terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Capítulo 20

Capítulo 20: Com os Volturi - Iryna

Mais algum tempo se passou, eu me senti sendo chocalhada. Era minha mãe, eu acho.

- Filha…filha... – ela chamou – Alice!

- Bella! – ela disse – Não tou acreditando!

- Nem eu! – mamãe disse – Me ajuda aqui com a Nessie…

- Nessie…Nessie! – tia Alice chamou. Eu não tinha muita força ainda, mas consegui abrir os olhos. A visão delas preencheu meu campo de visão.

- Filha! – minha mãe disse e me abraçou. Se ela pudesse, estaria chorando.

- Mãe, tia, o que estamos fazendo aqui? O que aconteceu?

- Pelo que eu entendi, – minha mãe disse – os Volturi querem nos adicionar a sua enorme colecção de vampirinhos com dons.

- Como você sabe? – tia Alice disse – E como nós, eu que sou vampira que não durmo, não desmaio, nem nada, desmaiei e fiquei sem sentidos? Espera ai… só se, só se for um dom…

- Sim, - minha mãe disse – aquela vampira nova, a tal que se chama Iryna, ela tem esse dom.

- Bem! – eu disse sentada, mas encostada a minha mãe – Essa vampira parece poderosa…

- Sim. – mamãe disse – Eu tentei proteger vossas mentes, mas ele já estava usando seu dom e eu não consegui. Meu escudo apenas conseguiu proteger minha mente.

- Isso é muito mau. – tia Alice sussurrou – Eu preciso de ter cuidado, muito cuidado. – ela disse e piscou para mim. Nesse momento eu abri o campo.

“Renesmee, eu não posso deixar o Aro me tocar! Imagina se ele sabe da Sara e da Caroline? Mostre a sua mãe essa conversa.”

“Mamãe, abra seu campo. Tia Alice não pode ser jamais tocada por Aro! Aro não pode saber de Sara e da Caroline. Imagina, se ele souber, que agora os Cullen decidiram adoptar criancinhas humanas?”

“Vocês têm razão. Eu vou proteger sua mente Alice. Nessie, seu escudo deve ser o suficiente para a proteger de Aro. O dom da tal Iryna é forte demais para seu escudo, mas o de Aro não deve ser.”

“É isso. Vamos evitar conversar oralmente. Eles vão nos ouvir.”

“Tou sentindo alguém. Alguém vem ai.”

A tal vampira, a Iryna, abriu a porta.

- Oi. – ela disse com seu imponente manto preto – Meu nome é Iryna. Sou eu, que nesta fase inicial, irei acompanhar vocês.

- Oi. – eu respondi.

- Oi. – minha mãe e tia Alice disseram.

- Quem é você? – tia Alice perguntou.

- Já vos disse quem sou. Meu nome é Iryna.

- Não é isso. – tia Alice disse – Você é um membro muito recente da guarda, não é mesmo?

- Eu não devo falar com vocês sobre esse tipo de coisas. – ela disse insegura.

- Ei, eu sou Renesmee. Pode falar connosco. – eu disse. Ela me parecia um tanto assustada, e baralhada.

- Tudo bem, então. Mestre Aro, me mandou ser simpática para vocês. – ela disse – Eu sou sim nova aqui. Passou apenas 3 anos desde que me transformaram.

- Iryna, Iryna Samilyak. – tia Alice disse – Você é…

- Como você sabe meu nome? – Iryna gritou sussurrando.

- Se lembra, eu vejo o futuro!

- Isso, eu sei! Ninguém me avisou que você via o passado! – ela sussurrou um pouco exaltada.

- Eu tou vendo, que você é uma boa pessoa. Você vai ser muito amiga da Nessie. Você vai confiar em nós e nós vamos confiar em você.

- Nessie? Quem é essa? E eu, confiar em vocês? E vocês em mim?

- Eu sou a Nessie. Renesmee é um nome muito comprido. – eu expliquei – Tia Alice nunca se engana nas suas previsões. Se ela diz que será, será mesmo!

- Eu ainda não entendi, porque vocês se tratam como família! – ela disse.

- Me permite, que eu te conte uma história? – eu perguntei. Minha mãe discretamente assentiu.

- Tudo bem. Você não deve me fazer mal.

- Eu vou usar meu dom para isso. Se torna mais divertido e real. Se importa? – ela demorou a pensar.

- Tudo bem. Isto é altamente imprudente, mas me conta essa história. – eu me aproximei dela e lhe toquei. Eu não precisava de a tocar, mas eu não queria que os Volturi soubessem da extensão de meu dom.

Eu lhe mostrei a história de meus pais, com imagens que eu tinha recolhido em suas mentes. Eu mostrei os meus primeiros milésimos de segundos de consciência, quando eu comecei a ouvir meu pai e minha mãe. Mostrei o dia de meu nascimento e a minha história até a quase guerra com os Volturi. Mostrei esse dia horrível com os Volturi quando eu era um bebé. Ela estremeceu. Mostrei meus anos de vida felizes com Jake e o restante de minha família até eu chegar à idade adulta. Não mostrei os humanos que sabiam a verdade envolvidos nisso. Mostrei o dia em que eu e Jake nos acertamos e quantidade de amor que eu sentia por ele. Mostrei o maldito do Joe e a dor que foi pensar que o Jake me tinha traído. Mostrei o dia em que ele me tinha pedido em casamento. E, por fim mostrei a preocupação dele antes de eu ser raptada e uma hipótese, de como ele devia tar pirando agora.

- Nossa! – ela disse quando eu tirei a mão – Que amor! Vossa família, vocês, os Cullen, e esse Jacob Black, ou Jake… Vocês são tão ligados! Ai, como eu queria que alguém me amasse assim, como você ama Jacob e Jacob parece amar você…

- É, - eu disse – percebe que nós aqui, nos juntarmos aos Volturi, é uma missão quase impossível, não percebe? – minha mãe disse.

- Sua história com Edward é linda. – Iryna disse – Eu não devia, mas eu vou vos contar minha história…

- Meu nome é Iryna Samilyak. Nasci a 5 de Abril. Como devem ter percebido devido ao meu nome, eu sou da Ucrânia. Minha mãe se chama Olena e meu pai se chama Alexander. Nasci lá e vivi até meus seis anos de idade. A Ucrânia entrou numa crise económica grave e meus pais decidiram vir trabalhar para a Europa, e viemos morar para Itália, mais precisamente para Volterra. Eu estava estudando aqui numa das escolas, quando certo dia nessa mesma escola eu fui pega por um deles. Eu gritei, eles me bateram. Eles me trouxeram para cá e quando iam terminar com minha vida eu implorei a tudo que eles parassem e foi isso que aconteceu. Eles desmaiaram todos com meu dom. Quando o efeito passou, eles acordaram e mestre Aro decidiu que eu seria um precioso membro para sua colecção e me transformou. Eu tinha apenas 16 anos na altura. Depois de 3 dias horríveis de transformação, eu acordei como uma recém-nascida e eles me levaram para minha antiga casa. Eu estava completamente louca por sangue, a queimação era muita e eu acabei matando meus pais. Demitri queimou minha casa e desapareceram os vestígios daquele crime. Eu matei meus pais! Por mais anos que passem da minha existência, eu sempre vou me condenar por isso. Eu sou muito grata ao mestre Aro por não ter me matado após eu quebrar uma das regras: se alimentar dentro dos limites da cidade. Por isso, como sinal de agradecimento, eu me juntei à guarda Volturi. Já se passaram 3 anos desde ai. Eles me ensinaram muitas coisas, como lutar e controlar meu dom.

- Que história triste… – mamãe disse.

- É. Eu até hoje não consegui me perdoar. Eu sou uma vampira. Uma máquina mortífera. Eu matei meus pais! Qualquer coisa que pudesse aliviar essa culpa…eu faria. – Iryna disse.

- Calma. – eu disse – Você era uma recém-nascida, seus pais eram humanos e você simplesmente não aguentou.

- Obrigada pela compreensão, mas eu não a mereço.

- Você ainda vai conseguir se livrar dessa culpa. – tia Alice disse olhando pelo futuro.

- Não querendo sair do contexto, - eu disse – eu sou meia-humana e eu necessito de ir ao banheiro. Onde eu posso fazer isso?

- Ali, naquela porta. – Iryna apontou – Mestre Aro preparou esse quarto especialmente para vocês. Aquele banheiro foi pensado em você. – ela disse. Banheiro privativo…menos mal.

Agora olhando bem para o quarto, ele não era nada mau. As paredes eram de um branco sujo, apesar de na parede estar escrito “Volturi” a cor vermelho escuro, até estavam bonitinhas. Existem 3 camas nesse quarto. Uma laranja, uma lilás e uma rosa. A rosa é king size. Nas cabeceiras de cada cama tem nossos nomes. A cama laranja está destinada para tia Alice. A cama lilás tem o nome de mamãe, Bella. A cama rosa, king size, contém meu nome, Renesmee.

A porta do banheiro é vermelha escura também. Me levantei da cama e lentamente me dirigi para o banheiro.

O banheiro era em tons branco sujo e rosa. Me pergunto de onde os Volturi foram buscar esse bom gosto? Eles transformaram esse quarto, num quarto realmente bonito e agradável.

Não consigo imaginar de onde surgiu tanto liquido para eliminar. Como meia-vampira, eu não costumo ter muita necessidade de me dirigir para o banheiro. Uma ou duas vezes por dia costumam chegar. Mas hoje, se bem me lembro, já fui umas três vezes…

Sai do banheiro, e encontrei minha mãe e minha tia Alice conversando com a Iryna.

- Só uma perguntinha, que está gerando muita curiosidade em mim: quem decorou esse quarto?

- Fui eu. – Iryna admitiu – Vocês gostaram?

- Do quarto, eu amei. – eu disse. Eu estava cheia de fome – Iry existe alguma coisa que se possa comer (não beber) nesse castelo?

- Do que você me chamou? – Iry perguntou.

- Iry. Eu acho que seu nome fica muito mais fofo assim…

- Tudo bem, então. – ela disse – Nesse armário ai no canto, tem uma mini geladeira dentro. Vê se algo é do seu agrado. Pode pedir o que quiser. Mestre Aro pretende vos dar tudo o que quiserem.

- Então, eu quero ir para casa! – mamãe disse.

- Eu também. – eu disse, eu já estava perto da tal mini geladeira. Me curvei para abrir a porta dele. Que dor forte me deu nas costas! – Ai, as minhas costas… - eu disse e imediatamente cai no chão. A dor que me atingiu foi quase insuportável. Mamãe e tia Alice imediatamente vieram me socorrer.

- Filha? O que você tem?

- Me dói muito as costas. – eu disse.

- Eu vou massajar suas costas. Pode ser que melhore. – minha mãe disse.

Ela me pegou do chão e me deitou na cama de barriga virada para baixo. Ela levantou minha camisola e perguntou onde estava me doendo. De seguida, ela massajou até eu melhorar. Ninguém falou durante esse processo. Acabei por adormecer.

Algum tempo deve se ter passado e eu senti minha mãe me chamar:

- Nessie…Nessie, filha… Acorda! – mamãe estava dizendo, enquanto me abanava ao de leve.

- Têm 45 segundos para se apresentarem ao mestre Aro. – ouvi a voz do Félix na porta. Abri meus olhos instantaneamente.

- Aro? Aro quer nos ver? – eu perguntei meia sonolenta. Isso não era normal para mim, mas como a Iry me tirou muita energia da outra vez, talvez tenha sido isso.

- Sim. Me sigam. – ele disse e eu me levantei da cama. Dei a mão a minha mãe e minha tia Alice colocou seus braços nos meus ombros. Começámos a andar junto com Félix pelo corredor.

Estes corredores eram enormes. Eram feios em comparação ao nosso quarto. Denotam bem a idade que devem ter. Estas paredes devem ser antiquíssimos.

Finalmente, ainda unidas pelo contacto físico, nós três chegamos ao fim, desse que parecia ser o corredor da morte. Entramos no grande salão desse castelo, que eu vi imensas vezes nos meus piores pesadelos. Eu já tinha visto essa sala na mente dos outros, várias vezes.

Aro, Caius e Marcus estavam sentados nos seus cadeirões, que denotava a sua posição. Jane e Alec estavam ambos bastante próximos um ao outro. Eles não estavam com aquele ar prepotente a que eu me habituei a ouvir eles serem descritos.

Haviam ainda outros membros Volturi presentes. Demitri era um deles e nos olhava com um olhar assombroso.

- Bella, se não é tão bom revê-la. Alice, você continua uma vampira esplendorosa, não se pode medir pelo tamanho. Renesmee, maravilhosa! Como você cresceu… ?? Absolutamente linda, perfeita, excepcional!

- Aro, deixe seus comentários de lado. – tia Alice disse – Vá directo ao assunto, o que quer de nós?

- Ora, ora, ora Alice…quanta objectividade! – Aro disse.

- Aro, o que pretende? – minha mãe perguntou.

- Bella, Bella, Bella… quanto tempo passou? Você tem apreciado de sua nova vida?

- Muito bem, Aro. Eu adoro minha nova vida. Minha vida passa pelo Edward e pela Renesmee. Minha vida é com os Cullen. E tudo o que você possa propor não me vai agradar. Lhe garanto.

- Não sejamos negativos, vocês ainda nem ouviram minha proposta.

- Que proposta Aro? Você não tem nada que possa me agradar a mim, a minha mãe ou a minha tia…

- Será que não? – Aro perguntou. Ninguém respondeu e ele prosseguiu – E se eu vos dissesse que existem duas meninas muitos idênticas, humanas por sinal, que me deixam com água na boca? – ele disse eu tremi por completo, Ele estava se referindo a minhas primas: Sara e Caroline.

- Não sei de quem você se está a referir. – minha mãe tentou disfarçar.

- Sabe, pois. E se eu disser: Sara e Caroline? Lhe lembra alguma coisa agora? – Aro disse. Minha tia Alice estava aterrorizada.

- Você não vai fazer nada para elas! – ela gritou.

- Só depende de vocês… Se aceitarem nos servir durante 30 anos, eu vos libero depois e não faço nada com as gémeas.

- Trinta anos? Trinta anos? – tia Alice disse – Você está louco! Minha filha é um bebé. Eu necessito de acompanhar seu crescimento. Além disso, eu tenho meu companheiro, o Jasper me esperando.

- É, é muito tempo mesmo. – minha mãe disse – Eu e Edward não aguentaremos ficar tanto tempo longe um do outro.

- É, eu também não posso ficar tanto tempo assim longe de minha família… – eu disse, sem referir o nome do Jake.

- De sua família, ou de seu “Jake” – Aro tentou imitar minha voz. Eu fiquei apavorada de novo. Ele sabia sobre o Jake?

- O que você sabe do Jake?

- Ora, vejamos, menina Renesmee… Sei que vocês planejam se casar, sei que ele é um cachorro fedorento, sei que vocês já se envolveram intimamente, – ele disse com um certo nojo no rosto – entre outras coisas…

- Como você sabe isso? – eu perguntei.

- Trabalho de campo. – ele simplesmente respondeu – Bem, nós começamos da forma errada. O que eu vos proponho, é que se juntem a nós na luta contra a protecção desse mundo contra vampiros descumpridores da lei. Como eu sei que vocês gostam muito de vosso clã/família, o que quiserem chamar a isso…, e eu até sou um vampiro generoso, eu apenas vos quero por 30 anos para me ajudar a resolver uns probleminhas com uns vampiros desordeiros e tornar esse mundo, um local agradável para viver…

- Pensem nisso… - Marcus disse.

- Os Volturi não dão segundas oportunidades. Vocês, Cullen, já tiveram várias e acabam sempre por arranjar mais e mais problemas. Para se redimirem, vocês têm de ficar esse tempo connosco.

- Disseram tudo, meus amados irmãos. – Aro disse – Jane e Alec, querem pronunciar alguma coisa?

- Não. – eles disseram em uníssono e levantaram suas cabeças. Seus olhos estavam numa cor alaranjada. Eles estiveram bebendo sangue animal! Como? O quê? Porquê? O que os motivou a fazer isso? Aqueles dois? Nunca imaginei…

- Félix, Demitri e Iryna, podem levar as senhoritas para seu quarto. Elas vão ter um tempo para pensar. Tenho certeza, que elas vão tomar a decisão acertada quando pesarem os dois pratos da balança. Iryna, você fica com elas no quarto, a tempo inteiro.

- Com certeza, mestre. – Iry respondeu.

De novo, fomos encaminhadas por aquele corredor escuro e horripilante e entramos no nosso quarto. Félix e Demitri se foram, mas a Iry ficou.

- Que vamos fazer agora? – eu perguntei.

- Não sei, filha. Não sei. – mamãe disse.

- Se me permitem, eu vos percebo, mas não vejo outra hipótese, se não: aceitarem. – Iry disse.

- Isso não pode ser. – tia Alice disse – Tá tudo tão confuso lá em casa, não pode ser. Eu, Nessie e Bella necessitamos de voltar.

- Nem quero imaginar, que tipo de visões você pode tar tendo. – minha mãe disse.

- Ai… - eu disse com uma forte azia na boca – Parece que vou…vomitar?!?!

- Vomitar, filha? – minha mãe perguntou.

- Sim… – eu disse já correndo para o banheiro. Nem deu tempo de chegar à sanita, foi mesmo no lavatório que regurgitei tudo o que meu estômago tinha. Como eu detesto ser humana às vezes…

- Filha… – minha mãe disse, segurando meu cabelo – Você está bem?

- Sim. – eu disse tentando não alarmar ninguém – Ansiedade e nervos por estar nesse lugar horrível, longe de tudo e de todos, longe do Jake.

- Coisas de humanos. – Iry relativizou – Ainda bem que vampiros não têm nada dessas coisas…

- É, coisa de humanos… – minha tia Alice disse num tom esquisito.

- Meninas, ou melhor, você Iry, me conta uma coisa: Alec e Jane andaram bebendo sangue animal, não andaram? Isso explica seus olhos alaranjados?

- Sim, muito esquisito. – minha mãe concordou – E aquele ar vingativo e prepotente que Jane costumava ter e Alec também, para onde foi tudo isso?

- Bem, eu não tou autorizada a falar nada sobre isso. – Iry disse.

- Vá Iry, não seja assim. Nos conta tudo! – tia Alice pediu – Não precisa contar, eu já vi tudinho!

- Precisa sim. – eu reclamei – Conta!

- Mais uma vez…eu não devia, mas se sua tia Alice sabe, de uma maneira ou de outra vocês saberiam. – Iry disse e inspirou fundo, embora não precisasse – Jane se apaixonou por um humano no ano passado. Ela esteve fugindo dele, mas o amor que ela sentia era demais. Ela acabou se aproximando dele e dava longos passeios com ele. Calculo que com muito esforço. Ela usava sempre óculos de sol. Com medo que lhe fizesse mal, Jane acabou por se afastar dele. Mas, lhe custava muito porque ela o amava e ele amava ela. Jane não pode fazer nada, apenas se afastou e tentou esquecer. Ela sempre evitou ser tocada por Aro e desabafava muito com Alec, mas certo dia, inesperadamente Aro a tocou e descobriu tudo.

- Não tou acreditando! – minha mãe disse.

- Nem eu… – tia Alice disse.

- A ficha não caiu ainda – eu disse – O que aconteceu?

- Como Aro descobriu tudo e não poderia permitir, mandou Demitri procurar o humano. Demitri o encontrou e trouxe-o para aqui.

- Meu deus… - tia Alice disse.

- Continua… - eu disse.

- Aro o devorou na frente da Jane. – Iry disse – Jane ainda tentou impedir, mas Jane projectou seu dom no Demitri, mas foi Aro que o matou. Jane nunca mais se recompos.

- Falando de mim… – ela disse entrando no nosso quarto.

- Oi Jane. – Iry disse.

- Oi Iryna. Oi meninas. – ela disse. Ela estava sendo simpática para nós?

- Oi Jane. – nós dissemos.

- Bella, eu tenho de falar com você. – Jane disse.

- Comigo? – mamãe perguntou e Jane assentiu – Pode falar.

- Eu…eu…eu sempre foi muito má para tudo e todos, mas especialemtente para você. Me perdoe. Eu pensava que te odeiava, a si por seu humana e ter uma família inteira de vampiros que te amava disposta a te proteger. Eu, nunca ninguém me amou além de meus pais e meu irmão. Mas, meus pais me abandonaram numa estação de combois junto com Alec, porque nós lhe davamos muito trabalho e muita dor. Eles não tinham dinheiro. Trabalhei com Alec desde os meus nove anos numa casa de costura. Eu concebia vestidos e o Alec comprava os tecidos. Mas, eramos muito maltratados e ninguém gostava de nós. Nos batiam todos os dias. Cheguei a ser golpeada por uma faca no ventre. Alec tentou me salvar, mas levou um golpe no pescoço também. Félix estava procurando refeição e nos encontrou sangrando. Ele nos mordeus mas não se decidiu qual de nós queria beber primeiro. Depois, chegou o Demitri e eles começaram discutindo um assunto, até se esqueceram de nós. A transformação continuou e já não houve nada a fazer. Eles nos trouxeram para Aro e quando descobriram nossos poderes não nos deixaram mais. Mas, nunca nos amaram.

- Oh, Jane. – minha mae disse com compaixao. Ouvimos três batidas na porta.

- Posso? – Alec disse cabisbaixo. Nós assentimos – Bom dia meninas.

- Bom-dia Alec. – nós dissemos.

- Alec, maninho. Me abraça. – Jane pediu e ele a abraçou.

- Jane…tu contaste para elas a nossa intenção?

- Que intenção? – eu perguntei.

- Nós, queremos nós juntar a vocês, aos Cullen. – Alec disse.

- A nós? – tia Alice interrogou.

- Sim. – Jane disse – Se vocês não se importarem, claro.

- Quando conseguirmos sair daqui. – Alec disse.

- Ah, - minha mãe disse – nós temos de conversar entre nós e com os outros, mas por mim, tudo bem, eu acho.

- É. – eu disse – Por mim, tudo bem.

- Sendo assim, entendendo a vossa história, eu vos aceito em minha família. – tia Alice disse – Se aceitarem seguir nosso estilo de vida, claro.

- Obrigada. – disse Jane muito entusiasmada, se ela pudesse estaria chorando.

- Obrigado. – Alec disse mais retraido, mas também feliz.

- Eu queria tanto puder sair daqui… - eu disse.

- Também eu. – tia Alice e mamãe disseram.

- Nós também queremos sair daqui. Tou farta disso tudo, dessa vida, deste castelo, dos Volturi… - Jane disse.

- É, agora que realmente conseguimos ver o que eles realmente são, eu não quero ficar mais aqui. Mas, vai ser muito dificil sair. O Aro não nos vai deixar… - Alec disse.

- Isso são pormenores. Ele tem de deixar, assim como a nós três. Nós não pudemos ficar aqui. – minha mãe disse.

- Só se…

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Capítulo 19

Capítulo 19: Compras e Rapto

Haviam passado treze dias desde que meu pai nos deu aquele “aviso” sobre a abstinência até ao casamento. Tamos quase em Dezembro. Apenas faltam dois dias.

Jake tinha ido a La Push, sinceramente não percebi qual o motivo de sua ida, mas tudo bem.

Eu tava aqui na minha rede da varanda da casa grande conversando com Maggie, com Angie e com Claire. Minha família estava caçando.

- Me fala tudo! – Angie disse. Elas queriam saber como tinha corrido minha primeira vez com o Jacob. Na escola, nós ainda não tínhamos tido oportunidade de falar sobre isso.

- Conta Nessie. – Maggie insistiu.

- Vá, bota para fora. – Claire pediu também.

- Ah, ah, ah… - eu disse – Nós não vamos ter conversas de bolinha vermelha com você aqui Claire.

- Puxa Nessie! – ela bufou – Pensei que você me conhecesse! Eu sou muito madura. Posso ouvir…

- Vá. Pronto, eu falo… - eu disse. Eu não ia falar muitos pormenores, afinal aquele momento íntimo foi só nosso.

- Pode começar. – Maggie pressionou.

- Eu sai de vossa casa depois de vocês tarem dormindo. Mandei uma mensagem para Jake e nós nos encontramos na praia. Entretanto… – fiz uma pausa – eu e Jake nos lembramos que tínhamos um assunto pendente desde o dia em que o Seth nos interrompeu…

- O quê? – elas gritaram ao mesmo tempo.

- Seth vos interrompeu? – Claire perguntou e eu assenti.

- Como? – Angie perguntou.

- Quando? – Maggie perguntou.

- No início desse mês. Eu e Jake estávamos numa campina muito bonita e nos entusiasmamos. Tava quase acontecendo, quando Seth apareceu!

- OMG. – Maggie disse.

- Não tou acreditando que o Seth apareceu na hora “H”! – Angie disse pasmada.

- Seth por vezes pode ser muito inconveniente. – Claire constatou face à situação.

- Pois. Ainda por cima eu já estava semi-nua. – eu disse.

- Enfim. – Maggie disse.

- Continua… estavam na praia, se lembraram desse dia, e… - Angie impulsionou muito curiosa.

- Nós sabíamos que a casa de meu vovô Charlie estava vazia e aproveitámos. – eu disse – FIM.

- Pera ai…Pera ai…Pera ai… - Maggie disse – Saltaste ai uma fase muito importante!

- Ah pois é! – Angie concordou.

- O que você sentiu? Ele foi carinhoso com você? – Claire perguntou.

- Meninas, numa palavra: MA-RA-VI-LHO-SO!

- Que bom. Tou vendo que você não vai nos contar nada… - Maggie observou. Eu não ia contar mais nenhum detalhe.

- Me conta Angie e Maggie, como vai a vossa vida amorosa? – eu mudei de assunto. Elas respiraram fundo.

- Contem! – Claire disse.

- Eu tou farta! – Angie se queixou – Eu sinto que alguém nesse mundo é minha cara-metade, mas eu não sei onde e como hei de a encontrar. Eu sei que existe alguém.

- Claro. – eu concordei – Sempre existe!

- Não. – Maggie disse – Nem sempre existe. Não existe ninguém à face do planeta que me possa vir a fazer feliz. Só se estiver para nascer! – ela disse com ironia.

- Calma garotas. – Claire disse.

- Não sejam tão derrotistas. – eu disse – Alguém mais tarde ou mais cedo há-de aparecer.

- Sim, sim… - Maggie disse muito pouco convicta.

- Eu tenho viva a esperança que eu o encontrarei. – Angie disse – Sabem, eu me sinto muito mal!

- Porquê, Angie? – eu perguntei.

- Você é meia-vampira, meia-humana, tem uma família espectacular e tem o Jacob, que teve um imprinting por você. Você é eterna. Maggie, minha irmã, se transformou numa loba laranja. É eterna também e tem habilidades espectaculares. Não tanto como as suas Nessie, mas boas também. A Claire, bem menos abonada que vocês, mas ainda assim abonada, tem o Quil, que a ama e tem um imprinting por ela. E eu? Eu não tenho ninguém e tou envelhecendo de dia para dia! Eu não quero envelhecer! Meus amigos são quase todos imortais. Até minha própria irmã e meu primo!

- Oh Angie! – eu corri para ela. Me senti um pouco tonta com essa corrida, mas tudo bem. – Você queria ser uma imortal?

- Muito! – ela chorou.

- Tem calma. – Maggie também a abraçou. Claire também se juntou ao abraço.

Quando estávamos mais calmas, começamos a conversar sobre a escola e sobre os professores.

De repente, eu comecei a sentir o cheiro dos quileutes. Mas, eles estavam humanos. Disso eu tenho certeza pelo cheiro.

- Parece que temos companhia. – Maggie disse sentindo o cheiro também.

- Companhia? – Claire questionou.

- Sim, os garotos.

Todos eles estavam vestidos de fato e Jake tinha na boca uma rosa vermelha e uma viola na mão.

Eu não tava entendendo nada. O que era aquilo? Eles se organizaram em meio circulo e Jake começou a dedilhar na viola umas notas e disse:

- Para minha futura esposa… – ele disse e começou a cantar para mim.

Ele me fez uma serenata lindíssima! Me fez chorar de emoção.

- Obrigada, meu amor. – eu disse – Obrigada a todos! – eu disse para os lobos que o acompanharam. Todos os lobos estavam aqui. Eu decidi que estava na hora de conhecer melhor os lobos novos.

- Entrem! – eu disse – Venham lanchar. – eles assentiram e entraram.

Eu preparei um lanche para eles e todos se sentaram pelos sofás da sala e pelo chão. Todos estavam muito divertidos assistindo Tv e jogando jogos.

- Victor, Collin e Roli… me contem sobre vocês… - eu disse.

- Meu nome é Victor Grogan. Tenho 17 anos. – Victor se apresentou.

- Tem namorada? – eu perguntei.

- Tive até há um mês atrás. – ele disse – Jenny desapareceu do nada. Nós tínhamos um namoro estável, mas ela não voltou mais. Deixou apenas um bilhete dizendo que não podia ficar mais aqui.

- Sinto muito. – eu disse – E vocês, Collin e Roli?

- Meu nome é Collin Crusoe. – Collin se apresentou – Tenho 18 anos também.

- Tem namorada? – eu perguntei.

- Maria é o nome dela, mas o que eu queria mesmo era ter um imprinting… - ele me disse. Jake estava conversando animadamente com o Seth, o Quil e o Embry. Minhas primas estavam chorando lá de cima. Como eu tinha ficado a cuidar delas praticamente voei pela sala. – Já venho. – eu disse antes de correr escada acima – Embry!!

- Vou já. – ele disse correndo atrás de mim.

- Vai buscar a Sara. – eu disse – Eu vou buscar a Caroline.

- Claro. – ele disse e nesse momento entrei no quarto de Caroline.

- Calma bebê linda, calma… - eu disse enquanto a peguei. Ela já sabia andar, mas eu adorava a pegar ao colo.

- GagaNeNeNessisssisssiee – ela tentava me chamar.

- Sim eu percebi, priminha Caroline. – eu disse – Vamos comer? – ela assentiu.

- Embry, - eu disse no corredor quando o vi com Sara nos braços – vamos alimentar essas garotas!

- Vamos pois! – ele disse.

Eu fui preparar sua papa, enquanto isso coloquei a Caroline na cadeira da cozinha.

Aquele cheiro me enojou.

- Embry olha pela Caroline também. – eu disse – Eu já volto. – e dito isto eu corri para o jardim. Fiquei zonza.

Eu apoiei minhas mãos no muro do jardim e respirei fundo 4 vezes.

- Nessie…?? – Jake inquiriu – Tá tudo bem com você?

- Não… - eu disse. Comida humana não presta! É por isso que eu prefiro sangue. Nunca me deixa enojada.

- Tudo bem. Está melhor agora? – ele perguntou.

- Sim. – eu disse e inspirei fundo – Vamos para dentro.

Quando cheguei lá dentro, estava Embry terminando de dar comer à Sara e a Maggie terminando de dar comer à Caroline. Seth estava ajudando Maggie com Caroline.

Esses três estavam se dando muito bem com bebês. Embry já estava habituado por causa de Sara, mas Seth e Maggie… nunca imaginei…

- Edward… - ouvi tio Emm chamar.

- Diga. – meu pai falou – Nem pense!

- Já pensei, espertinho! – tio Emm disse muito alegre.

- Vá, garotos! – vovô Carlisle disse – Acabem com isso.

- É, também acho que sim. – tio Jazz disse.

- Como se você não estivesse envolvido também… - minha mãe disse e nesse momento em fila entraram os vampiros todos de minha família pela casa.

- Melhor irmos para o jardim. – eu aconselhei por causa do cheiro.

- Melhor. – eles disseram.

Mais dois dias se passaram. Hoje era o primeiro de Dezembro. Entrei em contagem decrescente para meu casamento. Apenas faltam mais 30 dias além de hoje.

- Dia de compras! – tia Alice falou assim que desceu pelas escadas.

- Compras? Hoje? – minha mãe perguntou.

- Sim Bellinha. – tia Alice disse – Hoje mesmo! Só faltam 30 dias e eu ainda não comprei as roupas para a lua-de-mel do Jacob e da Nessie.

- Eu ainda não percebi para onde estamos indo… – eu disse desgostosa. Todos estavam fazendo segredo para mim, como fizeram como minha mãe.

- Como eu te compreendo… – minha mãe disse.

- Você podia me contar… - eu tentei.

- Rose… - tia Alice chamou.

- Eu não posso ir hoje. – ela afirmou.

- Porquê? – tia Alice perguntou.

- Combinei com Tânia que hoje eu e Emmett iríamos para o Alasca lhes mostrar Caroline.

- Sério? – tia Alice perguntou.

- Sério. Eles só não convidaram você porque sabiam que você estava atarefada. Só vamos passar 5 dias lá.

- Ok. – tia Alice disse.

- Esme se importa de ficar com minha filhota? – tia Alice perguntou – Está frio lá fora e eu não quero que ela adoeça.

- Claro. Vá descansada. – vovó Esme disse.

- Eu fico de olho na nossa filha também. – tio Jazz disse.

- Então vocês estão de partida… - tia Alice disse – Como eu deixei escapar isso?

- É, como você deixou…baixinha? – tio Emm gargalhou.

- Esqueçam. – tia Alice disse – Vamos.

- Até logo, meu amor. – eu disse para Jake.

- Adeus princesa. – ele disse triste por eu ficar um dia de compras longe dele.

- Adeus Edward. – minha mãe disse e deu um beijo demorado em meu pai. Ele a mantinha firme por entre seu abraço de ferro.

- Adeus Jazz. – tia Alice disse.

- Adeus Ly, meu amor. – tio Jazz disse.

- Me custa tanto te deixar ir… - meu pai disse – Não tou confiante com essa saída.

- Se acalma, papai. – eu disse.

- Adeus filhinha. – ele liberou minha mãe, me abraçou e deu um beijo no meu cabelo.

- Adeus papai. – eu disse e depois dei um beijo intenso em Jake. Tia Alice tossiu e disse:

- Vamos!!!!!!!!!

- Vamos, então. – eu disse e saímos no porsche amarelo de minha tia Alice.

Nós chegámos no shopping de Port Angeles em menos de uma hora.

Já havíamos revirado cada loja e nos demoramos na loja de langerie. Eu me sentia como sendo seguida.

Nós estávamos olhando para as peças da loja, quando uma voz de uma moça de 27 anos nos atendeu.

- Precisam de ajuda? – a moça disse e minha mãe automaticamente se virou.

- Ângela? Ângela Weber? – minha mãe perguntou.

- Bella? Bella Swan, ou melhor, Bella Cullen? – a moça perguntou pasmada.

- É. – minha mãe disse. Minha tia Alice se virou.

- Alice Cullen? – Ângela perguntou.

- Sim.

- Bella, você está tão diferente e ao mesmo tempo tão igual…a idade vos tem poupado muito! – ela constatou.

- Plásticas! – tia Alice tentou se desculpar.

- Com certeza!

- Quem é essa garota? – ela perguntou sobre mim.

- Minha irmã. – minha mãe disse.

- Sua irmã? Você não tinha irmãs…

- É, eu sei. Minha mãe teve ela quando eu era pequena, mas houve um problema no hospital e todos pensamos que ela tinha morrido. No entanto, no ano passado descobrimos ela. Ela viveu toda a vida numa instituição. Agora que nos conhece, prefere viver comigo do que com nossos pais.

- Ah. – Ângela disse – Que história!

- É. – eu concordei.

- Qual é seu nome?

- Renesmee Carlie. – eu disse simplesmente.

- Bella, me dá o número de seu celular.

- Claro. – minha mãe disse e rabiscou num papel – Aqui o tem. O primeiro é o meu número. O segundo é o de Edward, caso eu não atenda e o terceiro é o de casa.

- Ótimo. – Ângela disse – Vamos tomar um café?

- Claro. – nós respondemos. Claro que apenas eu comeria/beberia alguma coisa e Ângela.

- Me conta tudo Ângela. Como tem sido sua vida? – minha mãe perguntou.

- Eu casei com Ben. Temos um filho, o John. Tem 3 anos. É tão lindo.

- Ah, que lindo. – minha mãe disse.

- E vocês? Não têm filhos/filhas?

- Eu não. – minha mãe disse. Apesar de eu saber que era só fachada, sempre doía.

- Eu sim. Tenho uma bebê de 16 meses. Se chama Sara. – tia Alice disse.

- Que bom para você Alice. Você se casou com… Jasper, é esse o nome dele, não é?

- Sim, eu me casei com Jasper.

- E Rosalie? – Ângela perguntou.

- Rosalie se casou com Emmett e tiveram uma menina também. Tem mais ou menos a mesma idade da Sara. Se chama Caroline.

- Ah, que bom para ela também. – Ângela disse – Embora ela fosse muito fechada.

- E ai, como vai o antigo pessoal da escola? Tem mantido contacto com alguém? – mamãe perguntou.

- Sim. Jessica se casou com o Mike.

- Jessica Stanley e Mike Newton?

- Sim. Tiveram uma rapariga, a Emma. A menina tem cerca de 2 anos. Eles foram morar para Portland.

- E que mais você sabe? – tia Alice perguntou.

- O Eric casou com uma garota daqui de Port Angels e estão vivendo aqui. A moça está grávida de 8 meses. Vai ser uma menina também. Vão a chamar de Beth.

- Bem, como tempo passou… – mamãe disse.

- E você e Edward?

- Nós tivemos viajando pelo mundo e agora decidimos regressar. Estamos cursando medicina.

- Perfeito.

- O que a Jessica faz e o Mike? E o Eric e o Ben?

- Jessica é jornalista. Mike abriu uma loja de desporto lá em Port Land. Eric é carteiro. E o Ben, meu marido está trabalhando como gerente de um hotel… e eu, estou terminando meu curso de professora na faculdade nocturna. De dia tenho de trabalhar para arrumar dinheiro para sustentar a casa.

- Ah. – minha mãe disse.

- E você Alice?

- Eu tive tirando um curso de moda, mas agora que minha bebê nasceu, eu tenho ficado em casa com ela. Rosalie também fica com Caroline.

- Percebo. No inicio, me custava muito deixar o John.

De repente, eu senti cheiro de vampiros pelo ar e minha mãe e tia Alice ficaram tensas no momento.

- Queridas… - Demitri disse. Eu o reconheci.

- Me larga. – tia Alice disse.

- Nos acompanhem antes que matemos o centro comercial todo e a vocês.

Ele não estava sozinho. Vinham o Demitri, o Felix, a Giana e outra vampira que eu nunca tinha visto ou ouvido falar.

Nós fomos com as compras e eles para o exterior da zona comercial e os perguntámos o que eles nos queriam.

- Temos de ir para Volterra. – Demitri disse.

- Aro deseja vê-las. – Felix falou.

- Me larguem. – eu pedi.

- Não. – eles responderam – Iryna! – eles chamaram o nome da outra vampira provavelmente, quase como um comando.

De repente, eu me senti sendo puxada para baixo e fiquei sem forças e sem energia. Me senti desligar totalmente.

Eu sabia que estava sonhando, mas eu só conseguia me lembrar de minha primeira vez com o Jake. Eu agora ouvia vozes misturadas à confusão. Eu não sabia onde estava e não ouvia nada que me fizesse acordar.

Me lembrei daquela vez que Nahuel nos veio visitar.

- Renesmee. – ele disse quando me viu. Eu já aparentava ter uns 9 anos – Você cresceu garota!

- Sim. – eu disse pouco à vontade com aquele vampiro. Ele tava vestindo uma calça social azul e uma camisa com botões branca.

- Nessie, mostra para Nahuel suas habilidades com o piano. – minha mãe disse.

- Com certeza. – eu disse e me dirigi para o piano. Toquei várias partituras que minha mãe adorava me ouvir tocar. Depois, eu cantei para ele.

- Estou completamente encantado! – ele disse.

- Há muito mais para se conhecer de mim. – eu disse – Vem, vamos passar o dia na piscina!

Nós fomos para a piscina dos Cullen e nos divertimos muito. Molhamos tudo e todos a nossa volta.

- Ah, assim não tem piada! – tio Emm disse – Eu quero participar também! – e dito isto, ele se jogou para dentro da piscina em jeito de bomba mesmo vestido.

- Ai… - tia Rose gritou – Meu cabelo ficou todo ensopado Emm. Eu vou matar você! – ela disse e entrou dentro de água. Ela afundou tio Emm e lhe arrancou cabelos.

- Rose… pára! – ele dizia/tentava dizer debaixo de água. Já cá fora, Nahuel me fazia cócegas na barriga e eu rolava na espreguiçadeira a rir.

Nós jogamos e brincamos a tudo nesses dias. Desde ai, nos tornamos bastante amigos.

Boas recordações… agora eu continuava presa nesta névoa escura sem força, nem energia para sair. Só me lembrava de uma coisa, uma coisa muito importante: Tínhamos sido levadas pelos Volturi.

Meu pai não vai gostar nada disso. Nem Jacob. Nem tio Jazz. Nem ninguém!

- Vá, as leva para aquele quarto na ala B. – uma voz disse. Eu me sentia ser carregada por alguém.

Aos poucos, minha energia estava voltando. Eu me senti ser deitada numa cama e senti o estrondo do metal da porta ao ser fechada.

Minha cabeça estava pesada. Meu corpo todo me doía. Eu tava com sede/fome.

Eu não sabia de nada em relação ao espaço onde estava, pois ainda não tinha forças para abrir os olhos.

Mas uma coisa era certa, minha mãe e minha tia, pelo menos, estavam comigo. Eu podia sentir seus cheiros.