venha ter comigo na minha antiga casa. Fico te esperando, Nick.”   

            Uau! Eu não sabia o que pensar disso. Eu deveria ficar contente ou assustada? Eu estava os dois!

De qualquer jeito, ele estava absolutamente certo. Nós precisamos de falar. Eu preciso de seu perdão. Sem isso, não dava para viver.

Eu vesti um vestido branco curto parecido ao que eu usei no casamento da Nessie, mas em branco.

Passei lápis preto nos meus olhos, pus um pouco de sombra prateada brilhante, coloquei um pouco de rímel para delinear as minhas pestanas e por fim suavemente preenchi meus lábios com um gloss. Deixei meus cachos soltos com um ar quase rebelde.

Peguei minha bolsa e meu celular e chamei a Nessie.

- Ei, a casa pegou fogo, Maggie? – ela perguntou.

- Pode, por favor, me emprestar seu carro? – eu pedi. Meu carro era demasiado lento para aquilo que eu precisava.

- Claro. Onde você vai? – Nessie quis saber.

- Resolver o que eu já devia ter resolvido. – eu respondi.

- Hum…certo. – ela sussurrou com um sorriso doce – Estou torcendo por vocês!

- Obrigada. – eu agradeci – Faça figas!

- Tou fazendo! – ela disse e me mostrou seus dedos – Agora se despache. Pode pegar as chaves na ignição.

- Obrigada de novo! Por tudo! – eu gritei e desci as escadas quase correndo. Esbarrei com algo. – Upps.

- Boa sorte, Maggie. – a Mary me desejou dando a mão ao Seth.

- Obrigada. – eu disse, peguei as chaves e comecei dirigindo à máxima velocidade para Forks.

            Eu não sabia bem porque eu tinha me arrumado tanto. Bem…eu sabia sim. Eu ia estar com o Nick. Ele podia estar zangado comigo, mas mesmo assim eu o amava e eu queria estar linda para ele.

            Sendo assim, arrumada do jeito que eu estou, não dava para me transformar em loba e correr simplesmente. A transpiração correndo ia estragar minha maquilhagem, minha roupa ia ficar suja no meu tornozelo, meu cabelo ia ficar bagunçado e de jeito nenhum daria para transportar meus sapatos de salto pretos.

            Então, minha única opção era ir de carro. Podia ser mais lento do que correr, mas era mais viável.

       Milhões de ideias de como me explicar para o Nick passavam pela minha mente. Ansiedade e nervosismo preenchiam cada órgão de meu corpo.

            Finalmente, depois de um tempo, eu estava parando esse carro, bem na frente da antiga casa do Nick, bem ao lado da casa dos Cullen. No meio de muita floresta e longe das pessoas, para que não chamassem muitas atenções.

Respirei fundo ainda incapaz de olhar para a casa, com os olhos fixados nos meus joelhos. Eu tinha de fazer isso. Eu ia fazer isso!

Sai do carro, olhando apenas e só para o chão. Eu não tinha coragem ainda para olhar para cima (ou em frente) e encarar isso. Encaixei a última tira dos meus sapatos (porque eu conduzi descalça, era mais confortável) e atravessei o portão alto que tapava todo o jardim, que era quase do tamanho do primeiro andar.

Me lembrei de respirar mais uma vez e me acalmar, pois no fundo, eu só tinha de me explicar e nós fomos feitos um para o outro. Mas seria assim tão fácil?

Na relva eu encontrei pequenas velas em duas linhas paralelas que formavam um corredor preenchido por pétalas de rosa vermelhas como aquela que Nick tinha deixado para mim.

Isso era tão romântico! Meu coração bateu mais forte e descompassado com isso. Comecei seguindo as pétalas ao longo do caminho bem iluminado com as velas e cheguei ao fim da trilha.

Uma toalha com uma cesta de piquenique estava aberta no chão com algumas das compotas preferidas, bem ao lado da piscina.

Uma música baixinha e confortante tocava das colunas da piscina. Ele tinha feito isso tudo para mim? Borboletas voavam no meu estômago.

Uma visão dos céus preencheu meu campo de visão! Nick com um avental saiu da cozinha com dois pratos (um em cada mão) e pousou-os, um de cada lado da toalha para nós.

- Oi. – eu sussurrei completamente surpreendida e rendida. Eu tinha vindo me desculpar e eu chego aqui e encontro tudo enfeitado e perfeito.

- Espero que goste de comida embalada porque é tudo o que tem aqui. – ele sorriu tímido.

- Comida embalada. Soa bem para mim. – eu respondi e me sentei na toalha.

- Ainda bem. – ele disse e seguiram-se alguns segundos de silêncio que revelaram alguma tenção.

- Sabe… – nós falámos ao mesmo tempo e imediatamente nos calámos – Você primeiro! – dissemos de novo em coro o que levou a algumas risadinhas.

- Primeiro as damas. – ele se defendeu.

- Certo. – eu concordei ficando um pouco desconfortável por ter de falar tudo aquilo, estragando aquele jantar perfeito – Sabe, eu nunca…eu nunca…Nick…

- Sim…

- Nick…Nick me desculpa. – eu pedi e baixei a cabeça – Você não merecia. Eu pensava que eu tinha matado meu pai. E eu fui tão cobarde…Eu não tinha coragem para contar para você que eu tinha sido aquela pessoa…Aquela não sou mais eu…Eu nunca voltei a ser daquele jeito…E eu nunca voltaria para o Damian…Nick, eu te amo tanto! – eu disse tudo de uma vez – E eu percebo perfeitamente se você não quiser me desculpar…

- Shuss… – ele sussurrou com seu dedo nos meus lábios e levantando meu queixo – Eu te amo também. MUITO. – Nick disse com os olhos brilhando.

Ele afastou meu cacho e se aproximou. Sua respiração e seu cheiro embateram com força na minha face. Eu fechei meus olhos e nossos lábios se tocaram, primeiro suavemente e depois com muita intensidade, própria uma vez que não nos tocávamos fazia um tempo.

Sua mão se entrelaçou nas minhas costas e meus dedos percorreram seu cabelo, agarrando sua nuca com uma mão e descobrindo suas costas com a outra.

- Eu te amo. – eu disse quando nossas bocas se separaram, nos permitindo respirar, ainda que nossos narizes estivessem perfeitamente colados.

- Eu também. – ele respondeu com sinceridade e me beijou de novo, desta vez mais profundo e mais intensamente.

- Me perdoa. – eu pedi com lágrimas descendo minha face.

Ele se afastou um pouco e eu pensei que tudo estava perdido. Ele tinha recuado. Ele passou a mão por seus cabelos e coçou sua cabeça, tal como o Jacob quando estava pensativo.

Ele se inclinou de novo e me puxou para mais um beijo.

- Isso responde? – ele sussurrou ainda nos meus lábios.

- Responde. – eu disse e sorri de alívio.

- Tenho uma novidade para você. – ele disse quando estávamos comendo.

- Conta. – eu o incentivei.

- Eu não vou contar, eu vou mostrar a você. – ele comentou misterioso.

- Hum, então vamos, mostre para mim.

- Agora não. Mais tarde, amor.

- Ok… – eu disse derretida pela última palavra que tinha saído da boca dele: “amor” – Porquê não?

- Porque agora vamos dançar, se a senhorita me deixar ter essa dança, claro. – ele adicionou todo cavalheiro. Pressionou um botão no comando do rádio exterior e mudou para minha música preferida.

- Você pensou em tudo, não é mesmo? – eu questionei e ele assentiu – Seria uma honra. – eu aceitei seu pedido agarrando sua mão estendida e me levantando.

- Você sabe o quanto eu senti falta de sentir você em meus braços? – ele me perguntou, me abraçando enquanto dançávamos – Você sabe o quanto eu queria sentir seu cheiro? – ele perguntou retoricamente e cheirou meu cabelo – Sabe o quanto eu desejei sentir seus lábios nos meus? – ele questionou e me beijou – Tudo isso porque te amo. – ele explicou – Eu amo você Margaret Ateara! Margaret, você é a mulher da minha eternidade! – ele gritou aos sete ventos.

- Eu te amo também, Nick Cullen Black! – eu tive necessidade de dizer – Mas não me chama Margaret não! – eu pedi.

- Maggie, te amo. – ele disse e me beijou com desejo e luxúria como nunca antes eu tinha visto. A música já tinha mudado e eu nem tinha notado até que caímos dentro de água.

- Nós caímos. – eu constatei o óbvio.

- É. – ele comentou.

- E agora o que eu vou vestir? – eu perguntei com minhas pernas enlaçadas na cintura dele.

- Eu ainda tenho alguma roupa minha no meu antigo closet.

- E eu? – eu alertei.

- Com certeza a roupa da minha mãe ou da Mary devem te servir. – ele resolveu o problema.

- Oh…certo. Meu vestido está ficando transparente.

- Isso é legal. – ele deu sua opinião com um ar safado – Eu gosto mais dele assim…

- Nick! – eu soquei de brincadeira seu ombro.

- Que foi? – ele perguntou sem ao menos se envergonhar – Eu sempre ouvi falar “Quem diz a verdade, não merece castigo…” Mas eu nesse caso, até acho que gostava de ver você me castigar…

- Nick! – eu o “repreendi” e depois o beijei.

- Vá, vamos nos trocar. – ele disse meio que a contragosto e saímos da piscina.

            Nós subimos para o segundo andar, pingando toda a casa. Entrei no quarto da Mary e fui a seu closet, mas rápido verifiquei que não usávamos o mesmo tamanho de soutien.

            Fui ao quarto da Nessie e me despi mesmo no closet. Meu vestido estava ficando pesado.

            Arrumei um soutien e uma calcinha preta com renda bem provocante, mas bonita e vesti. Eu estava procurando por algum vestido ainda no closet da Nessie e do Jacob apenas de roupa interior quando o Nick entrou no closet.

- Nick? – eu falei envergonhada tapando meu corpo. Aí eu reparei que ele também só estava usando boxers. OMG! Como ele é lindo…

- Me desculpa. – ele disse tapando os olhos – Eu pensei que você estava no closet da Mary. Eu vim pegar uma calça emprestada de meu pai. Eu gosto muito de uma que ele deixou aqui…

- Sim, não tinha como você saber. – eu desdramatizei – Eu vim pegar roupa interior aqui ao closet da Nessie, porque a Mary não usa o mesmo tamanho que eu…então, eu…vim… – eu disse as últimas palavras meias soltas com o corpo escultural que estava na minha frente. Como ele podia ser assim, tão lindo, tão musculado, tão PERFEITO?

- Maggie…você…você é linda… – ele disse destapando os olhos dessa vez. Eu corei imediatamente.

Eu tinha meu corpo tão exposto…apenas tapado com duas peças de roupa interior imensamente ousadas, de renda preta…

            Foi então que eu pensei. Eu estava extremamente sexy, eu podia ver um imenso desejo nos olhos dele e eu também o queria…eu o queria tomar como meu.

            E não era a primeira vez que ficávamos perto de isso acontecer…e eu não tinha dúvidas que ele era o tal. Com ele é para sempre…porquê adiar mais? Nós não íamos ter outra oportunidade tão boa como aquela todos os dias…isso era simplesmente ideal.

- Você tam-bém. – eu gaguejei e fechei meus olhos só com o pensamento de o ter dentro de mim – Nick…

- Maggie…

- Me beija: tipo, AGORA! – eu implorei de olhos fechados e ele veio sem ao menos pestanejar.

            Suas mãos voaram para minhas coxas e apertaram de imediato meu traseiro. Minhas mãos agarraram suas costas e o arranhei com paixão. Ele pareceu gostar…

      Nossos corpos estavam colados e eu podia sentir seu membro tocando minha intimidade, ainda que estivéssemos com essas zonas vestidas com roupa.

- Tem certeza? – ele perguntou quando eu o joguei no chão do closet (que era por acaso de alcatifa muito fofa) e baixei uma alça  de meu soutien lhe dando um olhar significativo.

- ABSOLUTA.

(Nota da autora: A partir de agora e até ao fim do capítulo, as coisas começam a aquecer e se você se ofende com esse tipo de conteúdo pare aqui.)

- Aqui não. – ele sorriu e se levantou. De seguida, ele pegou em mim no colo. Me senti como uma noiva.

            Enlacei meus braços em volta do pescoço dele e encostei minha cabeça em seu ombro.

            Ele me levou para o quarto da Nessie e me deitou na cama.

- Aqui? – eu perguntei constrangida. Aquele quarto onde a Nessie e o Jacob…

- Meu quarto só tem cama de solteiro. – ele explicou.

- Não incomoda você ser aqui? No quarto de seus pais? – eu quis saber.

- Fruto proibido é o mais apetecido, minha “Eva”. – ele gargalhou.

- Tudo bem. – eu concordei rindo também.

Ele se deitou em cima de mim e beijou meu pescoço. Eu não sei bem se beijou seria o termo certo…ele sugou meu pescoço para ser mais precisa.

Sua linha de beijos subiu para minha orelha e ele a mordeu. Um arrepio de prazer passou por todo o meu corpo.

Sua mão passeava nas minhas costas descobertas enquanto eu descobria cada músculo bem definido dele.

Eu não sabia o que eu estava fazendo. Sim, apesar de minha idade…eu era virgem…Nick era o único homem a quem eu permiti me tocar dessa maneira.

            Nós seríamos os primeiros e os únicos um do outro, nesse campo.

         Seus lábios vieram esmagar os meus e esse beijo se intensificou a um ponto que sua língua dançava dentro da minha boca.

            Suas mãos começaram a brincar com o elástico do soutien de renda e era um claro aviso que em breve o trinco não estaria mais fechado…

            Eu estava envergonhada…Era a primeira vez que nós partilhávamos esse tipo de experiência…

            Eu não quis ficar para trás e comecei brincando com o elástico de suas boxers também. Não que eu tivesse coragem de sequer olhar…

            Sim, eu tinha muita curiosidade, mas olhar…

Um calor subiu dentro de mim, quando uma das suas mãos alcançou minha calcinha e ele enfiou seus dedos dentro dela. Um dedo dele passou sobre minha intimidade e eu fiquei surpreendida com a sensibilidade recém-descoberta naquele ponto…

Eu engasguei seu nome. Ele fechou seus olhos milésimos de segundo antes de eu fechar os meus.

Os mesmos dedos que estavam dentro da minha calcinha (os dedos dele) me penetraram e nesse momento com a outra mão, ele retirou a calcinha preta rendada deixando minha intimidade a descoberto.

Ele a contemplou. Minhas bochechas ferveram no momento. A sensação de vai e vem de seus dedos dentro de mim me fazia explodir, mas ao mesmo tempo me fazia enlouquecer, eu não queria seus dedos. Eu queria ELE dentro de mim AGORA!

          Para que isso ficasse mais fácil, eu tirei suas boxers e foi como diamantes me impedindo de abrir os olhos para ver tamanha maravilha. Eu tinha vergonha de olhar, mas a curiosidade venceu essa.

            Seus dedos deixaram minha feminilidade que a essa hora estava molhada e ele provou de mim. Tanto eu como ele gememos dessa vez.

- Nick, se apressa homem! – eu pedi meia desesperada de prazer.

- Ei, tem calma amor. – ele sorriu.

            Eu suspirei um pouco derrotada. Essa espera estava me matando! Ele gostava de me matar de ansiedade…só podia…

- Reparei numa coisa. – ele falou e eu gelei. Seria alguma imperfeição no meu corpo? Algo que ele não tivesse gostado?

- Ah…sim…Que coisa? – eu perguntei meia a medo.

- Eu estou em desvantagem. Você ainda tem uma peça de roupa. E eu estou completamente pelado. – ele me informou. Como se eu não soubesse!

- Cala a boca e me beija. – eu disse e puxei por seu pescoço o inclinando para me beijar. Uffa! Ainda bem que não havia nada errado comigo…

            Ele fez o que eu pedi, mas depois logo logo tratou de eliminar a desvantagem dele (traduzindo: retirou a única peça de roupa que restava no meu corpo, o soutien).

            Ao fim de um tempo dele me deixar completamente rendida ao desejo, ele finalmente realizou o que pedi, fundindo nossos corpos num só, para todo o sempre…

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Predestinados 2: F & A - Capítulo 21


Capítulo 21: A verdade vem sempre ao de cima!

(Nota da autora: Se lembrem que nem tudo é o que parece! E até ao fim do capítulo revelações vão surgir! Espero que gostem do ponto de vista da amada do Nick!)

Ponto de Vista da Maggie

            Minha vida estava completamente virada do avesso de novo. Damian trouxe de volta tudo o que me atormentava há anos.

            Ele mal tinha crescido desde a última vez que o vi. Aliais, ele tinha 24 anos, mas arranjava vários documentos falsos para poder andar no colegial para se meter com as garotas.

            E a idade foi muito boa para ele, ele conseguia se destacar dentro da multidão, parecia mais velho, mas ninguém lhe dava 24.

            E a mim…assim que ele me viu na Mead High School, me reconheceu de outros tempos…Os tempos em que ele realmente tinha idade para andar no colegial…ele tinha 16 anos e eu tinha 14 quando fomos namorados.

Flashback

- Maggie, florzinha, você não quer namorar comigo não? – Damian, com seus 16 anos de idade me perguntou num dia chuvoso, em Port Angels.

            Há mais de duas semanas que eu estava de olho nele. Damian era o sonho de rapaz para qualquer garota, naquela altura. Devo admitir que ele era bem mais giro que agora.

- Damian…você quer namorar comigo? – eu perguntei a ele só para ter certeza que eu tinha entendido bem. Oh, santa ingenuidade Maggie! Eu era tão ingénua com os meus 14 anos…

- Sim, é isso mesmo, bebê. – ele reforçou e passou seus braços à volta da minha cintura – Quer?

- Se eu quero? Claro que sim! Eu quero! – eu falei e ele me beijou.

Fim do Flashback

            Pensar nisso nos dias de hoje, me dava uma repulsa enorme. Ah, como eu pude ser tão burra?

            Passei por uma fase na minha adolescência que eu era muito rebelde. Sempre me vestia de preto e obriguei minha mãe a colocar eu e Angie em escolas diferentes. Eu não queria ter minha irmã mais velha sempre me controlando.

            Eu não era definitivamente perfeita. Eu podia me considerar um monstrinho na altura. Eu era uma péssima filha e só causava problemas aos meus pais…

Flashback

            Certa noite, eu me levantei para ir ao banheiro, mas a meio do caminho ouvi vozes vindas do quarto de meus pais.

            Decidi abrir uma brecha da porta e escutei o que eles estavam falando…

- Mark, o que eu vou fazer com essa garota? – minha mãe estava perguntando a meu pai.

- Tem calma, Sophie. – papai dizia afagando os cabelos de minha mãe – Ela apenas está passando por uma fase de rebeldia.

- Uma fase? E se não passar? – mamãe perguntou preocupada.

- Passará. – papai disse convicto – Eu acredito na nossa garota. Maggie sempre foi tão dócil e especial, ela vai passar essa fase.

- Assim o espero, Mark. Assim o espero… – mamãe disse e o abraçou forte.

            Eu fechei a porta do quarto deles com muita força e corri para meu quarto, me trancando às chaves.

            “Minha mãe não tinha fé em mim. Achava que eu era um fardo na família?” eram pensamentos comuns dentro de minha cabeça nesse dia.

            Mas no dia seguinte, eu me deixei logo de preocupar com isso e voltei as minhas actividades ilegais habituais…

Fim do Flashback

            Como eu pude ser ainda mais burra? Meu pai, sempre teve esperança em mim. Ele acreditava que um dia eu ia mudar… Ele me defendeu sempre em frente a minha mãe, sem nunca me pedir nada em troca…e o que eu lhe dei? Não foi bem o que eu lhe dei…foi mais: o que eu lhe tirei!

            Eu me transformei em loba e tive sorte de não encontrar nenhuma mente pelo caminho. Corri o mais veloz que pude na minha forma de loba até Port Angels. Havia um sítio que eu tinha de ir.

            Quatrocentos e tais quilómetros para mim não eram nada. Alcancei a cidade em muito pouco tempo.

            Me transformei em humana de novo e me vesti. Lágrimas correram pela minha face assim que entrei naquele lugar.

            Há quanto tempo eu não ia ali? Talvez anos…eu não gostava de pisar na ferida do passado.

            Arranquei algumas das flores que eu encontrei no chão e fiz um raminho improvisado que coloquei na campa de meu pai.

            O cemitério estava vazio. Só eu e todos os mortos estávamos ali.

            Me sentei no chão e comecei a chorar olhando para a campa ali exposta. “Mark Ateara 1969 – 2012”

- Eu sinto tanto, papai! – eu disse olhando para a fotografia um pouco desgastada pelo sol – Eu não queria, você sabe que eu não queria. – eu disse limpando minhas lágrimas, sem qualquer efeito – Eu nunca foi a filha perfeita, mas mesmo assim você me acarinhou e me protegeu como se eu fosse… Eu sinto tanto a sua falta papai…tanto… Eu não queria! Mas eu fiz…eu realmente deveria ter me entregado para a polícia naquele dia…mas eu fui cobarde, eu não tive coragem…

Flashback

- Maggie, só mais um! – Damian disse após 15 copos cheios de vodka que eu tinha bebido – Só mais um! Só mais um! Só mais um! Só mais um!

- Vá…ok…eu bebo! – eu falei com um sorriso bêbedo na cara. Eu estava completamente fora de mim, muito embriagada – Mas esse é o último!

- Claro, baby. – ele disse sorrindo, ele também estava bêbedo, mas não tanto como eu – Você tem dito isso desde o primeiro copo de vodka. E veja quantos já bebeu dizendo que é o último…

            Nesse dia eu tinha faltado à escola para ir à uma festa na casa de Damian, com seus amigos esquisitos que vendiam e consumiam droga junto comigo e Damian.

            Eu além de estar bêbeda tinha meu sangue cheio de haxixe. E eu nem me importava realmente…não era comum consumir muita droga para mim…mas álcool era como meu café da manhã…

Fim do Flashback

            Eu perdi minha linha de pensamentos ai. Olhei de novo para a campa de meu pai.

- Eu era tão irresponsável… E a culpa não era de vocês, não mesmo. Vocês nem imaginavam a metade da porcaria que eu fazia nas vossas costas…desde saídas nocturnas sem permissão pela janela a bebidas e droga, entre outras coisas. Vocês realmente acreditavam que tudo o que havia de errado comigo era rebeldia e maus resultados na escola…Me desculpa, pai. Desculpa eu não ter sido melhor…me desculpa por não ter sido a filha que você merecia… – eu disse com um enorme pesar – Me desculpa por ter roubado sua vida…

Flashback

- Maggie, Maggie! – Damian estava me dando algumas pancadinhas na face quando eu acordei com minha cabeça encostada no volante do carro dele – Maggie, acorda! – Damian disse praticamente em pânico.

- Fala mais baixo! – eu pedi levantando a cabeça que me pesava muito…

- Maggie, nós atropelámos alguém. – Damian disse – Eu já fui lá ver e a pessoa não sobreviveu.

- Nós a matámos? – eu perguntei em choque.

- Sim, o homem está morto. Seu coração não bate. – ele disse. Eu nem fui capaz de olhar para a estrada.

- Oh meu deus! E agora? – eu perguntei. Eu não me lembrava de ter saído da festa, nem me lembrava de conduzir.

- Agora, passa para trás que eu vou nos levar fora daqui. Deixa que eu conduzo a partir de agora. – Damian me disse e eu assenti. Fui para o banco de trás e me recostei de olhos fechados. Eu não estava sóbria o suficiente para me preocupar devidamente por ter matado alguém.

            Algum tempo mais tarde, Damian me acordou de novo e eu não sabia onde estava.

- Onde estamos? – eu perguntei.

- Longe de Port Angels. – ele falou – Estámos em Seattle. Mais precisamente numa das florestas de Seattle.

- Porquê? – eu perguntei super zonza.

- Não acha que eu vou guardar o carro do crime acha? – ele perguntou.

- Você está fazendo isso por mim? – eu perguntei.

- Claro, Maggie. – ele assentiu.

- Obrigada. – eu disse chorando. Eu ainda não estava sóbria o suficiente, mas eu sabia que matar uma pessoa não era correcto – Mas me conta uma coisa, como aconteceu o acidente?

- Nós saímos da festa, você quis experimentar conduzir meu carro, eu deitei o banco do acompanhante para trás e me recostei enquanto você conduzia. E depois, eu fui acordado por um grande estrondo e puxei o travão. Você estava dormindo em cima do volante e à frente do carro estava um homem não muito jovem, nem muito velho…sem respirar…

Fim do Flashback

            Eu me sentia super culpada nesse dia, mas não tanto como agora. Damian e eu ficámos em Seattle, nos alimentámos e esperámos até eu ficar sóbria, o que demorou e foi preciso muitos cafés. Depois, apanhámos um táxi até Port Angels.

            Me lembro nesse mesmo dia quando cheguei a casa.

Flashback

            Assim que me despedi para sempre de Damian (porque tínhamos combinado nunca mais falarmos disso e ele decidiu se mudar de cidade), respirei fundo, arrumei meu cabelo e entrei em casa.

            Eu ainda não podia acreditar que tinha matado um homem…

            A visão à minha frente, na sala de estar chocou-me. Estava um homem com um bloco de notas na mão, com uma expressão amável e minha mãe e Angie abraçadas e vestidas de preto no sofá, chorando muito.

- Os meus pêsames. – ele disse se despedindo delas e se levantou se dirigindo para porta, onde eu estava observando a cena chocada – Força, menina. – ele disse para mim com uma mão no meu ombro e saiu.

- Filha. – minha mãe disse se assoando e limpando algumas lágrimas – Vem cá, Maggie. Temos uma notícia para te dar.

- Que notícia? – eu perguntei esperando o pior.

- Seu pai…bem…seu pai… – mamãe começou, mas as lágrimas impediam-na de falar.

- Morreu… – Angie desabou chorando ainda mais.

- O quê??? – eu disse em choque, caindo de joelhos no chão da sala – Como?

- A polícia ainda não sabe bem. – mamãe falou entre soluços – Ele estava vindo mais cedo do trabalho para casa e de repente um carro colidiu com o dele e ele foi enviado pelo vidro do pára-brisas fora e o embate com o chão foi tão forte que ele morreu instantaneamente.

- Não é possível… – eu dizia mais para mim do que para elas. Meus joelhos balançavam para trás e para a frente em negação, como as pessoas autistas.

- Não é mesmo. – Angie disse – E o pior é que o canalha que o matou fugiu sem sequer chamar uma ambulância!

- Ai, meu deus! – eu disse percebendo tudo. Eu tinha matado meu pai. A pessoa que eu matei hoje não tinha sido nem mais nem menos que meu PAI! – Eu matei ele! Minha rebeldia o matou! – eu gritei entre soluços.

- Se acalma, querida. – mamãe disse com os braços à minha volta, tentando me reconfortar – Seu pai sempre gostou de você, mesmo com essa sua rebeldia. Ele te amava…não vale a pena se culpar. Ele morreu num acidente…o assassino vai ser apanhado…

Fim do Flashback

            Meu mundo caiu nesse dia. Daí para a frente, calada pelo medo de ser mandada para um reformatório ou de sofrer o julgamento de minha família, eu me acobardei e nunca contei para ninguém meu papel como assassina de meu pai.

            Decidi mudar o rumo de minha vida. Deixei as más companhias para trás, eu e minha irmã nos mudámos para um colégio juntas pela primeira vez em Port Angels. Eu virei a filha perfeita, por assim dizer. E não me arrependo de ter mudado, nem por um segundo.

            Mas, me arrependo sim da minha vida de antes dessa mudança. Foi preciso matar meu pai para eu abrir meus olhos! Isso era demais…

- Eu mudei pai. Seja lá onde você estiver, eu sei que você consegue ver que eu mudei. Eu me tornei a filha que você sempre quis ter. Não causei mais problemas para a mamãe e fui uma boa irmã. – eu disse tocando na fotografia que estava na campa – E eu sei que isso não muda o que eu fiz e que eu não mereço a vida feliz que a Nessie me proporcionou desde que eu a conheci…primeiro me ofereceu uma excelente amizade, depois me deu a maior felicidade do mundo quando deu à luz seu filho, o Nick. – eu me lembrei dele e mais lágrimas se formaram nos meus olhos – Eu não mereço ser feliz depois de tudo o que eu lhe fiz, pai. Mas eu fui…fui genuinamente feliz, até aquele carrasca de Damian aparecer de novo na minha vida…

Flashback

            Era meu primeiro dia de aula em Fairwood e eu estava entusiasmada com esse novo rumo de nossa vida.

            Agora vivia na mesma casa de meu namorado e imprint Nick e com toda a sua família maravilhosa e todos me tratavam muito bem.

            Quando o sinal bateu para a primeira aula, dei um beijo de despedida no Nick e entrei dentro da sala.

            Edward e Bella ocuparam logo os únicos dois lugares que havia juntos. Seth se sentou ao pé de um garoto. Nick e Mary se sentaram ao lado de uma garota, cada um.

            E só um lugar vazio restava na sala para mim. Um garoto com uma jaqueta preta estava sentado nessa carteira já. Eu me dirigi para o lugar, com uma estranha sensação de insegurança no estômago. Aquelas costas me diziam algo…parecia como se eu já as conhecesse de outro lugar.

            Me sentei e tirei um caderno.

- Bom-dia. – eu disse me virando para o lado – Ah!

            Ao meu lado estava o meu pior pesadelo, o Damian.

- Maggie? – Damian perguntou.

“Damian, o que você está aqui fazendo?” – eu escrevi aterrorizada. Eu não queria que nossa conversa fosse ouvida por outros da família.

“Isso pergunto eu.” – ele escreveu.

“Você primeiro.”

“Você me conhece…eu gosto de andar a vaguear por ai…e as garotas me amam… E depois, eu fiquei esse tempo todo afastado da escola. Só no ano passado me inscrevi aqui para completar meu ensino médio,” – ele me disse.

“Inacreditável…”

“Baby, ainda não me superou?” – ele perguntou convencido.

“Há muito tempo…”

“Isso é mau. Você vai me querer, já.”

“Se cura, Damian.”eu escrevi. Ele estar ali me fazia lembrar que foi por causa dele que eu bebi e me droguei naquele fatídico dia. No dia…no dia em que eu matei meu pai. Me fazia ter nojo dele.

“Sabe, eu nunca esqueci você.” – Damian adicionou – “Mas, fico feliz de ver você. Assim podemos voltar a ser o que éramos.”

            Ele só podia estar louco. Eu nunca ia voltar para ele.

“Damian já se passaram 8 anos! Não diga que não me superou. Isso é impossível.” – eu escrevi.

“Se quer saber a verdade, não: não superei.” – ele escreveu e olhou para mim de um modo que me pareceu ser sincero.

“É pena. Eu agora não estou disponível.” – eu escrevi.

Pena o caraças! Eu queria distância dele! Ele representava uma fase da minha vida que eu preferia esquecer. Se eu matei meu pai, a culpa foi dele. Ele me levou para esses maus caminhos de álcool e droga.

“Isso não será um problema.” – ele escreveu.

“Como assim?”

“Seu namorado está por acaso aqui na escola, para te vigiar?”

“Claro! É aquele garoto ali, sentado ao pé daquela garota meia ruiva.” – eu o informei.

“Aquele ao lado da Alyssa? Admita, eu sou tão mais bonito!!! J Não há problema. Você termina tudo com seu namorado.” – Damian escreveu e deu de ombros.

“Essa é a última coisa que eu faria no mundo, Damian!” – eu escrevi.

“Então, será! Ou será necessário eu te lembrar o que eu já fiz por você?” Damian escreveu.

Ele não podia estar cobrando isso! Só porque ele não me denunciou, não queria dizer que eu não me tivesse condenado a mim própria.

“Você não tem provas, de qualquer jeito.”eu escrevi tentando parecer desinteressada e despreocupada. Duas coisas que eu sinceramente não estava.

“Será que não?” – ele me perguntou.

“Prove que tem provas!” – eu o testei.

“Olha aqui…”ele escreveu e tirou seu celular do bolso.

Nele, continham várias fotos minhas com a testa encostada no volante, com a roupa que eu tinha vestido no dia do acidente e depois, tinha fotos de uma perspectiva mais longe com o carro dele, eu ao volante, o carro do meu pai e ainda o meu pai após ser projectado, no chão, morto.

Lágrimas escorreram por minha face.

“Ei! Não chora não, Maggie. Se você fizer tudo direitinho como eu estou a falar para você, ninguém nunca saberá que algum dia você atropelou aquele homem.” – ele escreveu rapidamente. Ele não sabia que o tal homem que eu tinha atropelado era meu pai!

“Isso é chantagem!”

“Não é não. É um acordo entre nós. Se você cumprir sua parte, eu cumprirei a minha. Será nosso segredinho!” – ele escreveu e piscou o olho para mim. NOGENTO!

“Nick, nunca acreditará que eu quero acabar com ele.” – eu tentei me justificar.

“Isso é fácil…deixa comigo…” – ele escreveu e o sinal bateu.

            Fiquei com medo dessas últimas palavras de Damian. Ele nunca falava em vão. Ele cumpria sempre o que dizia. O que ele ia falar para o Nick? Ele não podia falar nada! Nick tinha de ficar fora disso!

            Se alguém descobrisse o que eu fiz, não me falariam mais para o resto da vida!

     Nick foi ao banheiro. E quando ele voltou, eu e Damian ao fundo do corredor continuávamos a sussurrar.

- Damian, o Nick vem ai. Vai embora. – eu sussurrei.

- Se lembra o que eu posso fazer contra você! – ele me lembrou – Simplesmente, não impeça. – ele avisou e me beijou, com Nick vendo…

Fim do Flashback

- Papai, me perdoa. Me perdoa por tudo… – eu falei – Tenho de ir agora, eles vão começar a desconfiar se eu não aparecer em casa em breve. Tá ficando tarde…

            E era tarde. Já passava das 21h. Me transformei em loba e corri de volta para Fairwood.

            Quando cheguei ao pé do riacho onde eu tinha depositado minha mala e meus livros, me destransformei e me vesti. Peguei em meu celular e reparei que eu tinha 8 ligações não atendidas da Angie e mais 4 não atendidas do Damian.

            Isso era mau sinal. Ele poderia estar fazendo muita merda… Damian era impulsivo demais.

            Quando abri o portão de casa com o meu reconhecimento digital, tudo parecia estar bem.

            Quando cheguei à piscina, abri minha carteira para tirar meu cartão de entrada (de segurança) na casa dos Cullen e entrei.

            Quando eu estava fechando minha carteira, ela de repente caiu e a foto de meu pai ficou à mostra.

Ponto de Vista da Nessie

            Eu e Damian estávamos a ter uma conversa muito interessante. Mas ele, de maneira alguma, se descosia sobre a Maggie.

            Assim que eu ouvi Maggie chegar no portão, eu comecei usando meu dom de leitora de mentes.

- Maggie está chegando. – eu avisei Damian. Toda a família estava na floresta caçando, menos eu e Elena.

- Ótimo. – ele disse – Já não era sem tempo.

            Maggie fez o reconhecimento digital e depois passou o cartão para abrir as portas da sala. Sua carteira caiu no chão e Damian olhou fixamente para a foto que Maggie tinha lá.

“É…é o homem que eu matei naquela tarde…” – Damian pensou.

            Homem? Ele matou um homem? Olhei para a carteira da minha amiga Maggie e a foto que apareceu foi a do pai dela, que eu já tinha visto várias vezes…

            E foi então que eu entendi…Damian teve um autêntico flashback sobre o dia do acidente que matou o pai da Maggie…

            Maggie e Damian estavam bêbedos e drogados, saídos de uma festa da casa de Damian. Mas, Maggie estava num estado péssimo. Maggie estava tão mal que Damian a deitou no banco traseiro a dormir.

            Damian estava a conduzir feito louco a 220km por hora, completamente sem sentido quando embateu no carro de alguém.

            Esse homem foi projectado para a estrada acabando por morrer instantaneamente. Damian ainda saiu do carro para ver se o homem estava bem, mas o homem estava definitivamente morto.

            Damian não sabia o que fazer e Maggie no meio disso tudo continuava dormindo. Então, ele a retirou do banco de trás, a sentou no banco do motorista com a cabeça encostada no volante e lhe colocou o cinto de segurança.

            Tirou várias fotos à cena do crime como se a Maggie fosse a culpada do acidente e como se fosse ela que tivesse a conduzir. O que era completamente falso e mentira.

            Ele acordou Maggie e a fez acreditar que ela tinha morto aquele homem e os tirou dali. Desde esse dia Maggie e Damian não se falaram mais…até agora…

            Mas Damian não compreendia o que aquela foto estava fazendo na carteira da Maggie. Damian não sabia que aquele homem, o homem que ELE matou era o pai dela!

- Damian! – Maggie disse aterrorizada por o ver aqui.

- Olá, queridinha. – ele falou – Estava esperando você.

- Mas… – ela disse agarrando logo a carteira e arrumando tudo.

            Damian se recordou do dia em que chantageou Maggie na escola e a obrigou a terminar tudo com Nick ou mostraria para todos aquelas fotos que supostamente a incriminavam.

            Então era isso! Ela esteve esse tempo todo achando que era culpada da morte do pai dela e cedeu à chantagem dele.

- Cretino! – eu disse e agarrei no pescoço de Damian.

- Nessie, o que está fazendo? – Maggie me perguntou.

- Maggie, eu sei de toda a verdade. Sei a verdade sobre seu pai. – eu disse.

- Ah! Você contou! – Maggie começou – Você prometeu. Ai, Nessie. Eu não queria. Eu juro que não queria. Foi um acidente…e se fosse hoje eu faria tudo de modo diferente…

- Maggie, não se martirize. – eu disse suavemente.

- Já podia me largar ruiva. – Damian disse de forma quase ameaçadora – E pai? Ainda não percebi nada…

- Não podia não. – eu disse – Maggie, esse aqui, ele é que matou seu pai! Não você.

- Como? – Maggie engasgou – Como disse?

- Isso mesmo. – eu falei – “Eu li a mente dele. Você estava dormindo no banco de trás quando o acidente aconteceu.” – eu introduzi em sua mente e mandei as imagens que eu tinha visto na mente de Damian para ela.

- Ai, seu sacana! – Maggie disse também colocando as mãos no pescoço de Damian.

- Ah, por favor. – ele disse com cara de desboche – Vocês acham que duas garotas frágeis como vocês me param?

- Frágeis? – Maggie perguntou – Você verá quem são as frágeis aqui! Essa é por meu pai! – ela disse e deu-lhe um coice com o joelho naquele sitio. Ele ganiu de dor.

- Parece que ele gostou. – eu disse para Maggie.

- Você já vai ver, Maggie. – Damian disse – Aliais, eu ainda tenho as imagens. – ele afirmou e puxou pelo cabelo da Maggie.

- Me larga. Me larga! – Maggie gritou.

- Larga ela. – Nick disse chegando a casa e dando um valente soco na cara daquele animal.

Notas finais da autora:

Espero que tenham entendido tudo...Damian sempre teve a culpa. Maggie não matou o pai dela! Qualquer dúvida que vocês tenham podem colocar no chat ou comentando aqui no capítulo.

Gostaram do capítulo? Estavam esperando por isso? Eu acho que não...

Bjs e comentem porque eu quero muito saber vossa opinião! *-*