Capítulo Extra (POV Joe)

Capítulo Extra – A minha morte (POV Joe)

Ponto de Vista do Joe

Eu tinha posto minha Renesmee em casa e ia em direção ao palheiro nojento onde eu tinha escondido aqueles…idiotas, nojentos, repugnantes, pulguentos cachorros.

Não sei como é possível a Renesmee alguma vez ter amado aquele cachorro insignificante. Eu sou o maior, eu sou o Joe Michael Clinton…ninguém me pára. Eu sou imbatível e hei-de conquistar o mundo.

Primeira batalha superada: conquistar a Renesmee Cullen e por sua vez os Cullen. Sei que aquela “bruxa” irritante da Alice não vai com minha cara nem um pouco, mas eu não tou nem ai. Seu companheiro também não é melhor.

Deus, só de me lembrar das coisas que esta família faz! Como aquelas meninas humanas que eles adotaram! Isso é do outro mundo. Eles são os vampiros mais esquisitos que eu alguma vez conheci.

Não me posso esquecer daquele clã/família, como eles quiserem, os Denali, que fui visitar há pouco tempo com Renesmee. Eles são todos muito esquisitos também, embora bem menos que os Cullen.

Rosalie é uma tonta, só de pensar em tudo o que ela faria para ter um filho…Renesmee me contou que Rosalie trocaria sua vida de vampira para ser mãe.

Esme, ela é a vampira, mais não-vampira que eu alguma vez conheci. Aqueles gestos maternais que ela sempre tem com todos. Ela é pior que os humanos no quesito de ser uma mãe galinha.

Carlisle? Ele é completamente maluco. Quem, no seu perfeito juízo, seria médico sendo um vampiro? Ninguém. Ele devia ter algum distúrbio mental quando era humano. Sem me esquecer que foi ele que começou com essa história de ser vegetariano. Me poupem. Isso não é do meu mundo.

Edward, esse é um pai muito cauteloso e um marido muito protetor. Mas, como é possível ele ter se apaixonado por sua companheira, a Bella (completamente tola), enquanto esta era humana? Ele é louco. E mais! Casou com ela e ainda foi capaz de conceber Renesmee, sem quebrar a Bella.

Emmett é muito divertido. Divertido demais até. Ele é muito descontraído. Isso não é bom para um vampiro.

Renesmee, bem, essa é a minha excepção. Confesso que, quando me mudei para Port Angels, a minha intenção era conquista-la para conquistar o clã Cullen, mas depois eu acabei por me apaixonar mesmo por ela.

Claro que, com aquele cachorro nojento, que (por deus!) teve um imprinting por Renesmee quando ela era apenas uma recém-nascida, não podia ficar no meu caminho.

E o resto daqueles cachorros? Odeio um por um…

Quando surgiu a oportunidade de colocar Jacob fora do meu caminho, não hesitei nem um segundo. A aberração da loba, a Leah, foi um bónus nessa história. Consegui matar dois coelhos duma queijada só. Como se eu usasse esse instrumento para matar seja o que for…

Prendi-os naquele palheiro subterrâneo que descobri numa das minhas pesquisas nocturnas. Eu planejei este golpe com muita antecedência.

No início, me custava um pouco ver a Renesmee assim, mas eu sabia que eu ia conseguir, afinal quem sou eu? Quem sou eu? Joe Michael Clinton! Melhor que eu não há ninguém.

Quando me lembrei de fazer aquelas fotos e aqueles filmes fiquei muito orgulhoso de mim próprio. Adorei ver a cara do cachorro dia após dia.

Um dia ele me interrogou porque ele tinha de comer restos. Até deixei escapar o motivo. Sempre que vejo um humano, quase perco meu controle. Faz quase 1 ano que não sinto a alegria de sangue humano na minha garganta. Tive 4 meses de preparação antes de me aproximar dos Cullen para mudar a cor dos meus olhos.

Uma vez contei para Nessie que ela se assemelhava fisicamente com minha ex-parceira. Elas realmente são parecidas.

Minha ex-parceira se chamava Gabriela. Gabi e eu percorremos o mundo juntos como nómades. Me lembro do dia em que a conheci…

Flashback

Eu estava numa rua escura londrina procurando por minha presa, quando a vi.

Nesse momento, imediatamente me senti atraído por ela. Larguei o corpo do homem ensanguentando que estava nos meus braços e corri até ela.

Ela como vampira esperta deveria ter fugido, mas não foi isso que aconteceu. Ela ficou tensa, mas perfeitamente estática esperando por mim.

- Oi. – ela disse.

- Oi. – eu disse também – Meu nome é Joe Clinton e o seu é?

- Gabriela. – ela disse meia constrangida – Gabriela Scott.

- Gabriela, não precisa ter medo. Eu não vou te atacar. – eu disse.

- Eu sei que não. Eu não te vou atacar também. – ela disse – Me trata por Gabi.

- Gabi então. – eu disse – Vamos dar…uma volta, – eu dei de ombros – por ai, juntos?

- Claro. – ela disse e estendeu sua mão timidamente. Eu agarrei sua mão imediatamente e começámos a correr juntos. Quando estávamos bem dentro de uma das florestas inglesas, ela parou de correr e me olhou nos olhos – O que está acontecendo conosco?

- Eu acho que…que…

- Que somos o parceiro um do outro. – ela falou.

- Sim, eu acho isso. – eu disse. A atracção física entre nós era muita e eu rapidamente a joguei contra uma árvore e esmaguei meus lábios nos seus. Ela correspondeu e começou a explorar meu corpo.

Sem mais palavras, mas sim muita ação, nós destruímos grande parte daquela floresta por vários dias seguidos.

Fim do Flashback

Gabi, Gabi… que saudades. Quando me lembro do que aconteceu com você…

Flashback

Eu e Gabi já estávamos juntos por décadas, mas com o dom dela, conquistamos vários clãs. Ela tinha um dom magnífico: controlar mentes. Se ela introduzia na mente de alguém que tinha de fazer algo, esse alguém faria sem perguntar nada.

Mas, o pior foi o dia em que a encontraram. Eu e Gabi estávamos no sul de França aproveitando nosso amor e nosso poder.

Eu tinha ido caçar enquanto ela ficava na casa de uma família humana que havíamos matado na semana passada.

Eu estava sedento, mas ela não. Então, eu fui para minha caçada.

Quando eu voltei, senti o cheiro de outros da nossa espécie. Mas, eles já não estavam aqui.

Entrei dentro da casa e vi um braço de minha Gabi. Na parede, tinha uma mensagem escrita com sangue: “Nós a matamos. Leve isso como um aviso. Os Volturi não dão segundas oportunidades.”

A minha ira ia para lá dos limites desse universo e do próximo. Quem eles pensavam que eram?

A minha Gabi, a MINHA Gabi…

Fim do Flashback

A partir desse momento eu jurei vingança. Eu iria vingar minha Gabi conquistando todo o mundo.

Os Cullen eram a minha aposta agora. E Renesmee, ela era minha nova luz ao fundo do túnel, depois da morte da Gabi.

Finalmente, estava aqui ao pé deste palheiro imundo.

Desci imensamente distraído, e quando lá cheguei encontrei uma cena deplorável. Renesmee, a minha Renesmee estava beijando o cachorro e todos outros cachorros e os Cullen estavam aqui. Oh meu deus! Não sabia bem o que fazer, então bati palmas.

- Ora, ora, ora. O que temos aqui? – eu perguntei.

- Eu te odeio. – ela gritei e rosnou para mim. Isso me feriu, mas preferi ignorar. Os lobos se transformaram na hora. Ela caminhava lentamente na minha direcção. Ela pegou no meu colarinho e disse: - Você não tinha o direito de manter Jake e Leah aqui. Eu sofri horrores. Por sua culpa!

- Nessie. Você estava beijando o Jacob, aquele cachorro? – eu disse fingindo não ouvir o que ela tinha dito – Se esqueceu que é minha namorada agora?

- Deixei de ser. – ela disse e para mim foi a gota de água. Por muito que eu pudesse gostar dela, eu vi que o cachorro do Jacob se aproximava para dar cabo de mim, a agarrei e a encurralei.

- Mais um passo e eu a mato. – eu disse. Jacob imediatamente parou.

- Calma. – o totó do Carlisle pediu com as mãos no ar.

Renesmee tremia muito com medo de mim. Ela se baixou um pouco, Leah chutou minha cabeça com força, e embora ela não me tivesse magoado, eu me passei e me virei para a matar. Renesmee me atacou nesse momento. Edward e Jasper agarraram meus braços e me fizeram ficar de joelhos.

- Isso me deu uma ideia. Papai não o mate já. Me dê um segundinho. – Renesmee disse – Quem odeia o Joe aqui? – ela perguntou e todos levantaram o braço/pata – Quem gostava de dar umas boas dentadas nele e o partir em pedacinhos? – todos levantaram o braço/pata menos Carlisle e Esme. Alguém que tinha piedade de mim! Eles eram muito pacifistas – Acho que temos maioria absoluta. Formem fila. Eu serei a última.

Jacob foi o primeiro. Ele veio na minha direcção e me deu várias dentadas. Cada uma delas me doeu muito, mas eu só pensava na minha Gabi. Ela era o meu consolo mental. Ele me arrancou em pedacinhos pequeninos de várias vezes toda minha perna direita. Eu gritei de dor. Aquilo doía mesmo muito. Nem pensar na Gabi me safava.

O cachorro do Seth foi o segundo. Afinal eu tinha mantido seu melhor amigo e sua irmã em cativeiro por muito tempo. Seth fez o mesmo que Jacob, mas ele arrancou meu braço esquerdo. As mães humanas gritam de dor quando têm seus filhos, os humanos gritam de dor quando nós os matamos, vampiros gritam de dor quando são decapitados, mas a dor que eu estava sentindo, era superior a tudo isso.

A tonta da Bella, a mãe da Renesmee, foi a 3ª.

- Você não devia ter se metido com meu melhor amigo, com minha filha e com Leah. Eles sofreram muito. Você também vai sofrer. – Bella disse e me arrancou a perna.

- Parem! Parem! Por favor… - eu disse gritando de dor. Eles tinham de parar, isso tava doendo muito.

- Você está sentido dor? – Renesmee perguntou do fim da fila – Isso é pouco comparado ao que eu senti.

- Pois é. – Alice disse – Eu nunca gostei de você. Sempre desconfiei de algo. – e dito isto ela me arrancou o braço esquerdo. Meu deus, com mil diabos alguém que faça isso parar! Me matem de uma vez por todas…

- Branquela, - Emmett disse – ninguém se mete com minha sobrinha. – ele disse isto e me socou a cara várias vezes. Depois arrancou seu nariz. Nunca pensei que ficar sem o nariz doesse tanto. Please, por tudo o que é mais sagrado me matem!

- Emmett, segura aqui. – Edward pai pediu – Ninguém se mete com minha filha! N-I-N-G-U-É-M! Você só está a ter o que merece. – ele me arrancou a perna e parte de sua pele do tronco. Depois ainda me socou inúmeras vezes. OMG. Alguém me diz como isso é possível? Arrancar pele dói mais que muito – Pode ir Jazz. – ele disse e segurou a parte do Jasper.

- Eu sempre desconfiei de você. Você é um lixo. – Jasper disse e arrancou um de meus olhos.

- Minha vez. – a estúpida da Rosalie disse – Minha sobrinha é sagrada. Não tinha o direito de a fazer sofrer. Nem a ela, nem ao Jacob, nem a Leah. – Rosalie disse e me arracou com os dentes o cabelo. Morte, morte, chega logo!

O resto dos lobos arrancaram dentes, orelhas, pele, me socaram, etc. Por fim chegou a vez da Renesmee. Para bem e para mal, finalmente eu vi minha existência por um fio.

- Eu nunca me esquecerei o quanto eu odeio você, o quanto você nos fez sofrer. NUNCA. – ela disse – Adeus Joe. Odiei conhecer você! – Depois de ela dizer isso, saltou para mim e arrancou minha cabeça.

Adeus terra, adeus mundo…Joe Clinton não pertence mais à terra.

Eu pensava que nenhum tipo de vida, existiria a partir daqui, mas me enganei.

Apareceu um conjunto de nuvens e eu subi numa delas tipo um elevador.

Quando cheguei lá a cima, haviam duas portas, uma vermelha e uma branca. Escolhi a vermelha pois era a cor do sangue.

Abri a porta lentamente e duas figuras sinistras estavam sentadas em uma secretária.

- Olá. – a mulher disse.

- Bem-vindo ao Inferno. – o homem disse – O lugar onde vai passar o resto da sua eternidade.

- Pois… - a mulher disse.

- Inferno? – eu perguntei – Eu mereço ir para o Inferno?

- Sim. – a mulher disse – Que rude da nossa parte, me deixe nos apresentar: eu sou a Victoria e este é meu parceiro, o James.

- Victoria e James?!? – eu perguntei – Os mesmos que os Cullen mataram?

- Sim. – James disse.

- Meu deus. – eu disse chocado.

- Não volte a repetir a expressão…menino mal-educado. – Victoria disse sorrindo duro – Aqui no Inferno só podemos usar: “Meu diabo!”, “Minha diaba!”, “Minha Victoria!” ou “Meu James”.

- Ah! – eu disse. A ficha ainda não tinha caído. – Entendi.

- Ainda bem. – Victoria disse – Fala com o nosso distribuidor de tarefas, o Laurent para saber de sua tarefa daqui em diante. Terá de a cumprir para sempre.

- Se quiser saber, se alguém conhecido de você também mora aqui, apenas tem de falar com o nosso relações-públicas, o Riley.

- Certo. – eu disse incrédulo.

- Espero que goste de sua estadia, porque não terá outra. – Victoria disse.

- Tá. – eu disse e me apressei a correr.

- Ei, ei, ei rapazinho, calma. – James disse – Aqui no Inferno, não há correrias, nem pressas!

- Entendido. – eu disse e caminhei lentamente. Encontrei um vampiro negro na minha frente.

- Oi. Eu sou o Laurent. – ele se apresentou.

- Prazer, Joe Clinton. – eu me apresentei.

- Não, você era Joe Clinton. Agora você é: Joe Infernal. Assim como eu: Laurent Infernal e todos os outros moradores desta casa.

- Joe Infernal? – eu perguntei. Isso estava começando a ser demais para mim!

- Sim. E não refila não, que eu não tenho paciência.

- Qual é a minha tarefa? – eu perguntei.

- Bem, vejamos… - ele disse e abriu o seu dossier – Joe Infernal, Joe Infernal, Joe Infernal… - ele procurava meu processo. Me digam que eu tou sonhando. O Inferno é de doidos! – Aqui está. – ele disse satisfeito – Já o estávamos esperando há algum tempo…

- Pois bem, qual é a minha tarefa?

- Você? Sua tarefa será limpar o nosso chão, que por sinal são nuvens, com a língua todo o dia, duas vezes pelo menos.

- O quê? – eu perguntei – Só podem tar gozando comigo…

- O que eu disse sobre não refilar? Os directores não vão ficar nada contentes…

- Directores? – eu perguntei. Eles estavam me tratando como uma criança.

- Sim, a Victoria e o James. – ele disse como se fosse obvio.

- Tudo bem, não importa. – eu disse – Onde eu posso encontrar o Riley, ou lá como se chama o relações-públicas?

- Aqui. – uma voz disse – Aqui mesmo. Prazer, eu sou o Riley, Riley Infernal.

- Prazer, Joe Clin… upps, Joe Infernal. – eu disse.

- Joe Infernal… sua companheira ta esperando por você faz muito tempo…

- Minha companheira? A Gabi? A Gabriela? – eu perguntei.

- Sim. – ele disse – A Gabriela Infernal tá esperando por você.

- Que bom. – eu disse – Onde eu posso encontra-la?

- Basta subir para o 3ºandar. É a porta à direita. – ele me informou.

- Como eu subo?

- Pela nuvem elevatória, dah! – ele disse – Novatos, sempre a mesma coisa! Tenho sempre de explicar tudo…

- Adeus. – eu disse e subi naquela coisa, naquela nuvem elevatória.

Cheguei no terceiro andar dessa coisa e abri a porta à direita. Lá estava ela. A minha Gabi.

- Gabi, meu amor… - eu disse.

- Seu idiota. – ela disse olhando para uma televisão que existia dentro de uma nuvem – Você fez uma novela divertida, mas me traiu.

- Novela divertida? – eu perguntei confuso.

- Nós, condenados ao Inferno, podemos ver tudo o que os terrestres fazem através das nossas televisões, mas não podemos sair do Inferno para irmos até lá. – ela explicou.

- Ah, certo. – eu disse – Isso é tudo tão estranho…aqui…as pessoas, TUDO!

- Ah, tu te habituas. Eles não eram assim quando chegaram, eram mal educados e isso, mas com o tempo, toda a gente amolece no Inferno. – Gabi me disse.

- Tá. – eu disse e me aproximei dela. Depois eu a beijei, nesse mundo confuso que seria minha existência a partir de agora…