Capítulo 3: Ilha Esme
Ponto de Vista da Renesmee
- Jake, pára! – eu disse.
- Porquê? – ele perguntou me beijando.
- Marianne me chamou. Ela já tá acordada! – eu disse.
- Ok. Tudo bem. Me rendo! – ele disse com as mãos no ar.
- Hum…
- Mamãe! – Mary chamou de novo.
- Já vou, querida! Já vou. – eu disse me levantando e vestindo meu roupão.
Jake estava rindo descarado na cara, vendo me vestir atrapalhada.
Quando cheguei lá, tinha a Marianne cansada de esperar.
- Quero ir visitar a vó Bella. – Marianne disse.
- Quer?
- Sim.
- Ok. Deixa seu irmão acordar e vamos todos.
- NICK! – ela gritou.
- Credo, Marianne! Não grite!
- Marianne? – ele chegou cheio de sono, limpando os olhos, descalço e de pijama.
- Ah, uffa. Tava vendo que você nunca mais acordava, maninho. – ela disse.
- Como assim? Você não me acordou só para isso, pois não?
- Não. Eu tenho um bom motivo.
- Ah, ainda bem. Espero que sim. Me conta esse tal bom motivo. – ele pediu bocejando.
- Quero visitar a vó Bella e vô Edward. – Marianne disse.
- Sim… – ele disse sem pensar – O quê?!?!?! Você me acordou aos gritos, como se tivesse morrendo ou a casa tivesse ardendo, só para ir visitar a vó Bella e o vô Edward?
- Digamos que sim. – ela disse – Se acalma, maninho. Mamãe, arruma roupa para nós vestirmos e se arruma também. Eu quero muito ir ao chalé, visitar a vó Bella!
- Ok, ok. – eu disse vendo a impaciência dela – Jake, vem aqui. Já. – eu chamei.
- Tou indo. – ele respondeu.
- Já, papai! – Marianne chamou.
- Bem, que pressa. Qual é o fogo? – ele perguntou. Eu ri.
- Não fale em fogos, papai. – Nick disse emburrado.
- Pode ir arrumar o Nick? – eu perguntei.
- Posso…Onde vamos? – Jake perguntou confuso.
- Eu quero visitar a vó Bella, papai. – Marianne disse fazendo beicinho.
- É, ela quer. – eu disse.
- Tão iguais! – Jake se queixou rindo – Vamos, então.
- Me veste, mamãe. – Marianne insistiu.
Jake levou Nick para seu quarto e eu fiquei no quarto da Marianne. Entrei no closet dela. Tanta confusão e roupa espalhada. Eu lancei um olhar zangado para ela.
- O que é isso, Marianne? – eu perguntei.
- Ah! Mamãe…me perdoa. – ela disse fazendo beicinho.
- Porque você fez isso?
- Eu tava procurando roupa para visitar a vó Bella, mas como não encontrei, chamei você. – ela disse se agarrando na minha cintura – Não fica chateada comigo, por favor!
- Eu não consigo. – eu disse – Promete, que não faz essa barafunda de novo?
- Prometo, prometo, prometo! – ela disse.
- Está desculpada, dessa vez. – eu disse e dei um beijo na sua testa. Ela me abraçou e beijou minha face.
Depois de algum tempo, todos estávamos prontos. Vesti uns jeans escuro, um top branco, uns sapatos agulha e apanhei meu cabelo. Maquilhei minha face. Fiquei bonita, até.
Minha filha estava idêntica a mim. Em vez de sapatos salto agulha, ela estava calçando umas sandálias rasas de amarrar à perna.
Nós fomos correndo, com nossos filhos no colo. Eles pediram muito. Eles amam velocidade. Pudera…está-lhes no sangue.
TOC, TOC
- Já vai. – minha mãe respondeu.
- Bella, é a Nessie, o Jake e os gêmeos. – papai disse.
- Eu tou sentindo isso. – ela disse.
- Bom-dia, vó Bella. – Marianne disse quando minha mãe abriu a porta e saltou no colo dela.
- Bom-dia. – nós dissemos.
- Oi, entrem. – minha mãe disse.
- Oi. – meu pai disse descendo as escadas.
Nick correu para o colo dele e meu pai o girou no ar. Aqueles dois e aquelas duas…eram muito chegados.
- Filha! – mamãe e papai se apressaram a vir me cumprimentar.
- Jake. – eles disseram também.
- Oi. – nós dissemos de novo.
- Vó Bella, tenho tanta coisa para contar a você…
- Tem, querida? – mamãe perguntou.
- Tenho. – ela respondeu.
- Porque não ficam para almoçar? – papai perguntou – Eu posso cozinhar para vocês…
- Claro. Porque não? – Jake aceitou logo.
- Boa! – os meninos disseram logo.
- É uma excelente ideia. – eu disse também.
- Ótimo. – mamãe disse.
As conversas foram fluindo, todos estávamos animados. A vida corria-nos bem, porque haveríamos de estar mal?
Marianne fez a cena normal de toda a criança: os segredinhos. Pegou na mão da mamãe e subiu com ela. Devem ter ido para o meu antigo quarto.
Nick não se deixou ficar por menos e pediu a papai para jogar à bola com ele. Papai foi para o jardim, brincar com o Nick.
Jake e eu ficámos sozinhos, em muito tempo, e nos beijamos fervorosamente no sofá. Ele passou sua mão por minhas calças, por meu bum bum e apertou-o. Sua mão entrou pelo meu top e atingiu meu soutien.
- Jake! – eu disse.
- Claro, princesa. – ele disse e retirou sua mão de dentro da minha roupa.
Nós estávamos em casa de meus pais, as crianças podiam entrar a qualquer momento!
Jake parou, mas eu tinha perfeita noção que ele ficou insaciado. Teríamos de resolver isso mais tarde. E nós resolveríamos!
Depois de mais alguns beijos, dessa vez, mais controlados, meu pai tossiu e entrou no chalé, com meu filho. Meu filho carregava na mão a bola.
Pela cara dele, ele não deveria tar lendo a mente do Jake. Mamãe devia estar bloqueando ele. Ou isso…ou pai definitivamente se resignou. Não acredito muito na segunda hipótese.
Mamãe e minha pequena princesa desceram também pouco depois. Papai começou preparando o almoço. Minha mãe e Jake ficaram com os gêmeos. Eu fui com papai para a cozinha. Eu precisava de aprender a cozinhar melhor. Vovó Esme é uma querida, ela sempre me dá aulas de culinária. Mas, meu pai cozinha muito bem também.
- Sabe, eu cozinhava para sua mãe, quando ela era humana. – papai disse.
- Não sabia, mas ainda bem. Ela devia amar. – eu disse sorrindo. Meu pai me abraçou.
- Obrigado. – ele disse – Obrigado por estar aqui. Obrigado por estar cumprindo sua promessa natalícia de há 2 anos e meio. Obrigado por se manter perto de nós. Obrigado por me dar dois netos gêmeos maravilhosos.
- Tanto “Obrigado”. De nada, papai. Obrigada eu. Obrigada por manter mamãe viva. Obrigada por não ter matado o Jake, em tempos. Obrigada por lutar por mim, depois que começou lendo meus pensamentos na barriga da mamãe. Obrigada por ser meu pai. Obrigada por salvar mamãe. Obrigada por tudo. Por minha vida, por essa família, por TUDO, mesmo TUDO. – eu disse.
Ele me abraçou e deu beijo na minha testa. O silêncio entre nós não era incómodo. Ele me compreendia bem e eu a ele.
Eu o ajudei a confecionar a refeição.
Ponto de Vista da Bella
Depois que minha filha, Jacob e os gêmeos se foram, eu e Edward ficámos aqui, juntos, sozinhos…isso me dava muito alento.
- Bella, podíamos ir no cinema hoje. O que você acha, meu amor? – Edward me perguntou.
- Cinema? – eu perguntei e ele assentiu – Qual?
- “Eternal Love”…Amor eterno… – ele disse – Claro que nada se compara com o nosso amor, mas poderíamos passar um fim de tarde diferente, mais nosso, mais romântico.
- Ah! Claro, vamos. – eu disse.
Qualquer coisa que eu fizesse com Edward me fazia feliz, mas poder passear e ir ao cinema só com ele, me fazia sentir mais normal. Mais de acordo com a idade que meu corpo aparentava. Eu sou mãe e avó, mas não tenho idade nem corpo para isso. Literalmente, eu era muito “nova” para isso.
- Vamos? – Edward perguntou entusiasmado.
- Claro, meu amor. – eu disse.
Depois de algum tempo correndo, nós chegámos a Port Angels. Uma coisa que eu gostava de minha condição de vampira era a velocidade, e claro, ter a coordenação necessária para isso.
- Bella, espera aqui, eu compro os bilhetes para nós e depois nós entramos.
- Ok. – eu disse e o beijei.
Por muito tempo que tivesse passado, por mais que eu já não fosse humana, não havia nenhuma vez que ele me beijasse e eu não me sentisse inebriada. A sensação de seus lábios sobre os meus era maravilhosa. Não havia nada igual.
Fiquei olhando para ele na fila dos bilhetes. A sala hoje deveria estar bem cheia.
- “Eternal Love” é você. – ele sussurrou no meu ouvido quando voltou com os bilhetes na mão. Olhei para seus olhos e me senti perdida nesse olhar.
- E você. – eu disse.
Ele se aproximou de mim, sempre fixado em meus olhos. Colocou meu cabelo para fora da minha cara e uniu nossos lábios.
Nós entrámos dentro da sala de cinema e nos sentámos bem no fim da sala. O filme foi bem romântico, mas eu tinha de concordar com Edward quando ele dizia que o amor dos protagonistas não chegava nem aos calcanhares do nosso.
Na viagem de regresso para casa, corremos de mão dada, sempre olhando um para o outro.
Eu sabia, o que iria rolar assim que chegássemos ao chalé…
Ponto de Vista da Esme
- Esme, meu amor, o que você me diz se tirarmos umas férias? – Carlisle me perguntou.
- Férias? Onde?
- Sim, umas férias. Eu e você…na ilha Esme. – Carlisle disse.
- Ilha Esme, eu e você…me parece muito bem. É uma excelente ideia!
- Vamos?
- E a clínica? – eu me preocupei.
- Eu posso colocar férias. Tenho mais médicos trabalhando comigo lá.
- Sim, ótimo. Tenho de falar com a Alice e a Rose, para elas ficarem cuidando de nosso negócio, mas penso que não vai haver problema.
- Perfeito. – ele disse – Vamos anunciar à família?
- Claro. – eu disse.
Nós nos beijámos com intensidade e fomos para a sala. Hoje era domingo e todos já deviam estar aqui.
Alice e Jasper estavam sentados no fundo das escadas conversando. Emmett e Rosalie estavam jogando xadrez. Sara e Caroline estavam brincando no tapete.
Nessie estava passando um sermão nos gêmeos e Jacob estava conversando no sofá com Edward e Bella, recém-chegados a casa.
- Entenderam tudo o que eu disse? – Nessie perguntou para os garotos.
- Sim, mãe. – Nick disse de cabeça para baixo.
- Sim, mamãe. – Mary disse.
- O que eles fizeram? – eu perguntei.
- Esses meninos fugiram para a floresta assim que acordaram. – Jacob disse.
- Fugiram? – eu perguntei.
- É. – Nessie disse mais preocupada do que irritada – Eles saíram assim de casa, sem avisar ninguém. Nós ficámos sem saber onde eles estavam! Tivemos de seguir seus rastros.
- Isso deve ter sido…muito preocupante. Mary, Nick! – eu disse olhando séria para eles.
- Nós já percebemos que deixámos papai e mamãe bastante preocupados. Nós prometemos que não voltaremos a fazê-lo! – Mary disse.
- Perfeito, ainda bem que entenderam. – Nessie disse.
- É, perfeito. – Carlisle disse – Família, eu e Esme queremos fazer um anúncio.
- É? – Jane perguntou. Ela e Alec estavam sentados no chão brincando com a Sara e a Caroline. Angie não estava aqui. Ela tinha ido passar esse fim-de-semana a casa da mãe.
- É. – eu disse.
- Que anúncio? – Bella perguntou
- Nós vamos tirar umas férias. – eu disse.
- Eu não vi isso… – Alice se queixou.
- Isso é estranho. – Edward disse – Sem Nessie, sem Jacob e sem os gêmeos por perto, você deveria conseguir vê-los de férias.
- Seja como for, nós vamos para a Ilha Esme. – Carlisle disse.
- Rose, Alice, se importam? – eu perguntei.
- Não. – elas responderam em uníssono.
- ILHA ESME? – Nick e Mary disseram em coro com os olhos a brilhar imenso.
- Sim, queridos. – eu respondi.
- Eu também quero ir! – Mary disse.
- Eu também! – Nick disse.
- O quê? – Nessie perguntou pasmada.
- Querem ir? – eu perguntei.
- SIM! – eles disseram em coro.
- Por favor, mamãe e papai! – Mary pediu.
- Por favor, por favor, por favor! – Nick pediu também.
- Não…eu acho que não… Nunca fiquei sem vocês, desde que nasceram… – Nessie disse incerta. Ela estava muito ligada a seus filhos gémeos.
- Nessie, eu acho que podia ser bom para eles. – Jake disse – Ficarem longe disso por pouco tempo. Ganharem novos conhecimentos, terem alguma experiência fora daqui. Isto claro, se Esme e Carlisle não se importarem…
- Claro que não. Eles podem vir. – Carlisle respondeu depois de ver a confirmação nos meus olhos.
- Eles vão saber olhar por eles. – Jacob disse e Nessie ficou pensativa.
- Não sei…eles…meus filhotes… – ela disse.
- Sim, Nessie, eu sei. Também me custa ficar longe deles, mas se eles querem…
- Nós queremos muito, mãe. – Nick disse.
- Sim, MUITO. – Mary disse também.
- Eu não acredito que tou fazendo isso… – Nessie disse – Podem ir…
- Podemos? – eles perguntaram cheios de entusiasmo.
- Sim. – ela respondeu.
- Yupi! – eles disseram.
- Nós vamos para a Ilha Esme. – Mary disse.
- Vão sim. – eu disse – Nessie, pode ficar descansada, no máximo ficaremos fora 2 semanas.
- Claro. – ela disse.
-----------------------------------------2 dias depois----------------------------------
Estávamos eu, Carlisle, Mary e Nick a caminho da Ilha Esme. Já fizemos várias paragens. Estávamos agora no barco, com Carlisle a pilotar. Os gêmeos estavam muito cansados. Estavam dormindo.
Quando finalmente chegámos à minha ilha, Carlisle pegou no colo Nick e eu peguei na Mary.
Os levámos para casa. Trocámos eles de roupa e os colocámos na cama.
Ter essas duas crianças durante essas duas semanas a nosso cargo é excelente. Me fez viver quase a maternidade, mais detalhadamente. Meus filhos nunca tiveram essa idade.
E pensar que quando era humana tive essa oportunidade… Mas, isso agora não importa. Meus bisnetos, netos (eu prefiro os ver como netos), me estão dando essa oportunidade fantástica.
Serão duas longas semanas cheias de aventuras…e amor. Há quanto tempo eu não tirava umas férias com meu amor, Carlisle?
Nota da autora:
Obrigada por todos os comentários de apoio.
Meu irmão está melhor sim, se recuperando muito bem.
Obrigada pela compreensão.
Bjs e comentem o capítulo!*