terça-feira, 23 de novembro de 2010

Capítulo 15

Capítulo 15: Aproximação de Joe – Um namorado diferente


Eu estava correndo para a casa grande, sim porque eu decidi ir a casa grande. Digo isso, porque nos últimos 4 meses ou tenho ido obrigada ou não tenho ido a casa grande. Tenho ficado no chalé. Fui a casa grande porque meus pais tinham de pensar que eu estou melhorando.

Eu estava quase chegando quando oiço todos a aplaudirem e a rir.

- Sara, Caroline, maravilhosas! – disse vovó Esme.

- Hein Alice, nossas meninas já se sentam. Isso é tão emocionante! – tia Rose disse.

- Pois é. Incrível. Nunca tinha sentido tanto orgulho de minha menina. – tia Alice respondeu.

- Daqui a pouco já andam… - disse tio Emm.

- Idiota. – disse tio Jazz – Crianças humanas só costumam começar a andar a partir dos 12-14 meses e depende.

- Idiota mesmo. – minha mãe disse. Ela estava aqui?

Entrei na casa e deparei-me com um show de família maravilhoso. Mais amor, hoje não.

- Olá família. – eu tentei parecer animada.

- Oi Nessie. – eles disseram.

- Então, segundo a minha audição, minhas primas se sentaram pela primeira vez? – eu perguntei.

- Sim. – respondeu meu pai.

- Que bom. Já sabem da novidade? – eu perguntei. Eles não deviam saber, meu avô estava na clínica em La Push quando o parto se deu.

- Que novidade? – minha mãe perguntou.

- O filho da Emily e do Sam já nasceu. Eu assisti ao parto. – eu disse.

- Sério? – todos perguntaram.

- Nessie mostra para gente o menino? – pediu tia Alice. Eu não usava meu dom desde, desde que… ele se foi. Aguenta essa Nessie. Tio Jazz vai perceber.

- Tudo bem. – eu disse e mostrei o bebê para a mente de todos – Esse é o Tom, Tom Uley.

- É bonito. – as meninas disseram.

- Mais um cachorro… - disse Emmett. Tio Jazz riu e meu pai também, embora estivesse evitando.

- Eu nem comento. Não faz mais sentido. – eu disse.

- Nos desculpa Nessie. – tio Jazz disse percebendo todas as minhas emoções.

- Deixem para lá. – eu disse – Vou para o chalé.

- Porque não fica aqui no seu quarto dessa casa? Faz tempo que não fica. – disse vovó Esme. Ela tocou na ferida de novo.

- Demasiadas recordações. – eu disse apenas e sai chorando e correndo pela floresta.

- Nessie… - vovó Esme estava ao pé de mim – Me perdoa, eu não queria…

- Você não tem culpa. JACOB – eu cuspi o nome que andava a evitar – é que tem a culpa de tudo. Ele me deixou, ele me trocou... – agora sim eu estava em prantos. Eu tive de dizer palavra por palavra o que eu tenho andado a evitar.

- Nessie, meu anjo, - vovó Esme disse alisando meus cabelos – você não merecia o que ele lhe fez. Você não merecia.

Eu encostei minha face no seu ombro e chorei por minutos.

- Vó, eu preciso de ficar sozinha. Vou para o chalé. – eu disse.

- Tem certeza? – ela perguntou e eu assenti – Tudo bem. Se precisar de mim, me liga.

- Ok. Obrigada vovó. – eu disse – Adeus.

Fui para o chalé. Esse sábado foi complicado. Muito complicado e longo. Eu não estou suportando tanta felicidade à minha volta. Isso magoa. Eu estou despedaçada e talvez “ele” esteja muito feliz com a Leah.

Droga de vida. Isso tem de mudar. Se ele pode se divertir e estar feliz, eu também deveria. Isso VAI mudar.

Jantei qualquer coisa que minha mãe preparou. Nem notei o que era. Nesses tempos apesar de eu preferir muito mais sangue, eu não tenho ido caçar muitas vezes. Só o estritamente necessário.

A noite foi lenta. Meus sonhos me torturam tanto ou mais do que quando estou acordada.

O tempo foi passando muito lentamente. Quando chegou a hora combinada, Joe veio me buscar.

- Oi Nessie, Bella e Edward. – ele disse.

- Oi. – nós respondemos.

- Vamos. – eu disse.

- Vamos. – ele respondeu.

Nós corremos. Eu deixei ele guiar-me. Eu não me importava para onde íamos. Nesses últimos quatro meses, Joe tem sido um ótimo amigo. Ele não insiste para eu falar quando eu não quero. Não me relembra o passado. Tá sempre lá para mim.

- Nessie, - ele disse quando tínhamos chegado a uma cachoeira muito bonita. Nós estávamos sentados na grama – você sabe que eu amo você, não é um amor de amigo, mas sim um amor de homem para uma mulher. – ele disse. Essa é que eu não estava esperando mesmo. Joe me ama??

- Não fazia a mínima ideia. – eu disse meio sem graça.

- Não se preocupa não. Eu sei que nesse momento você não sente o mesmo por mim, mas como nossa amizade é muito sólida, talvez pudéssemos arriscar um formato diferente de vivê-la.

- Formato diferente? Como assim? – eu disse confusa e baralhada.

- Nós podíamos namorar… - ele disse. Eu não o amava. Mas também não o queria magoar.

- Posso pensar melhor no assunto? – eu perguntei.

- Claro. Eu levo você para casa e amanhã você me diz sua resposta. – ele disse. Eu me levou para casa. Quando nos despedimos, ele em vez de me beijar na bochecha, ele se aproximou muito de meu lábio inferior e o tocou. – Tchau. Te amo. – ele disse e se foi que nem um relâmpago. Oh my god! O que aconteceu aqui? Eu senti um pequeno friozinho na barriga. Será possível?

Entrei em casa, com um meio sorriso na cara? Como é possível? Eu to rindo? Minha mãe olhou para mim e me deu um olhar significativo e depois sorriu ternamente.

- Quer falar? – ela perguntou.

- Talvez. – eu respondi e ela abriu ainda mais o seu sorriso.

- Que bom. – ela respondeu.

- Vovó Esme talvez queira estar aqui também. Ela estava muito preocupada comigo. – eu disse e minha mãe assentiu.

- Vou lhe telefonar. – ela me disse e discou no seu celular o número de vovó Esme.

- Esme, Renesmee quer conversar comigo e com você. Pode vir ao chalé agora? – minha mãe perguntou.

- Claro. – eu ouvi vovó Esme responder – Estou ai num minuto.

Um minuto se passou e realmente vovó Esme estava batendo na porta do chalé. Meu pai não estava em casa. Tinha ido caçar com tio Jasper e tio Emm.

- Oi vovó. – eu disse – Venham, vamos para o meu quarto. Me sinto melhor em conversar lá. – eu disse e elas me seguiram. Entrámos no meu quarto e eu me sentei na minha cama. Elas se sentaram também apenas por hábito. Formamos um pequeno círculo de conversa.

- Aquilo com Joe há pouco, foi o que me pareceu ser? – minha mãe perguntou.

- Aquilo o quê? – vovó Esme perguntou.

- Joe quase beijou Renesmee e ela ficou sem jeito. Entrou sorrindo em casa. Ele lhe disse que a amava. – minha mãe disse.

- Nossa. – vovó Esme disse.

- Mais alguma coisa se passou, filha? – mamãe perguntou.

- Sim. – eu disse sorrindo. Cai de costas no colchão da cama. Vovó Esme e minha mãe me fizeram cócegas.

- Conta logo. Bota para fora. – elas disseram em coro.

- Curiosas que vocês são. – eu disse fazendo manha e charminho. Elas trocaram olhares e voltaram a me fazer cócegas – Tudo bem, tudo bem. Eu conto! – me rendi.

- Estamos esperando. – minha mãe disse. Vovó Esme assentiu. Uau, não sabia que vovó Esme era tão fofoqueira.

- Bem, ele me levou a passear em uma cachoeira. – eu disse.

- Sim… - elas incentivaram ao mesmo tempo.

- Ele me pediu em namoro. Pronto já disse. – eu finalmente declarei.

- Ah. – elas soltaram um gritinho. Bem, elas estavam mais extasiadas do que eu própria.

- E você? – vovó Esme perguntou.

- Eu o quê? – eu perguntei.

- O que você disse? – vovó Esme perguntou.

- O que você sentiu? – minha mãe perguntou.

- Você aceitou? – vovó Esme perguntou.

- Ei, ei, ei… – eu disse – Tenham calma. – eu pedi – Eu fui pega desprevenida. Eu fiquei com a resposta pendente.

- O que você vai fazer? O que sentiu? – mamãe perguntou.

- Eu não sei o que vou fazer. – admiti – Eu senti um friozinho na barriga quando ele quase me beijou.

- Ah. – vovó Esme disse.

- A verdade, é que nesses últimos meses, Joe tem sido meu melhor amigo. Ele tem estado sempre lá quando eu preciso. – eu disse, elas assentiram – Ele me ajuda a sentir melhor.

- Se calhar, você devia lhe dar uma oportunidade. – avó Esme disse.

- Você concorda com vovó Esme? – eu perguntei para minha mãe.

- Se ele pode te fazer feliz, fazer com que você regresse à vida, sim. – minha mãe disse.

- Ah, não sei. – eu disse.

- O que você não sabe? – vovó Esme perguntou – Você não sentiu algo diferente quando ele quase te beijou?

- Sim, mas… - eu disse.

- Nem mas, nem meio mas. – ela me disse – Você tem de tentar pelo menos, querida.

- Tente! – minha mãe reforçou a ideia.

- Se vocês o dizem. – eu me conformei.

- Bem, eu tenho de ir. – vovó Esme disse – Carlisle deve estar quase a chegar a casa.

- Adeus. – dissemos eu e minha mãe.

- Adeus queridas. – ela disse e se foi. Minutos depois eu comentei com minha mãe:

- Não sabia que vovó Esme era tão fofoqueira.

- Nem eu, Nessie. – ela admitiu – Ela só entrou no espírito. Ela só tinha pouco mais de 25/30 anos quando foi transformada. Ela era e é jovem.

- Pois. Mas, me custa. Ela é minha avó. Uma avó muito jovem.

- Pois é. – mamãe disse e me abraçou – Estou tão feliz que você esteja recuperando. Eu sei que lá no fundo, você continua sofrendo, só está tentando parecer melhor. – eu a olhei perplexa. Como ela sabia isso? – Você está se perguntando como eu sei isso? Pois é. Você é uma boa atriz, mas eu já passei por isso, se lembra?

- Sim, você já passou. – eu disse.

- Mas, também sei que Joe pode ajudar e muito. – ela disse – Seu pai está perto. Ele deve estar nos ouvindo agora. – ela disse. Eu ainda não estava sentindo o cheiro dele. Era normal, ela era uma vampira completa, eu não. Nós continuávamos abraçadas uma a outra. Fazia um bom tempo que nós não conversávamos.

Meu pai entrou no chalé e ficou encantado com o que viu.

- Minhas princesas se abraçando. Será que existe algo mais perfeito? – ele disse e se juntou ao abraço. – Eu vos amo. Vocês são minha vida.

- Nós também te amamos, papai. – eu disse e minha mãe assentiu.

- Muito. – ela completou.

O resto da noite foi passada a ver um filme em família. Um filme de quando eu era pequena. No inicio, tu estava muito bem. Eu estava me vendo cantar, num mini espectáculo lá em casa, quando eu aparentava ter 6 anos. O pior foi quando o Jake apareceu no filme, ele me pegou ao colo depois de eu ter cantado e me rodopiou no ar. Quando ele finalmente me colocou no chão, ele me disse:

“Eu te amo pequena. Nunca vou deixar você! Você é minha vida.”

Isso me acertou bem fundo no peito. Outra vez não. Ele prometeu, tantas vezes. Ele é um mentiroso. Eu o odeio por o amar tanto. Claro, eu já estava chorando.

- Renesmee, Nessie, nos desculpa. Você sabe que foi Alice a fazer esses filmes, nós não sabíamos o que iria aparecer. – meu pai disse.

- A culpa foi nossa. – minha mãe disse.

- Não, eu não posso ficar assim sempre que algo me lembrar… ele. – eu disse. – Já é tarde, vou dormir. Amanhã tem escola. Boa noite. – eu disse e corri para meu quarto.

Eu me decidi. Não vou chorar nem mais uma lágrima por Jacob Black. Amanhã vou começar uma etapa nova de minha vida. Vou aceitar o pedido de Joe e andar para frente com minha vida.

Tive uma noite agitada. Sonhei com Jacob, ele estava me pedindo ajuda, socorro. Não percebi nada mesmo. Pesadelo estranho.

Acordei com o pesadelo. Fui tomar um banho e depois fui para o meu closet. Se eu hoje ia dar uma volta na minha vida, eu tinha de me vestir bem. Encontrei uns jeans escuros muito bonitos e peguei um top sem alças azul marinho do closet de minha mãe. Peguei na minha franja e coloquei uma mola em meu cabelo azul marinha também. Coloquei umas botas azuis marinhas (tia Alice pensa em tudo) de salto agulha. Sério, juro que ainda não percebi porque ela me obriga a andar todo o dia com sapatos com salto agulha. Bem, deixa para lá. Eu até gosto. Pena, que ela não me compra outro tipo de sapatos.

- Bom dia mamãe, papai. – eu disse quando me sentei na cozinha para comer o café da manhã.

- Bom dia, meu anjo. – minha mãe disse.

- Bom dia, minha metade de vida. – meu pai disse, obviamente a outra metade se referia a minha mãe. – Pronta para mais uma semana de aula?

- Claro. – eu disse. Eu terminei de comer e fui para a sala,

- Bem, e eu que pensei que íamos todos no volvo… - meu pai disse.

- E não vamos? – eu perguntei.

- É, parece que não. – minha mãe respondeu – Vá abrir a porta Renesmee.

- A porta? – eu disse – Eu não ouvi nada. – agora sim ouvi, duas batidas na porta e o cheiro característico do Joe. Ele tinha me vindo buscar?

- Oi. – eu disse.

- Oi Nessie. – ele disse animado – Deixa te dar uma carona para a escola?

- Claro. – eu respondi. – Adeus papai. Adeus mamãe.

- Adeus Nessie. – eles responderam.

Eu entrei no belo Audi preto novinho em folha de Joe. Nós avançámos um pouco na estrada, quando ele começou:

- Eu não quero te pressionar, mas você já pensou no que eu te falei ontem? – ele me perguntou.

- Já. – eu disse.

- Já se decidiu se me vai dar uma oportunidade ou não? – ele perguntou, sempre olhando para mim. Vampiros raramente olhavam para a estrada.

- Sim. – eu disse.

- Sim o quê? – ele me perguntou – Sim você já sabe se me vai dar uma oportunidade ou sim você vai me dar essa oportunidade e aceita namorar comigo?

- Sim as duas coisas. – eu disse.

- Tem certeza? – ele encostou o carro e me olhou fixamente.

- Tenho. Hoje é o inicio de uma nova etapa na minha vida. – eu disse isso e ele me beijou. Não foi um beijo quente, como estava acostumada, foi um beijo gelado. No entanto, esse beijo foi bom, eu acho.

Quando terminamos, ele sorriu para mim, ligou o carro e colocou sua mão na minha perna. Eu lhe lancei um olhar interrogativo, ele olhou para mim e retirou imediatamente a mão.

- Me desculpa. Tou avançando rápido demais para você? – ele me perguntou.

- Não, não tem mal. – eu disse – Pode colocar. – e dito isto, ele recolocou sua mão em minha perna.

Quando chegámos na escola, ele me abriu a porta e me deu a mão. Todo o mundo ficou olhando. Joe tinha aula de biologia comigo agora. Antes de entrarmos na aula, ele me beijou de novo. Estranho, Maggie não estava aqui.

Joe se sentou ao meu lado e passou a aula olhando para mim. Me contemplando. Eu prestei atenção na aula.

Quando chegou na hora do almoço, Angie também não veio almoçar. Ela também não devia ter vindo na escola.

- É estranho, Maggie e Angie, não vieram na escola. – eu disse para Joe quando estava bebendo um sumo de morango. Morango era bom.

- É. – ele disse.

----------------------------------------- 1 mês depois --------------------------------------

Esse último mês foi tranquilo. Eu penso cada vez menos em Jacob. Joe está sempre comigo. Menos de noite. Ele vem me buscar a casa todos os dias e me vem por a casa no fim das aulas. Nos fim-de-semana, ele vem cá a casa e nós fazemos a lição de casa juntos. Depois, nós por vezes vamos passear.

Hoje é sábado. Nós combinámos um passeio até a cachoeira, onde ele me pediu em namoro. Estava na hora combinada. Eu já era capaz de sentir o cheiro dele se aproximando do chalé. Sim, do chalé, porque tia Alice e tio Jazz não o tratam muito bem. Eu não compreendo. O Joe já provou que não nos quer fazer mal. Ele agora é meu namorado. Enfim.

Eu lhe abri a porta. Nós nos beijamos e ele me disse:

- Trouxe essa máquina de filmar. A partir de agora, eu quero fazer um filminho sempre que nós formos passear.

- Boa ideia. – eu concordei. – Vamos. Minha mãe e meu pai foram caçar.

- Tudo bem. – ele disse. Com uma mão ele segurava a máquina de filmar e um tripé (objecto com 3 pernas que segura máquinas de filmar). A outra mão estava entrelaçada na minha. Nós corremos para a cachoeira sempre de mãos dadas.

- Pronto, já montei tudo. Já podemos começar. Em 3…2…1, acção. – ele disse – Sabe que eu a amo?

- Sei. Eu também te amo. – eu disse. Ele me deitou na grama e me beijou. Depois ele explorou meu pescoço, meus braços, minhas pernas (eu tava de calções). Eu o afastei um pouco. Eu não estava preparada para dar o passo seguinte, ainda.

- Tudo bem. – ele disse – Eu te amo.

- Eu te amo Joe. – eu respondi.

Ele desligou a câmara de filmar. Depois se deitou ao meu lado e vimos o pôr-do-sol.

-----------------------------------------3 meses depois------------------------------------

Vários filmes daqueles fizemos quase diariamente. Por vezes, fomos ao cinema, ao shopping, fomos ao Alasca visitar a minha outra parte da família durante um fim-de-semana. Kate continuava apaixonada por Garrett e Tanya arranjou um companheiro: Martin.

Num dos filmes que fizemos ao pôr-do-sol, nós trocámos palavras muito queridas:

- Você me iluminou, quando eu mais precisei. – eu disse.

- Você é minha luz. – ele disse.

- Você é minha estrela. – eu disse. Eu não podia dizer que ele era meu sol, como Jake. Jake era quente, e como ele eu nunca vou amar ninguém. Joe era frio como gelo e me ajudou, me iluminou quando tudo estava escuro, como as estrelas que só aparecem de noite.

- Eu te amo. – ele disse.

- Eu também te amo. – eu disse em resposta.

Notas da autora:

Esse casal pode parecer bom para uns e muito ruim para outros.

Mas, isso é a história do Jacob e da Nessie, não da Nessie e do Joe.

Como muitos já se devem andar a perguntar, porque raio havia o Jake de fugir com a Leah, tendo um amor como ele tinha pela Nessie, um amor tão forte junto com um imprinting… ??

Não confiem no Joe, é um conselho que vos dou.

Próximo capítulo vai desvendar todos os mistérios. TODOS mesmo! Vai ter o ponto de vista do Jacob, com todos os pormenores desde que ele deixou a Nessie até agora; o ponto de vista do Edward e o ponto de vista da Nessie.

Comentem muito. Façam suas apostas em relação ao que possa ter acontecido e eu responderei a todos. Bjs!

sábado, 20 de novembro de 2010

Relembrando... (One-shot)


Relembrando… (One-shot pós BD)

Capítulo único

Eu estava no antigo quarto do Edward na casa grande, quando me deparei com uma mala cheia de roupa dele. Tinha diversa roupa, ele devia a ter usado por um longo tempo. Encontrei também uma carta. Acabei por abrir e ler. Nós não tínhamos segredos.

“Bella,

Me perdoa, eu estou desmoronado. Eu não preciso de respirar, mas também não respirarei mais. Sentir os diversos cheiros e não sentir o seu, me torna um “nada”. Eu sou um lixo por ter deixado você. Agora você morreu e eu não quero nem pertencer mais a esse mundo. Só espero que os Volturi aceitem me destruir. Eu não mereço nem mais um milésimo de segundo nesse mundo. Nem quero.

Sei que segundo o que Alice ia vendo nesses últimos 8 meses que vivi sem você, que você deixou de viver. Deixou de conviver com outras pessoas e praticamente só respirava por obrigação.

Eu sou e fui fraco. Fui fraco porque não consegui a manter em segurança. Sou fraco por não conseguir me auto-destruir nesse momento.

Sei que nesse mundo, você não vai poder ler essa carta nunca, mas espero te encontrar noutro lugar após nossa existência na Terra.

Eu menti, eu te AMO. Mais do que a minha própria vida. Por isso, minha vida termina aqui, em Itália. Me despeço agora. Seu eterno amor,

Edward”

- Bella? – Edward me chamou.

- Que carta é essa, Edward? – eu perguntei.

- Eu tive de me despedir de você, quando acreditei que você tinha morrido. – disse ele.

- Nunca mais repita essa loucura. Mundo sem você, não é mundo. Eu te amo. – eu disse.

- Sabe, eu me lembrei de uma coisa por ver essa mala ai. – ele me disse. Eu lhe lancei um olhar confuso.

- Que coisa?

- Se lembra da mala que Alice preparou para você na nossa lua-de-mel? – ele perguntou e eu assenti. Eu sabia que essa mala também estava guardada naquele quarto. – Renesmee já está dormindo e outros foram caçar. – ele me informou.

- Sim..e? – eu perguntei maliciosa.

- Veste aquelas peças com rendas para mim? – ele sorriu maroto. Eu concordei e repetimos toda noite o que tínhamos feito na primeira noite da ilha Esme.

Esclarecimento...

Esclarecimento:

Kaique, Victoria, Amanda, Carolina, Paloma, Marcia e os restantes leitores... eu percebo que queiram maior rapidez, mais eu estudo, eu tenho minha vida pessoal e eu necessito de tempo para desenvolver bons capítulos... Eu tenho a fic escrita até ao capítulo 18, mas eu só tenho postado 1 capítulo toda a semana pois não consigo escrever todas as semanas e quando não escrevo tenho sempre reservas...para não deixar os leitores na mão... se precisarem de algum esclarecimento, tou disponível para responder a tudo, TUDO mesmo, no meu email pessoal carolinemedeirosp@gmail.com, aqui nos comentários ou no novo chat do blog... Bjs

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Capítulo 14

Capítulo 14: Sem Notícias – Mensagem – Parto de Emy

Se passaram várias horas e Jake nunca apareceu. Meu pai e minha mãe me mandaram deitar.

- Mas pai! Ele ainda não voltou. – eu disse.

- Renesmee, ele não é obrigado a ficar aqui. Ele pode ir para La Push. Ele deve ir amanhã à escola. Você fala com ele lá.
- Tudo bem . – eu me conformei. Minha mãe tinha razão. Eu fui dormir. Tive aquele pesadelo horrendo de novo. Mas, desta vez tinha continuação. Jake me tinha deixado para outra. Acordei gritando muito de novo. Meu pai e minha mãe, já estavam no meu quarto e antes que eles me perguntassem, eu introduzi em suas mentes o meu pesadelo.

- Ah, querida. – minha mãe disse – Foi só um pesadelo. Já passou.

- Tem se repetido muito mãe. – eu disse – Ele me assusta muito.
 
- Isso não vai acontecer. Se acalma. – meu pai disse passando sua mão nos meus cachos dourados. – Se vista. Tia Alice deixou roupa preparada para você.

Eu me levantei, eles saíram do meu quarto e eu fui me arrumar. Tia Alice tinha me preparado um vestido prateado simples e curtinho com uns sapatos agulha de ganga. Meu casaco também era de ganga.

Tomei meu café da manhã sozinha na cozinha. Isso era tão esquisito. Eu sentia que algo não estava certo.

Eu fui para a escola, mas não encontrei o Jake em lado nenhum. Fui para a minha aula de Biologia com a Maggie. O professor Alexis já tinha feito a chamada. Eu tentei encontrar a mente do Jake para saber onde ele estava. Mas, não encontrei nada. O resto do dia se passou assim. Angie e Maggie me perguntaram por Jake, mas eu também não sabia. Joe como sempre foi simpático e atencioso. Ele me levou a casa. Eu tinha vindo com os meus pais, mas era suposto que Jake me levasse para casa no fim do dia. Mas, como ele não veio à escola ele não pode fazer isso.

Mais dias se passaram, eu chorei muito. Eu não sabia nada de Jake. Será que ele não me queria ver porque ainda estava chateado comigo por aquele abraço que eu dei a Joe? Eu não sabia de nada. Eu estava sofrendo muito. Jake não aparecia, eu não vivia.

Agora, eu estava sentada no sofá da casa grande com toda a minha família à minha volta. Eles estavam preocupados comigo. Eles sabiam o que se estava passando, mas queriam que eu expressasse o que eu estava sentindo. Tio Jasper estava num canto mais afastado. Eu sabia que ele estava sentindo a minha dor.

- Renesmee Carlie Swan Cullen, fale comigo. Por favor. – tia Alice pediu me chocalhando. – Faça qualquer coisa, me responda, reaja!

Eu decidi cantar. Expressava melhor o meu estado de espírito. Eu sabia que tinha uma voz muito boa:

Heartbeat –Nneka


You said you'd be there for me

Você disse que iria estar lá por mim

In times of trouble when I need you and I'm down

Em momentos de angústia quando eu preciso de você e eu estou para baixo

And likewise you need friendship

E também você precisa de amizade

It's from my side pure love but I see lately things have been changing

É puro amor do meu lado, mas eu vejo que as coisas foram mudando ultimamente

You have goals to achieve

Você tem metas a atingir

But the roads you take abroad and heartless

Mas a estrada está a tomar no exterior e sem compaixão

That wants you make another way

Isso quer que você faça uma outra forma

You throw stones

Você atira pedras

Can you see that I am half human I am breathing

Você pode ver que eu sou meia humana estou respirando

But you don't give a damn

Mas você nem liga





Can you feel my heart is beating?

Você pode sentir o meu coração está batendo?

Can you see the pain you're causing?

Você pode ver a dor que está causando?

Can you feel my heart is beating?

Você pode sentir o meu coração está batendo?

Can you see the pain you're causing?

Você pode ver a dor que está causando?





Blood, blood, blood.... keeps rushing

Sangue, sangue, sangue .... mantém apressando





And now the world is asleep

E agora o mundo está dormindo

How will you ever wake her up when she is deep in her dreams, wishing?

Como você já acorda-la quando ela é profunda em seus sonhos, desejando?

And yet so many die

E ainda assim muitos morrem

And still we thing that it is all about us

E ainda temos algo que é tudo sobre nós

It's all about you

É tudo sobre você

You sold your soul to the evil and the lust

Você vendeu sua alma ao mal e à luxúria

And the passion and the money and you

E a paixão e o dinheiro e você

See innocent ones die, people hunger for decades

Ver os inocentes que morrem, as pessoas da fome durante décadas

Suffer under civilized armed robbers, modern slaveholders

Sofram assaltantes armados sob civilizado, moderno slaveholders





Can you feel my heart is beating?

Você pode sentir o meu coração está batendo?

Can you see the pain you're causing?

Você pode ver a dor que está causando?

Can you feel my heart is beating?

Você pode sentir o meu coração está batendo?

Can you see the pain you're causing?

Você pode ver a dor que está causando?



Blood, blood, blood.... keeps rushing

Sangue, sangue, sangue .... mantém apressando





Evaded, eliminated, erased, interrogated

Iludidos, eliminado, apagado, interrogado

Our tradition, our love for our fellow countrymen,

A nossa tradição, o nosso amor para com nossos colegas compatriotas,

Our property, our resources - our pride

Nossa propriedade, os nossos recursos - o nosso orgulho





Can you feel my heart beating?

Você pode sentir o meu coração bater?

No, no, no... you don't

Não, não, não... você não



Can you feel my heart is beating?

Você pode sentir o meu coração está batendo?

Can you see the pain you're causing?

Você pode ver a dor que está causando?

Can you feel my heart is beating?

Você pode sentir o meu coração está batendo?

Can you see the pain you're causing?

Você pode ver a dor que está causando?

Ninguém na sala falou quando eu terminei de cantar. Eu não queria falar mais nada também. O meu mundo não tinha sentido. Ele para mim devia estar rodando ao contrário.

Uma semana depois, eu recebi uma mensagem no celular. Preferia não ter recebido.

“Renesmee, você não vai mais me ver. Eu fugi com Leah porque eu amo ela. Não me procure, Jacob.”

Dor, raiva, solidão, traição foi o que eu senti nesse momento. Eu me sentia traída principalmente. Mas, o pior é a sensação de que nem consigo respirar.

O amor, a vida, o significado... acabados.

Meus pais não estavam comigo no chalé. Eu estava sozinha. Fui para a floresta. Andei e andei. O tempo não fazia sentido enquanto eu avançava bem devagar pelo denso bosque. Passavam-se horas, mas também apenas segundos. Talvez eu tivesse a impressão de que o tempo congelara porque a floresta parecia a mesma, independentemente da distância que eu percorresse. Comecei a me preocupar que estivesse andando em círculos, um pequeno círculo, mas continuei andando. Por fim, dei uma topada em alguma coisa – agora estava escuro, eu não fazia ideia do que prendera meu pé – e caí. Rolei de lado, para conseguir respirar, e enrosquei meus braços em volta das minhas pernas.

Enquanto estava deitada ali, tive a sensação de que se passara mais tempo do que eu percebera. Não conseguia me lembrar de quanto tempo se passara desde o anoitecer. Será que ali era sempre tão escuro à noite? Com certeza, como sempre, alguns feixes da luz do luar se infiltrariam pelas nuvens, através das árvores, e encontrariam o chão.

Eu senti passos e vozes, mas não tive a capacidade de distinguir quem era e o que diziam. Nada disso importava agora. Meu mundo não fazia mais sentido. Jacob me deixou e fugiu com Leah.

- Renesmee, Renesmee… Acorde filha. – meu pai me chocalhou no chão da floresta. Eu não me movi. Eu o estava ouvindo, mas mais nada fazia sentido.

- Edward, ela está bem? – minha mãe perguntou.

- Renesmee está sangrando na cabeça, mas não acho que ela se tenha magoado fisicamente. Maldita impressão, maldito Jacob Black. Ela vai passar muito mal. – meu pai disse.

- Não fala assim Edward.

- Ele fugiu com Leah. – meu pai disse raivoso. Eu permanecia de olhos fechados. Cerrei meus punhos nessa hora. – Nessie, está me ouvindo.

- Como sabe que ele fugiu com Leah? – eu perguntei.

- Quando nós chegámos ao chalé e não a vimos, telefonamos para você, mas seu celular tocou em seu quarto. Nos desculpe, mas acabámos por ver a mensagem do Jacob. – meu pai me informou – Você se sente bem?

- Eu… não… consigo… respirar… bem. Dói…muito. – eu disse.

- Eu sei o que isso é. – minha mãe disse num sussurro – Senti exactamente a mesma coisa quando o seu pai me deixou. – ela disse tristemente e meu pai se encolheu. Ele sempre se culpava. Minha mãe me carregou para o chalé e se trancou no meu quarto comigo.

Ela me deu banho, me vestiu o pijama e me deitou na cama. Eu não pronunciei uma única palavra durante esse processo. Eu só conseguia pensar no Jacob e na Leah, os dois juntos, num quarto de hotel ou de uma pensão, sabe deus fazendo o quê. Lágrimas quentes e grossas rolavam pelo meu rosto. Eu sentia um buraco bem fundo cravado no meu peito. Eu me sentia em pedaços. Coloquei meus braços em volta de mim mesma para tentar juntar os cacos do que restava de mim.

- Isso ajuda. Eu sempre fiz isso quando estive sem seu pai. – minha mãe disse.

- Eu…sinto…um…buraco…no…meu…peito. – eu disse entre soluços.

- Também senti. Isso nunca vai passar Renesmee. Eu só consegui me reerguer quando seu pai voltou.

- Mãe, me deixa sozinha, por favor? – eu pedi.

- Claro Nessie. – ela me disse e saiu de meu quarto.

Eu esperava conseguir dormir. Eu queria poder esquecer tudo isso. As ondas de dor que haviam me assaltado pouco tempo antes se erguiam agora com força e inundaram minha cabeça, puxando-me para baixo.

Não voltei à superfície.

………………………………………Meses depois………………………………………

Vários meses se passaram: Outubro, Novembro, Dezembro, Janeiro, agora estávamos em Fevereiro. Como se isso realmente importasse!

O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa.

- Bella, acho melhor afastarmos Renesmee daqui. Já se passaram 4 meses e ela parece mais morta do que nós dois. Devíamos mandá-la para a Flórida para passar uma temporada com Renée. – meu pai disse no andar de baixo do chalé.

- Não acho boa ideia Edward. – minha mãe disse. Eu já estava voando escadaria abaixo.

- Eu não quero ir a lado nenhum. – eu disse.

- Mas, filha, Jacob não vai voltar. – ele disse.

- Eu não quero me afastar daqui. Eu tenho vocês, nossa família, meus amigos… - eu disse.

- Você não tem visto ninguém. Você vai para a escola. Almoça com eles, mas parece um zumbi.

- Vou ligar para Joe. Vamos dar um passeio no parque amanhã à tarde. – eu disse.

- Tudo bem. – minha mãe disse – Edward desista. Renesmee não vai a lado nenhum.

- Ok, ok. – meu pai disse com ar carrancudo.

Eu fui para o meu quarto, peguei meu celular e disquei o número do Joe.

- Alô. – Joe disse.

- Oi Joe. Fala a Renesmee. – eu disse.

- Oi Renesmee. – ele disse animado – Não estava esperando sua ligação hoje.

- Estou sem nada para fazer. Que tal irmos dar uma volta no parque amanhã à tarde? – eu disse. Eu não queria muito ir, mas meus pais ficariam menos preocupados se eu aparentasse que estava melhorando.

- Perfeito. Te pego no chalé às 16 horas. – ele me disse.

- Até amanhã, então. Tchau. – eu disse e desliguei meu celular.

Mais duas extensas e dolorosas horas se tinham passado quando ouvi meu celular tocando com o número da Emy.

- Oi Renesmee. Fala a Emily. – ela me disse.

- Oi Emy.

- Bom, eu estava pensando, como nós não nos temos visto nos últimos tempos podia passar aqui na minha casa? E u queria falar com você. – ela me pediu.

- Tudo bem, então. Chego aí em 20 minutos. – eu disse.

- Fico te esperando. Um beijo. – ela disse e eu desliguei a chamada. Eu desci as escadas do chalé e fui para a sala onde o meu pai e minha mãe estavam vendo um dos meus filmes de bebê.

- Mãe, pai. – eu disse – Ouviram a minha conversa com a Emily?

- Sim filha. – eles responderam em coro.

- Posso ir? – eu perguntei.

- Claro. Vá e divirta-se. – minha mãe e meu pai de novo sincronizados disseram.

- Até logo. – eu disse e sai correndo do chalé.

Corri até La Push. Isso me trouxe lembranças, que eu preferia não relembrar. Eu fui invadida por novos níveis de dor, mas decidi me concentrar no objectivo principal: visitar a Emy. Ela não tem nada a ver com isso e ela merece minha visita.

Eu já estava passando as últimas árvores antes da casa de Emy quando a vi, sentada num dos bancos de seu jardim, com um enorme barrigão de grávida. Quanto tempo tinha passado!

- Oi Nessie. – ela disse animada tentando se levantar.

- Oi Emy. Não precisa de se levantar não. – eu disse.

- Eu estou enorme. Eu nem consigo ver os meus pés. – ela disse.

- Acredito. – eu disse.

- É assim. Ficar grávida de um lobo tem suas consequências. Eles crescem muito… - ela disse e eu me lembrei de como há meses atrás eu sonhava em um dia ter um filho com Jake, com um lobo. Sem sequer me dar conta, a dor já estava me matando com uma ferida aberta de novo. Lágrimas escorriam pelo meu rosto. – Ah, Nessie, me desculpa. Eu…eu não queria… - ela disse se apercebendo do meu estado. Eu coloquei dois dedos na sua barriga.

- Não, tem problema. – eu disse sem ar nos meus pulmões. Sempre que eu falava ou pensava no Jake, todas as células de meu corpo doíam. – Você não fez de propósito.

- Eu sei, mas me perdoa.

- Tá perdoada. – eu disse – Então, já escolheu nome para o garoto? – Eu sabia que era um rapaz. Meu avô Carlisle estava vigiando essa gravidez.

- Já. – ela disse.

- Qual vai ser? – eu perguntei.

- Tom. – ela disse.

- Gostei do nome. – eu disse.

- Obrigada. – disse ela radiante. Ela realmente estava uma grávida bonita, apesar de seu rosto estar desfigurado. – Oi galera. – ela disse quando viu o Seth, o Sam e o Embry chegando.

- Oi meninas. – eles disseram.

- Oi. – nós dissemos.

- Nessie… - Seth me abraçou – Há quanto tempo!

- É. – eu disse. – Tudo bem com você?

- Mais ou menos. – ele disse – E você?

- Mal. – eu disse sincera.

- Percebo. Chega de falar em coisas tristes. – ele disse.

- Sim, chega. – eu respondi.

Nesse momento nós ouvimos todos, um grito. Era Emy.

- O bebê…ai – mais um grito – vai nascer…agora! – ela disse.

- Agora? – perguntámos todos.

- Sim. Nessie, chame seu avô. Ele é meu médico. Eu preciso dele…ai – mais um grito de novo.

- Tudo bem. – eu disse. – Sam a carregue para a cama.

- Certo. – ele disse e a carregou. Eu disquei o número de meu avô.

- Vovô… - eu disse quando ele atendeu – Bebê de Emily vai nascer.

- Eu vou já para ai. A deitem na cama. Preparem toalhas.

- Tudo bem.

- Nessie, você já estudou isso com seu pai uma vez. Aplique seus conhecimentos enquanto eu não chegar. A ajude a respirar. – vovô disse.

- Eu? – perguntei.

- Sim. Eu vou tentar ser rápido.

- Tudo bem. Eu assumo até você chegar. – eu disse e desliguei. – Seth sua mãe está em casa?

- Não. – ele respondeu – Ela foi a Port Angeles com seu avô.

- Droga. – eu disse – Não há problema. Emy respira. Eu já estudei muito bem isso com meu pai, uma vez. Eu vou ajudá-la até meu avô chegar.

- Tudo bem. – ela disse.

- Sam vai buscar toalhas. Traz uma bacia com água também. – eu disse.

- Volto já. – ele disse e foi. Quando ele voltou, eu molhei uma toalha pequena e coloquei na testa da Emy.

- Isso deve ajudar. – eu a informei.

- Alivia um pouco. – ela disse.

- Vou medir sua dilatação. – eu disse. – Você ainda tem algum tempo. Vovô vai chegar a tempo.

- Ainda bem. – Emy disse. Ela agarrou a mão de Sam.

Mais algum tempo se passou. Seth e Embry estavam na sala, por respeito a Emy. Eu já tinha vestido uma camisa de noite nela, para ser mais fácil. Sam foi buscar a bolsa que Emy tinha preparada com a primeira roupinha do bebê. Finalmente meu avô chegou. Ele me perguntou alguns detalhes do que eu já tinha providenciado e eu lhe informei.

- Bem, Nessie se quiser pode ir para a sala. Eu assumo daqui. – ele disse.

- Tudo bem, vou vos dar privacidade. – eu disse.

- Nessie, - Emy me chamou e eu me virei – Fique aqui. Me dê a mão. – ela pediu.

- Ok. Eu fico. – eu disse e agarrei a mão livre dela.

O parto decorreu normalmente. Quando finalmente o bebê estava cá fora, Emy já chorava de emoção. Sam estava completamente encantado com a cena. Sam segurou o garoto. Meu avô cortou o cordão umbilical.

- É um bebê lindo. – Emy disse. Todos concordámos.

Depois eu dei banho no Tom. Emy estava demasiado exausta. Sam tinha medo de fazer algo mal. E eu, bem eu tinha experiência com minhas primas.

- É um bebê lindo e grande. – ouvi meu avô dizer na sala para os garotos. Já não eram só o Seth e o Embry que lá estavam. Eu conseguia ouvir a voz do Quil, da Claire, da Rachel, do Paul, do Jared…

- Emy, toma seu bebê. – eu disse quando terminei de dar o banho ao Tom e lhe arrumar. Ela abriu seus braços e sorriu.

- Tom. – ela disse chorando de felicidade – Lindo.

- É perfeito. – disse Sam também chorando. Bem, o que um filho não faz… O Sam chorar? Bem, eu tava me sentindo meia a mais.

- Eu vou para a sala, esse momento é vosso. – eu disse.

- Espera Nessie. – Sam disse – Vai mostrar o Tom para os outros. Eu tenho de conversar com a Emy.

- Eu? Têm certeza? – perguntei.

- Temos. – eles disseram. Eu peguei o pequeno tom. Era um bebê com os olhos castanhos esverdeados e seu cabelo era castanho claro. Eu olhei para ele e caminhei para a sala. Todos estavam nos sofás ou em volta, conversando.

- Atenção gente… - eu pedi – olhem o Tom. – eu disse e todos se viraram.

- Que lindo! – disseram a Rachel e a Claire.

- O moloque é bonitinho! – disse o Seth, o Embry e o Quil ao mesmo tempo.

- Pois é. – disseram o Jared e o Paul.

- Um futuro lobo no bando. – disse Billy Black. Ai não, de novo não. Essa dor, esse buraco no peito ao ver o pai dele. Eu nem quero pensar no nome dele. Eu não estou aguentando.

- Nessie, você está bem? – perguntou a Claire.

- Sim. Estou bem, não se preocupa não. – menti. Ela reparou. Me lançou aquele olhar de “não pensa que eu cai não. Falamos mais tarde”.

Sam saiu do quarto e foi felicitado por todos. Ele veio buscar o pequeno Tom para Emily.

Fiquei mais um pouco ali, mas aquela felicidade estava me incomodando. Eu senti uma ternura pelo bebê, mas eu não aguentava tar perto de pessoas tão alegres e felizes, enquanto eu estava desmoronando por dentro.

Claire me chamou para um passeio na praia, mas eu lhe mostrei com meu dom que a praia era um mau local. Tinha muitas recordações. Ela queria ir até ao chalé comigo, mas hoje não era o dia mais apropriado com o nascimento do seu primo.

Eu considerava Claire uma das minhas melhores amigas, mas eu não conseguia acompanhar nem metade das suas frases. Na verdade, eu não conseguia manter um diálogo com ninguém desde que… desde que “ele” se foi. Hoje, foi um dos dias nos últimos meses em que eu me mantive mais virada para a realidade. Mas foi só por ser uma situação de extremos. Emily precisava de mim, e eu ajudei-a. Mas a mim, por mais que tentem, ninguém me consegue ajudar.

Fui para casa.

Nota da autora: Esse e o próximo são tristes, mas eu vos garanto que o Jacob tem um bom motivo, e nem tudo o que parece é. Comentem! Bjs