quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Predestinados 2: F & A - Capítulo 29


Capítulo 29: Híbridas

Ponto de Vista da Caroline

            Eu abri meus olhos e o mundo à minha volta tinha mudado. Me lembro de tar no carro da Sara, quando de repente aquele urso passou na frente do carro e…boom: tínhamos embatido na árvore…

- Caroline? Caroline! OMG! Emmett! – minha mãe reparou que eu tava abrindo os olhos.

- Carol! – meu pai me abraçou.

- Deus, o que é isso? – Sara gritou.

Foi ai que eu lembrei: Sara! Nahuel! Como eles estavam depois do acidente?

- Filha, tá doendo? – Alice perguntou. Sara não respondeu – Jasper, tá doendo algo nela? Se tiver, põe ela mais confortável.

- Não dói. – Sara disse se sentando.

- Carol, como você está querida? – minha mãe checou cada parte de meu rosto.

- Eu tou bem…mas o que é isso? Nossa, tá tudo tão diferente! – eu comentei.

- É…papai, eu nunca tinha visto essa quantidade de cicatrizes… – Sara adicionou. Era verdade…eu nunca tinha reparado nas cicatrizes que tio Jasper tinha.

- Carlisle!!!!! Bella!!!!! Edward!!!!! – tia Alice e minha mãe gritaram.

- Que foi? – eles chegaram em milésimos de segundo. Nossa! Eu tou contando os milésimos de segundo!

- Elas acordaram. Elas vêem melhor. Mas seu coração bate. Algo está muito errado! – mamãe explicou.

- O que elas têm? – meu pai perguntou.

- Vamos tentar descobrir. – vovô Carlisle disse.

   Tentaram nos tirar sangue. Mas agulhas normais não funcionaram. Eu e Sara questionámos o que tinha acontecido e o que estava acontecendo agora, mas ninguém nos dizia.

            Eu já estava me sentindo como um objeto de estudo.

- Rose, Alice, Jasper e Emmett, vossas filhas têm a mesma composição no sangue neste momento como a Nessie. E elas provavelmente estão ouvindo nossa conversa agora, porque ouvem, sentem, vêem muito melhor do que quando eram humanas.

- Isso quer dizer…

- Isso quer dizer que como Nahuel é um híbrido, metade humano, metade vampiro, elas são híbridas também. O poder do veneno dele é metade do nosso veneno. Mas isso é um caso raríssimo. Elas não são vampiras, mas também não foram concebidas na mistura de vampiro + humana. Elas simplesmente foram mordidas e transformadas em meias-vampiras.

- Isso quer dizer que são exatamente como a Nessie? Que o coração delas bate e tudo mais, mas são eternas? – Alice quis saber.

- Sim, em principio sim. Vocês sabem, isso não é uma ciência exata…

- Mas…

- Mas, eu acho que elas como já atingiram os 18 anos, não vão envelhecer mais e serão eternas. – vovô Carlisle disse e eu me abracei a Sara!!!

- Assim sendo…

- Sim, Rosalie. – tio Edward confirmou algo que minha mãe tinha pensado – Sendo como a Nessie, híbridas, elas provavelmente podem ser mães também.

- Isso é perfeito! – mamãe exclamou.

- Maravilhoso! – tia Alice acrescentou – Eu tou tão feliz!

- Meninas, podem sair dai. Nós sabemos que estão ouvindo. – tio Edward nos indicou.

- Ok, assumo que estávamos ouvindo. – Sara disse.

- Onde estão os outros? – eu perguntei.

- Foram caçar. Vosso cheiro a sangue ficou bem forte cá em casa ontem…

- Sangue… – eu e Sara repetimos meio que hipnotizadas ao mesmo tempo.

- Parece que alguém tem lição de casa para fazer. – tia Bella lançou o desafio para nossos pais.

- Bem, visto que são híbridas, provavelmente também gostam de sangue além de comida humana, certo? – tio Jasper nos perguntou.

- Eu não sei porquê, mas essa palavra, me deixa com água na boca. Portanto, assumo que sim, papai. – Sara assumiu com vergonha.

- Eu também…

- Não é preciso se envergonharem. Faz parte da nossa natureza. – tia Bella nos explicou.

- Claro, querida. – mamãe me abraçou.

- Quem quer ir caçar? – tia Alice perguntou com os olhos negros.

            Foi ai que me lembrei, como estariam meus olhos? E minha figura? E minha silhueta? Mas, nada disso importava agora. Eu estava literalmente sedenta.

            Somente uma pergunta eu tive de fazer antes de partirmos:

- O que aconteceu com o Nahuel? – eu perguntei receosa.

- Ele está bem. Ele vos transformou. Como ele é meio vampiro, como vocês agora, ele é o forte o bastante para sobreviver. Ficou com uns arranhõezinhos, mas nada de especial. – papai me explicou.

- Ah, ainda bem! – eu suspirei aliviada.

            Nós partimos na minha primeira viagem de caça e eu aprendi tantas coisas do mundo até agora encoberto pelos meus pais.

-----7 horas depois-----

Ponto de Vista da Sara

            Depois de caçarmos voltámos para casa. Não nos cruzámos com ninguém. Não o vi desde a minha festa e a troca dos presentes…Ele, o Embry…

            Quando cheguei a casa, ele estava deitado no sofá chorando baixinho com a cara entre os braços entre as almofadas.

- Embry! – eu me sentei ao lado dele, e fiz carinho no seu cabelo.

- OMG, eu agora até sonho com a voz dela! – ele exclamou baixinho.

- Embry, sou eu, mesmo! – eu agarrei seu cabelo e suspirei no seu ouvido.

- Sara? – ele se virou e me olhou – Sara!!! – ele me abraçou e meu coração saltou completamente do meu peito. Começou batendo freneticamente.

- Eu tou aqui.

- Eu tou sentindo seu coração…mas você tá diferente, como é possível? – ele perguntou chorando e eu também.

- Vem comigo. – eu o puxei pela mão para um canto no imenso jardim.

O mais longe possível da casa, agora que eu tinha noção da capacidade de audição de um meio vampiro, imagina de um vampiro completo mesmo…

- Me explica como é possível? – ele me perguntou.

            Nesse momento, eu estava sentada bem no colo dele, que por sua vez estava sentado num banco do jardim.

            Ai, uma coisa que essa minha nova condição de meia-vampira não me ajudava em nada, era no blush (natural) na minha face. Minhas bochechas estavam queimando, imagino quão vermelhas elas deviam estar…

- Eu fiquei híbrida. Como a Nessie. Meia humana: quente, com pulsação, e meia vampira: eterna, jovem…

- Você é eterna como eu agora? – ele perguntou feliz.

- Sim. – eu confirmei.

- Eu te amo! – ele proferiu e me abraçou.

Eu chorei. Me ama como amiga de certeza.

- Porque está chorando? Tem algum machucado do acidente? – ele perguntou preocupado.

- Eu…tou…bem… – eu disse soluçando. Ele pegou no meu rosto e virou para o dele para ter contato visual com meus olhos.

- Sara, olha para mim. Eu te conheço desde que você era um bebê. Eu sei que algo está errado com você. – Embry disse.

- Pois…há algo errado comigo. Algo de muito errado... – eu chorei.

- Me conta. – ele pediu.

- Não. Você ia me odiar.

- Sara. – ele sussurrou firme – Me conta, por favor?

- Eu te amo…mais do que amigo, mais do que irmão…te amo como uma mulher pode amar um homem, Embry. – eu confessei e baixei minha cabeça com vergonha. Ele não ia querer falar comigo nunca mais, tenho certeza…

- Sara… – ele chamou com algo na voz. Não consegui identificar – Diz isso de novo?

- Para quê? Te amo, simplesmente. – eu sussurrei entre as lágrimas.

- Não chora. – ele pediu e virou meu rosto para o dele. Nossos rostos se aproximaram instintivamente como se tivessem feito isso durante toda a vida. – Eu te amo. – ele disse com nossos narizes se roçando e sua respiração embatendo na minha face.

            Aquelas 3 palavras, 7 letras foram tudo o que eu sempre quis ouvir. Seus lábios e os meus se tocaram e deslizaram uns sobre os outros com um amor que eu sempre quis imaginar ser possível.

            Ali, nos seus braços, o mundo poderia acabar. Eu estava feliz. Ele, super carinhoso, quando nosso beijo terminou, colocou algumas mechas do meu cabelo loiro e colocou atrás de minha orelha.

            Seus olhos e mãos percorreram toda a minha face com carinho e amor (eu acho), que me deixou completamente rendida. Fechei meus olhos e senti o momento, simplesmente.

- Sara Elisa Whitlock Cullen, aceita namorar comigo? – ele perguntou ao fim de um tempo abraçados.

- Com todo o meu amor por você Embry Call, sim, eu aceito! – eu aceitei o pedido que esperei sempre.

        Ele me beijou e me pegou ao colo. Depois, ele me rodopiou no ar. Nada importava à nossa volta. Só eu e ele. Ele e Eu. NÓS!

        Parecia irreal quando dito em voz alta que depois de tanto tempo esperando, finalmente éramos um do outro, hoje e para sempre.

- Vamos entrar? – ele perguntou sem grande vontade.

- Tem de ser, não é mesmo? – eu repliquei.

        Demos as mãos e juntos caminhámos todo o jardim até a sala onde encontrámos minha família que tinha ouvido tudo, provavelmente, com sorrisos na cara.

- Vocês ouviram? – eu perguntei quase certa.

- Sim. – Carol me respondeu.

- Oh…assim não vale!

- Parabéns! – eles nos abençoaram com sua aceitação e eu fiquei feliz por isso. Até papai deu um abraço a Embry…(é de estranhar!).

            Todas as minhas dúvidas foram embora. Agora, ele era meu e eu dele, e toda minha família aceitava com satisfação isso.

----4 meses depois -> 25 de Dezembro de 2028----

Ponto de Vista da Carol

- Carol, acorda. – Nahuel me beijou a face.

- Bom-dia, amor! – eu disse ainda de olhos fechados. Ele me beijou.

- Sabe que dia é hoje? – ele me perguntou. Eu sabia o que ele queria ouvir…

- Dia de natal. – eu dei a resposta obvia, mas não a que ele queria ouvir…

- Só?

- Hum… – eu me fiz de difícil, fingindo que não lembrava que dia era hoje.

- Faz um esforço. – ele pediu.

- Claro que eu sei que dia é hoje, bobinho! Nós fazemos 3 meses de namoro hoje. – eu o beijei.

- Você lembrou. – ele disse super amoroso.

- Claro que lembrei. – eu assinalei convicta.

- Tenho um presente para você. – ele me disse e tirou de seu bolso um medalhão com um coração partido em dois, mas encaixado.

- É lindo… – eu comentei.

- Essa metade é para você. A outra é para mim. Porque nosso coração não é mais completo quando estamos afastados um do outro. – ele explicou e eu chorei com a emoção – Não chora…

- Eu…amei! – eu o abracei e ele colocou o medalhão da metade do coração em mim, fechando bem atrás do meu pescoço – Obrigada.

- De nada. – ele sorriu.

- Também tenho algo para dizer. – eu falei.

- Tem? – ele perguntou.

- Tenho.

- Fala.

- Eu tou…eu tou…

- Você tá…? – ele perguntou sem entender.

          Eu peguei em sua mão e coloquei no meu ventre. Ele olhou para mim surpreso com um ar de incredulidade.

- Tá? – ele perguntou.

- Sim. – eu assenti. Ele sorriu e me abraçou forte.

- Oh meu deus! Melhor presente de natal e de aniversário do nosso namoro era impossível! – ele me beijou.

“Tio Edward e/ou prima Nessie, se ouviram isso, por favor não contem. Deixem isso ser nós a contar!!!” – eu pedi em pensamento.

            Meu mundo estava definitivamente rodando no sentido certo agora. Híbrida, eterna, com o amor da minha vida e grávida.

            Agora só faltava contar para minha mãe, meu pai e a restante família…mas como iriam eles reagir?

            Que medo!!!

- Vamos, temos de falar isso para a família. – eu assegurei o Nahuel.

- Vamos. – ele me pegou ao colo e me carregou até à sala.

- Mãe, pai, família!!! – eu chamei todos para os reunir.

- Carol? – mamãe perguntou chegando. Eu ainda estava no colo de Nahuel.

- Nós temos uma novidade para contar. – eu afirmei e suspirei longo.

- Têm? – mamãe perguntou abraçada com papai.

- Temos. – nós concordámos em coro.

- Botem logo para fora. – papai nos incentivou.

- Eu estou grávida. – eu confessei de uma vez, não contendo a excitação por dentro.

- GRÁVIDA??? – mamãe e papai perguntaram em coro.

- Sim.

- Oh meu amor! – mamãe veio me abraçar.

- Nahuel, seu desgraçado vem aqui já! – papai disse com um ar ameaçador.

- PAI! – eu o chamei à razão e abracei forte o Nahuel, o protegendo. Papai nunca seria agressivo comigo na frente, com a possibilidade de me magoar.

- Esse safado…ele e a minha menina…

- Bem feito, Emmett! – tio Edward riu alto. Papai sempre gozou com tio Edward e com Jacob…e agora era com ele.

- Papai, eu tive tanta culpa nisso como ele. – eu avisei.

- Emm, se acalma. – mamãe o chamou à razão – Carol, me abraça! – mamãe pediu e eu a abracei. Ela soluçava sem lágrimas…

- Mas…

- Mas nada, Emm. – minha mãe afirmou – Um dia isso ia acontecer. Ai, meu bebê, minha pequenina princesa vai ser mãe…

- Vou, mãe. – eu disse com as lágrimas quase a transbordar.

- Parabéns, maninha! – Sara disse vindo me abraçar.

- Isso é o meu sonho, Emmett. – mamãe explicou tentando o acalmar – Você sempre soube. 
Eu sempre me queixei de ser vampira porque não podia ser mãe e tivemos nosso milagre com a Carol. E meu sonho de ter filhos e netos a correr pela casa vai se tornar real. Que mais poderia eu pedir? – mamãe admitiu sua felicidade. Abracei ela.

- Te adoro, mamãe.

- Eu também, bebê. – ela me abraçou forte e depois fez um carinho no meu ventre.

- Papai? – eu perguntei com cautela.

- Ai…ser pai é difícil…Ver você crescer é ainda mais… – ele confessou – Parabéns, filha. Sua tarefa difícil vai começar agora. – ele me abraçou e beijou também.

- Parabéns aos papais! – a família nos parabenizou.

- Já que tamos numa de anunciar novidades, eu também tenho algo para contar. – Sara disse.

- Tem? – tio Jasper virou para ela preocupado – Não diga! Você também tá grávida?

- Não!!! Eu não tou grávida. – Sara respondeu.

- Então, qual é a novidade? – ele perguntou.

- Eu já sei! – tia Alice saltou de felicidade.

- Isso é injusto, Alice! – tio Jasper disse.

- Eu e Embry, nós vamos casar. – Sara contou.

- Parabéns Sara! – eu fiquei contente por ela.

- Casar? Não é cedo ainda para isso? – tio Jasper perguntou.

- Não. Eu tenho certeza que é isso que eu quero. – Sara confirmou.

- Parabéns aos noivos! – as restantes pessoas da família disseram.

- Não é tarde, nem é cedo. É agora mesmo! – Nahuel se ajoelhou – Caroline Mel Hale Cullen, aceita casar comigo?

- Claro que aceito! – eu o beijei.

- Que posso eu fazer mesmo? – papai se resignou.

- Eu acho que tá na hora mesmo. – David se ajoelhou – Elena Swan Cullen, você é sagrada para mim, você aceita casar comigo?

- Casar? – Elena perguntou surpresa – Sim, claro que sim! SIM, SIM, SIM! – ela saltou para o colo dele.

- Tá vendo, você também tem a sua dose. – tio Emm gozou com tio Edward que estava fixo na cena.

- Parabéns, filha! – tia Bella a abraçou e beijou com carinho.

- É…parabéns! – tio Edward aceitou.

- Casamento triplo então! – tia Alice pulou de contente.

- Sim, casamento triplo! – eu aceitei.

- Sim. – Elena e Sara concordaram e os rapazes também.
    
        Noiva, eterna e grávida…como minha vida podia ser melhor?


Notas da Autora:


E esse foi o penúltimo capítulo da fic...Próximo já é o fim!
Quem está ansiosa levanta o braço?
Bjs e comentem muito! :)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Predestinados 2: F & A - Capítulo 28


Capítulo 28: Gêmeas em Sarilhos

Ponto de Vista da Sara

-----6 anos depois-----

- Mãe, por favor! – eu pedi.



- Sara, você só está sendo cabeça dura! – minha mãe firmou.

- Você acha que eu preciso de uma festa com tanta gente assim?

            Nós, eu e Caroline, estávamos fazendo 18 anos em pouco tempo, e minha mãe queria organizar uma festa com imensa gente.

            A principal diferença entre mim e a minha irmã, a nível físico, era que eu geralmente usava meu cabelo esticado e ela usava seu cabelo aos cachos.

- Você e a Carol precisam e ponto. – ela concluiu  e disse saindo – Agora se arruma ou vai chegar atrasada na escola.

- Sara! – Carol me chamou do quarto dela.


- Que foi? – eu perguntei.

- Azul ou vermelho? – Carol me perguntou em relação ao gorro.

- Hum…azul. – eu escolhi.

- Meninas, bom dia. – Elena entrou linda de morrer no meu quarto.

- Linda! – eu e a Carol exclamámos ao mesmo tempo.


- Ai, esses homens andam de olhos tapados… – Carol comentou.

- Andam mesmo. Não conseguem ver as beldades que vocês são. – eu comentei.

- E você também, querida. – Elena disse docemente.

- Leo, não me chateia. – eu ouvi Stella dizer.

            Aquelas crianças são demais! E a melhor coisa é que eles apesar de serem um terço vampiros, um terço humanos e metade lobos, cresciam a um ritmo humano e isso era maravilhoso. Maggie e Mary amavam poder cuidar daquelas crianças sem um crescimento acelerado.

            Bryan também estava crescido. Ele estava com 7 anos e meio agora. Menos 1 ano e meio que a Stella e o Leo.

            Assim, eles eram o trio infantil da casa. Dois rapazes e uma garota. Ela era a líder do grupo. E eles faziam tudo o que ela queria. Eles largavam um bom jogo de Xbox para brincar com ela às Barbies e aos cabeleireiros.

            E assim, apesar de algumas discussões normais para a idade, eles se davam bem.

- Garotas, venham até à sala, por favor. – o Jacob pediu com um sorriso na cara. O que teria se passado para ele estar tão contente assim?

- Vamos. – Elena pegou nas nossas mãos e nos “conduziu” para a sala.

            Na sala, estava toda a família, incluindo ele. As coisas entre mim e Embry estavam bem, bem estranhas.

            Estranhas nem devia ser bem o termo. Nós andávamos distantes estes últimos dias.

            Há algum tempo atrás, tudo o que nos unia era uma grande amizade e sentimento de irmandade. No entanto, nestes últimos tempos eu tenho me sentido diferente. Diferente em relação…a ele.

       Mas, é só do meu lado. Ele continua me tratando como a Sarinha, a fadinha, a amiguinha humana, a irmã…que saco!

            Elena e minha irmã Carol também estão solteiras. E assim, nós éramos o trio solteiro da família…

- Estamos todos? – Nessie perguntou com um sorriso do tamanho do mundo.

- Sim, mamãe, estamos todos. – Mary confirmou.

- Bem, então…eu e o Jake temos uma novidade. – ela comentou.

- Conta logo, branquinha. – tio Emm gargalhou.

- Eu…eu tou grávida. – ela contou e Jake colocou uma mão na barriga dela fazendo carinho no bebê.

- Parabéns!!! – todos exclamámos surpresos.

- Parabéns maninha! – Elena abraçou a Nessie.

- Eu vou correndo, para a escola. – Embry nos comunicou.

Eu me encolhi. Ele antes me convidava sempre para ir nas costas dele enquanto ele corria na sua forma de lobo. Mas há uns tempos, ele deixou de me levar com ele.

- Vamos meninas. – papai nos apressou – Eu vou levar-vos na escola. Vocês estão atrasadíssimas.

- Obrigada, pai. – eu disse e lhe dei um beijo na face.

- Cuidado com a chuva. – tia Rose avisou-nos, mas principalmente à menina dos seus olhos de ouro: a minha irmã Carol, sua filha.

- Cuidado com os garotos! – tio Emm avisou com ciúmes.

- Claro, titio. – eu e Elena afirmámos ao mesmo tempo.

- Adeus. – a família nos disse e nós fomos.

            Já na escola, Elena foi ao banheiro e a Carol ficámos no corredor esperando por ela.

- Sabe, acho ótimo a prima Nessie tar grávida. – Carol comentou.


- É… – eu acrescentei também, com ar bobo certamente, Embry estava com uma camisa apertada, abrindo o seu cacifo da escola. Seus músculos estavam tão delineados e definidos que era impossível não olhar…



- Oi de novo. – ele veio ter conosco e eu tentei não babar. Tentei manter a postura. Foco Sara, foco! Só amigos!

- Oh não! – Sara se queixou – O sinal tá batendo! Vamos lá…

            Os dias passaram, nossa formatura chegou e após isso nosso aniversário.

        Mas, a minha relação com o Embry não tinha mudado. Ele estava cada vez mais distante e eu…eu estava inevitavelmente mais apaixonada…

Narradora – Nenhum Ponto de Vista Específico

- É hoje! – Sara acordou com um sorriso na cara.

- Feliz aniversário, bebê! – Alice e Jasper entraram (com Alice pulando) no quarto da Sara com um grande embrulho na mão.

- Que é isso mãe? – Sara perguntou.

- Um dos muitos presentes que ela comprou para você. – Jasper disse com olhar cúmplice, aquele do “tou avisando, ela exagerou”, na certa. Mas Sara já estava habituada aos exageros da mãe.

- Abre, meu amor. – Alice a incentivou.

- Ok.

            Era um vestido longo branco com apliques dourados e uma mala dourada. Eram lindos. No fundo da caixa ainda tinha uns sapatos abertos de tiras, dourados.

- Obrigada, é lindo! – Sara sorriu abertamente. Sua mãe adorava lhe dar presentes…então quando era roupa…

- É para você usar hoje, na festa. – Alice lhe informou.

- Claro, mãe. – Sara acatou e abraçou seus pais orgulhosos.

            No quarto da Caroline, estava outra aniversariante bastante feliz. Carol se lembrou da conversa que tinha tido com Sara fazia uma semana…

Flashback

- Sabe o que eu queria mesmo pedir nesse aniversário? – Carol comentou com a Sara, enquanto estava deitada a apanhar sol na piscina dos Cullen. A casa estava vazia com exceção delas duas.

- Quê? – Sara perguntou se colocando de lado, virada para a Carol na espreguiçadeira.

- Para ser transformada. – Carol revelou.

- Transformada…

- É…tirando o Bryan, nós somos as únicas humanas aqui.

- Verdade. Eu realmente gostava de ser transformada também. -  Sara adicionou.

- O problema é a minha mãe. – Carol constatou – Ela nunca quis ser vampira, ela não vai querer que eu seja também!

- Eu não sei o que minha mãe pensa sobre isso exatamente. Mas eu acho que talvez devêssemos falar para a família isso. Nós temos quase 18 anos… – Sara falou.

- Eu não quero envelhecer mais. As mulheres da nossa família são eternas e jovens. Nós somos mortais e envelhecemos de dia para dia. Por mim, eu acho que não preciso de envelhecer mais. – Carol se sentou.

- Vamos pedir? – Sara questionou.

- Vamos! – Carol concordou.

            Aquela foi apenas mais uma de muitas conversas que ao longo dos últimos 17 anos as gêmeas tinham tido sobre serem transformadas. Porém, era a primeira vez que tinham decidido contar para alguém.

Fim do Flashback

            Carol ainda estava um pouco emburrada sobre a discussão que tivera com a mãe acerca da transformação.

            Rosalie ficou chocada quando a filha lhe disse frontalmente: “Mãe, me transforme!” e recusou mesmo após ouvir os argumentos da filha. Era a primeira vez que Rose dizia um não a um pedido da Carol, sua filha amada. Aliais, era a primeira vez que ambas tinham discutido.

            E por muito que Emmett entendesse o lado da Carol, ele não ia contra o que a sua loira mais velha, sua esposa e mãe da filha lhe dizia.

            Por outro lado, Alice e Jasper ficaram de pensar sobre o assunto “Transformar ou não a Sara”, eles pediram algum tempo para pensar. Nem disseram que sim, nem disseram que não.

- Bom dia! – Rose e Emm entraram no quarto da filha com o maior sorriso do mundo – Parabéns!

- Obrigada. – Carol sorriu, mas não muito. A memória da discussão ainda estava bem presente na sua mente. Ela entendia a mãe, mas ela não ia desistir de tentar convencer alguém da família a transformá-la.

- E parece que foi ontem… – Rose soluçou. Estava chorando vampiricamente.

- Ainda é a nossa pequena bebê…

- Bebê não…sou adulta agora. Sou formada, tenho 18 anos…

- Pois… – Rose e Emmett se abraçaram.

- Bem, aqui está seu primeiro presente. – Rose deu uma caixa com um vestido igual ao da Sara, só com uma cor diferente.

O vestido era vermelho com apliques dourados. E os sapatos dourados e a bolsa também dourados.

Carol vestiu uma roupa antes da festa e desceu. Antes disso correu para o quarto da irmã, mas encontrou ela correndo para o quarto dela e se abraçaram.

- Parabéns! – elas gritaram em coro uma à outra.

- Te adoro! – Sara disse com sinceridade à Carol.

- Eu também.

- Leo, vai lavar as mãos. – Maggie mandou o filho que estava cheio de chocolate derretido nas mãos – Parabéns, loiras lindas.

- Obrigada. – nós dissemos.

- Stella se acalma. O Bryan não fez de propósito. – Mary tentou acalmar a Stella. O Bryan atirou leite no vestido dela preferido.

- Bryan, pede desculpa. – Jane instruiu.

- Desculpa, Stella. – Bryan pediu sem grande vontade.

- Hum…ok, eu perdoo você. Mas não volta a fazer isso! – Stella avisou.

- Parabéns. – Mary e Stella deram às gêmeas e se retiraram para Stella trocar de roupa.

- Se acalma Jess, bebê, se acalma… – Nessie entrou com Jess no colo. Jess era a nova filha de Jake e Nessie. Era a mistura de seus nomes. -J de Jake + -ess de Nessie. Ela tinha nascido há 2 dias atrás – Parabéns Carol, parabéns Sara.

- Obrigada.

            Mais tarde, Carol e Sara vestiram seus vestidos e se arrumaram para a festa.

           Nahuel tinha ligado na semana passada para Carlisle dizendo que passaria em breve por cá para atualizar as novidades dos últimos anos e alegando saudades da Nessie que devia estar enorme.

            A festa estava boa, todo o mundo estava aqui.

            Nahuel chegou e não veio sozinho. Trouxe um meio irmão David que ele descobriu há uns anos numa viagem.


            David era um rapaz lindo e era exatamente o género de rapaz que Elena apreciava. Assim que Elena, que hoje tinha o “cargo” de abrir a porta e receber os convidados o viu, parecia faíscas saindo de seus olhos. A empatia entre ambos foi imediata…assim como a química inegável entre eles.

- Você deve ser a…

- Elena Swan Cullen, prazer. – ela se apresentou para o Nahuel, sem desviar o olhar de David.

- David, prazer. – o meio irmão de Nahuel se apresentou.

- Eu sou o Nahuel. Eu avisei que passaria por cá…

- Oh, sim. Você é o Nahuel. Vovô Carlisle já falou para nós sobre isso.

- E esse é o meu meio irmão. Devo supor que você é Elena, mas quem?

- Sou filha de Edward e Bella. – Elena explicou.

- Isso é impossível. A Bella e o Edward já eram ambos vampiros quando o conheci e não conheci você…

- Eu…eu sou adotada. – Elena revelou por entre as pessoas sussurrando bem baixo. Ela preferia imaginar e pensar que não teve outros pais sem serem Bella e Edward…a história era demasiado má e forte.

       Depois de uma explicação rápida e clara, David e Nahuel sentiram pena da triste história da linda Elena.

           Por entre os convidados, Elena finalmente encontrou Carlisle que recebeu alegremente Nahuel e David.

            Carlisle chamou Sara e Caroline e os rapazes cumprimentaram as duas gêmeas que faziam 18 anos naquele dia.

            Caroline olhou para Nahuel e seu coração palpitou. Bastou um olhar entre eles para Carol ficar abalada. Nahuel também sentiu algo que nunca tinha sentido antes.

            Nahuel e David felizmente tinham um ótimo controlo. Nahuel virou “vegetariano” depois de conhecer os Cullen, aquando do nascimento da Nessie e passou esse ensinamento ao seu meio irmão David.

            Carol e Sara estavam dançando uma com a outra porque Embry ainda não tinha tido coragem para falar seus sentimentos por Sara e ela muito menos.

            Nahuel sentiu um impacto tal com Carol que decidiu convidar a loira dos cachos para dançar.

            David tomou a atitude do irmão como exemplo e ganhou coragem para chamar a morena dos cachos, a Elena, para dançar.

            Embry estava sentado quando a pequena Stella o chamou.

- Tio Embry…se apressa. – disse a menina com doçura – A Sara tá ficando farta de ficar esperando por você.

- Ei moleque, não fala nada que você ainda só tem 6 anos.

- Eu te falo se só tenho 6 anos…eu chamo o Pedro, o Leo, o Bryan e o Stefan e eles me protegem!

- Vai brincar Stella, não enche o saco do tio Embry. – Embry se desviou.

     Até uma criança com 6 anos via o óbvio, aqueles dois (Sara e Embry) estavam empatando tempo, mas eles se amavam.

            Leah e Tom foram também a novidade da festa. Tom que tinha agora 17 anos estava namorando com Leah, que tivera um imprinting por ele há anos atrás.

            Emily e Sam deram sua “bênção” nesse namoro.

      Depois de muitas das músicas preferidas das gêmeas passarem, Mary e Maggie trouxeram o bolo para a mesa com a supervisão de Alice.

            Alice e Rose chamaram suas filhas e foi a hora de cantar os parabéns.

            Jasper acendeu o bolo e na hora de cortar Emm empastou bolo na cara das meninas.

- Para você. – Alice deu à Sara uma caixa amarelo canário.

- E essa é para você. – Rose entregou à filha uma caixa vermelho vivo.

            As caixas eram praticamente iguais. Dentro delas tinham as chaves dos novos carros da Carol e da Sara.

            Para não mudar o habitual, Alice e Rose decidiram mimar as filhas com carros de modelos recentes que elas amavam.

            Jasper e Alice entregaram um carro novinho em folha para Sara, um porsche amarelo canário, como Alice sempre gostou.

            Emm e Rose deram um conversível vermelho vivo, bem ao gosto de Rose.

            As garotas gostaram e decidiram ir dar uma volta. Embry saiu nessa hora para ir no banheiro.

            Elena e David estavam absorvidos um no outro e nem notaram pela saída das gêmeas e Nahuel.

            Sara e Carol chegaram a um acordo. Primeiro os 3 iam dirigir no porsche e de seguida iriam no conversível. Uma volta em cada.

            Sara ia a conduzir super animada a cantar alto com a irmã e Nahuel que já estava também em ritmo de festa quando de repente um urso passa na frente do carro e Sara começa a desviar, sem sucesso, acabando por embater fatalmente contra uma árvore, emborrachando o carro todo.

            Suas vidas humanas terminaram ali.

            Nahuel acordou 10 minutos depois sangrando imenso, e super zonzo.

            O cheiro a sangue das gêmeas o alertaram para a realidade. O acidente tinha sido feio e elas eram completamente humanas…seus corações já não tinham batida suficiente para ser audível.

            Ele chorou no peito da Carol, a única que o tinha feito sentir algo mais, nem que fosse por umas horas e perdido naquela situação, tentou fazer o impossível.

            Mordeu ambas, tentando as transformar. Ele rezou para que não fosse tarde demais e que seu veneno fosse o suficiente.

            Nahuel nunca tinha transformado ninguém antes. Essa seria a primeira vez que ele tentava, mas tudo parecia tão perdido.

            Ele lambeu suas feridas por todo o corpo e as carregou para a casa dos Cullen.

            Rose, Alice, Jasper e Emmett praticamente enlouqueceram quando o viram chegar a casa com aqueles dois corpos inanimados nos braços.

            Rose e Alice eram as que estavam pior. Rose gritava e jogava tudo o que estivesse no seu alcance. Ela soluçava imenso.

            As gêmeas foram levadas para uma sala que Carlisle tinha com material médico.

       Carlisle confirmou que não havia mais nada que ele pudesse fazer. Elas estavam mortas…

            Rose bateu nas paredes, agoniada partiu a porta da varanda. Emmett rugia com Jasper sem parar e Alice estava atónita. Ela nem conseguia falar.

- Eu tentei tudo, eu juro que tentei tudo. Eu até tentei as transformar…

- O que se passou aqui? – veio Embry que tinha estado no seu quarto até agora ver o que era esse barulho todo – Sara?!?!? Oh Meu Deus! A minha loirinha…a minha Sara…

            Alice, Rose, Jasper e Emmett proibiram as pessoas de entrar naquele quarto.

           Elas ficaram 36 horas a chorar vampiricamente as suas dores. Alice se culpava por não ter transformado a Sara. Rose se culpava por ter lhe oferecido um carro. E Emm e Jazz se culpavam por não as terem protegido deste tipo de riscos.

            A esperança residia na hipótese do veneno de Nahuel funcionar, mas era complicado.

      Ao fim dessas 36 horas, ou seja um dia e meio após o acidente e a tentativa de transformação, Sara e Carol despertaram.

        Mas algo estava muito errado, a transformação era para durar 3 dias, não metade desse tempo…iriam elas morrer?

Nota da Autora:

Tamos mesmo na reta final da fic portanto vamos comentar muito, ok? Me deixem feliz e com animo para escrever os 2 capítulos que faltam com muita emoção.

Bjs e comentem muito!