sábado, 30 de outubro de 2010

Capítulo 11: Lembrando Renée

Capítulo 11: Lembrando Renée

- Eu te amo. – Jake disse.

- Eu também te amo, meu Jake. – eu disse e então me lembrei de vovó Renée. Minha mãe tinha falado há pouco sobre ela numa das suas histórias. – Mãe, como está vovó Renée? Ela está bem? Eu já não falo com ela faz bom tempo.

- Ela me ligou na semana passada, filha. Ela me ligou no dia que você ficou no chalé com Claire. – minha mãe disse – Ela está muito bem. Ela e Phil estão fazendo uma viagem pela Europa. Nesse momento estão em Espanha. Eles estão gostando bastante. Ela perguntou por você. – Ainda bem que vovó estava bem. Ainda me lembro do dia que ela me viu pela primeira vez…

Flashback

- Ai Alice, será tão necessário assim vir às compras toda a semana? – minha mãe disse comigo ao colo. Eu aparentava ter quase 3 anos. Eu já falava e há muito que já sabia andar, mas como eu não pesava nada para minha mãe, ela adorava me carregar e eu adorava ser carregada.

- Não me venha com essa história de novo Bella. – tia Alice disse firme – Renesmee cresce muito depressa e ela necessita de roupas novas.

- Não me vou livrar dessa. Deixa para lá. – minha mãe choramingou. Alice estava se concentrando em algo, algo que devia ser uma visão. Apesar de eu ter pouca idade eu já tinha uma mente muito avançada.

- Renée está vindo para Forks. Ela quer te ver. Ela está farta de suas desculpas esfarrapadas. Façamos o que façamos ela virá na mesma. – tia Alice disse.

- Não, não… isso não é possível Alice. – minha mãe disse com uma expressão angustiante – Ela vai perceber que não sou mais humana… O que eu posso fazer?

- Vamos para casa. Se acalma Bella, querida. Vamos decidir isso com ajuda da família. – tia Alice disse tentando acalmar minha mãe.
Chegámos em casa pouco tempo depois. Jake estava lá e pegou do colo de minha mãe.

- Nessie, que saudades que eu tinha de você. – Jake disse muito carinhoso.

- Eu também tinha muita saudade de você, Jake. – eu disse.

- Ly, meu amor, me explica o que se passa com você e Bella! Vocês, principalmente Bella, estão apavoradas. – tio Jazz disse.

- Alice teve uma visão. – meu pai disse calmo – Renée está vindo para Forks. Ela vem mesmo. Não haverão desculpas que a impeçam. Ela chegará amanhã. Bella já pensou o que quer fazer, meu amor?

- Edward… - minha mãe disse e pausou – ela vai perceber que eu estou diferente.

- E se tentar lhe contar a mesma história que contou para Charlie? Ela prefere de certeza absoluta saber meia verdade do que nada.

- Talvez… – minha mãe disse pesadamente – Mas, que mais posso fazer mesmo? – ela suspirou – Alice!!!

- O que foi Bella? – tia Alice respondeu.

- Você consegue disfarçar um pouco meu tom de pele? – minha mãe pediu – Eu já era branca, mas não tanto como agora.

- Claro Bella. – minha tia Alice disse sorrindo – O que maquilhagem não pode fazer mesmo? – ela piscou para tia Rose.

- E o que vocês acham sobre os meus olhos? Eles já estão suficientes castanhos topázio? – minha mãe perguntou – Ela vai notar a diferença de qualquer maneira, mas não é necessário que eles estejam vermelhos.

- Eles estão cor caramelo. Você não tem mais os olhos vermelhos de recém-nascida. – meu pai respondeu passando seus braços na cintura de minha mãe.

- Espero que tudo corra bem… - minha mãe disse suspirando.

- Vai correr Bella. – meu pai disse.
Na manhã seguinte, Alice vestiu minha mãe e eu. Minha mãe vestiu um traje que evitasse o máximo de contacto entre a sua pele e a Renée caso se tocassem. Isso também ajudou tia Alice. Ela só teve de maquilhar a face, o pescoço e as mãos de minha mãe.(Vestido Bella). Quanto a mim ela me vestiu um vestidinho rosa (Vestido Nessie).

Minha mãe já estaria roendo as unhas se pudesse. Meu pai estava tocando para acalmar ela.

- Pessoal, se preparem daqui a 3 minutos o futuro dela some. Traduzindo: ela está perto de Renesmee e Jacob. Conosco. – minha tia Alice disse. Três minutos se passaram e Jake me levou para a cozinha, mas antes vi vovô Carlisle e Esme saírem em direcção ao jardim, meu pai sentar no sofá com minha mãe no colo. Jasper e Rosalie estavam jogando xadrez e Alice estava conversando com Emmett no fim da escadaria. Com minha audição perfeita, eu pude ouvir tudo:

- Onde está minha filha Carlisle? – uma voz de mulher que supus ser a de vovó Renée perguntou. Comecei logo a pensar se ela ia gostar de mim.

- Estou aqui mãe. – minha mãe respondeu.

- Bella, filha, é você? – Renée perguntou.

- Sim mãe. – ela respondeu.

- Me abraça filhinha. – alguns segundos se passaram e Renée disse – Você está tão diferente… me conta tudo. Não me fala meias verdades. Eu quero saber tudo.

- Mãe… você sabe, eu fiquei doente. – minha mãe disse.

- Doença não explica “milagres” filha. – vovó disse e suspirou. Mais alguns segundos se passaram. Ela devia estar observando a mamãe. – Sua pele está muito fria, sua pele está diferente. Você não me parece mais tão descoordenada. A cor dos seus olhos mudou também. – Renée constatou.

- Sempre tão observadora. – meu pai sussurrou. Humanos não ouviriam. – Bella, não tem como esconder mais. Conte a verdade toda para ela.

- Mãe, você tem razão. Mas, você tem certeza que não prefere ficar na ignorância? Não prefere que eu lhe conte tudo de maneira suave? – minha mãe tentou.

- Não. Eu quero saber a verdade toda agora. Você nem me parece mais humana.

- Se lembra quando eu casei com Edward e fui de lua-de-mel? – minha mãe perguntou.

- Sim, eu me lembro. – Renée respondeu.

- Digamos que eu sempre soube que Edward não era humano.

- O que ele era então? – vovó perguntou.

- Vampiro. Mas não se assuste mãe. Vampiros bebem sangue, mas a família Cullen apenas bebe sangue animal. – minha mãe disse apressadamente.

- Ah. – vovó Renée disse.

- O quanto você sabe sobre vampiros mãe?

- São muito fortes, segundo o que eu sabia bebiam humanos. Não atacariam se tivéssemos crucifixos. Queimam com o sol. O alho faz-lhes mal assim como a água benta.

- Tudo mito. – minha mãe disse – Mas voltando à minha lua-de-mel. Eu era humana. Vampiros supostamente não podiam ter filhos. Rosalie, Alice e Esme nunca puderam. Mas, havia uma pequena diferença. Seus corpos estavam congelados, o meu não. Foi então que eu engravidei de Edward.

- Você ficou grávida? Você tem um filho? – Renée perguntou.

- Na verdade não. Eu tenho uma filha. Mas, minha gravidez não foi fácil. Vampiros são fortes e meu corpo não era. Eu tive uma gravidez muito acelerada. Minha vida humana terminou porque eu morri no parto. Mas, então Edward me salvou. Ele me transformou em vampira também. – mãe disse. Mais alguns minutos se passaram.

- O quanto vampiros são diferentes de humanos? – minha vovó perguntou ofegante.

- Somos imortais, nunca vamos morrer. Somos extremamente fortes, hábeis e rápidos. Bebemos sangue. Nossa pele é fria e indestrutível. Em nós não corre sangue, mas sim veneno. Nossos olhos mudam de cor.

- Uau. – Renée disse – Você disse que Edward te transformou porque você ia morrer. Não se arrepende?

- Não mãe. Quando me casei com Edward já planejava me tornar vampira. Isso só acelerou o processo. – minha mãe respondeu.

- Resumindo: você, Edward e sua família são vampiros? – minha avó perguntou, meio como afirmando.

- Sim. – papai respondeu.

- Se Bella era humana e você era vampiro, o que nasceu daí? – vovó perguntou e eu fiquei muito nervosa.

- A melhor coisa do mundo! – minha mãe respondeu – Nasceu meia-vampira e meia-humana.

- Ah. – minha avó disse – Que características ela possui? Ela é imortal também?

- Sim, ela é imortal. Sua pele é indestrutível. Ela tem uma temperatura superior a humana. Ela cresce muito rapidamente. Ela é uma mistura única e perfeita de nós dois. – minha mãe disse orgulhosa.

- Posso conhecer minha neta? – vovó pediu.

- Claro mãe. – minha mãe disse – Jacob traga ela.

- Jacob? Jacob Black, seu amigo filho de Billy Black? – vovó perguntou.

- Sim mãe. Digamos que ele também não é humano. Mas isso não interessa agora. – mãe disse e Jake me levou para a sala. Então eu vi Renée. Ela estava igualzinha como na foto que minha mãe tinha dela. Ela me fitou por um longo momento e um sorriso brotou em seus lábios:

- Como se chama esta linda garotinha?

- Oi. Eu me chamo Renesmee. Pode me chamar de Nessie se preferir. – eu disse me apresentando.

- Uau! Ela já fala tão bem. Isso tudo é devido ao seu crescimento acelerado? Ela parece ter 3 anos. No entanto ela só tem poucos meses.

- Sim. Faz pouco tempo que eu nasci. – eu disse.

- Mãe, ela cresce muito rápido e já sabe andar e falar desde sua primeira semana de vida. Ela já tem a maturidade enorme.

- Você realmente é especial. – vovó Renée disse e me retirou dos braços de Jake. Ela me beijou a bochecha e me abraçou. – Você me lembra muito de Bella em bebê, mas seus cabelos e seu nariz pertencem a seu pai.

- Quer saber o nome completo dela? – minha mãe perguntou e vovó assentiu. – Renesmee Carlie Swan Cullen. Renesmee é a junção de seu nome e o nome de Esme. Carlie é a junção do nome de Carlisle e o nome de Charlie.

- Obrigada filhinha. – vovó disse chorando de felicidade.

- Vovó não chora não. – eu disse.

- “Vovó” será que existe coisa mais fofa nesse mundo? – ela falou consigo mesma.

- Quer saber mesmo como foi minha vida com pormenores? – eu perguntei.

- Sim… - ela disse não entendendo a minha pergunta.

- Mãe, alguns vampiros têm dons, do género de “poderes especiais”. – minha mãe a informou.

- Quem tem dons aqui nessa família? E quais? – Renée perguntou admirada e curiosa.

- Eu, Edward, Alice, Renesmee e Jasper temos dons. – minha mãe disse.

- Quais? – vovó perguntou muito curiosa – Que dom você ganhou?

- Eu sou um “escudo” mãe. É do género de uma capa protectora contra outros dons. Edward lê mentes. – minha mãe ia continuar, mas Renée a interrompeu:

- Como assim Edward lê mentes? Ele escuta tudo o que pensamos?

- Sim Renée. E sim, eu sempre soube tudo o que você achava de mim. Seus comentários secretos, etc. Desculpe, mas é meu dom. Eu não podia evitar. – meu pai disse.

- Ah – minha avó disse conformada – Me conte sobre os outros dons filha.

- Alice vê o futuro. – minha mãe disse e foi interrompida de novo.

- Maravilhoso, você vê o futuro, o que vai acontecer com as pessoas e isso? – minha avó perguntou entusiasmada.

- Sim. – tia Alice disse sorridente – A propósito, Renée você vai ter um belo jantar romântico à luz das velas quando chegar. Eu vou dar um vestido para você usar.

- Obrigada. – Renée respondeu – Continue Bella…

- Renesmee pode mostrar com o toque a outra pessoa o que pensa e imagens também.

- Ah, experimenta comigo? – vovó me pediu e eu assenti. Eu lhe mostrei os momentos mais importantes que já tinha presenciado. Mostrei o dia em que eu nasci. Minha mãe toda ensaguentada e meu pai injectando veneno em seu coração. Como ela ficou linda depois da transformação. Depois eu lhe mostrei a luta com os Volturi e como nós safámos dessa. Eu ia continuar, mas ela interrompeu:

- Quem são esses “Volturi”? O que eles pretendiam com vocês?

- Eles são o mais próximo que existe de família real no mundo dos vampiros. – minha mãe disse – Eles fazem a lei ser cumprida. Não existe muitas leis no mundo dos vampiros, só regularmente 2 são realmente aplicadas. Primeira e mais importante: nunca revelar a humanos o nosso segredo. Segunda: é expressamente proibido criar crianças imortais pois elas são difíceis de se controlar. Você tem que guardar nosso segredo.

- Claro que guardo Bella. – vovó disse – Vocês não quebraram alguma regra, certo? Então porque eles vieram ter com vocês?

- Renesmee vista ao longe parece-se muito com uma criança imortal. Uma vampira a viu e contou aos Volturi. Eles só estavam esperando uma oportunidade para acabar conosco. Quando eles descobriram meu relacionamento com Edward eles deram um prazo para ele me transformar também. Quanto a Renesmee, nós reunimos um grande grupo de vampiros amigos para fazer os Volturi parar e ouvir a história dela. E assim aconteceu, eles pararam. Outro meio-vampiro que Alice encontrou contou sua existência e detalhes sobre essa espécie. Eles confirmaram que ela cresce, que em sete anos estará adulta e que não envelhecerá mais. E assim nós nos livrámos duma guerra que podia ter acabado bem mal… - minha mãe disse pensativa.

- Nossa, tanta coisa que me passou ao lado! – vovó Renée disse – E Jasper, você disse que ele também tinha um dom, qual é?

- Ele controla sentimentos e emoções. Ele conseguir sentir o que cada um de nós sente, seja: alegria, tristeza, paixão, raiva, fúria, nervosismo… ele muda o seu estado de espírito. – minha mãe disse.

- Que tipo de outros dons existem? Bella eu ainda não entendi muito bem o seu…

- Existem dons que podem causar tortura mental, dons que podem nos cegar e nos fazer ficar surdos, dons que controlam os elementos, dons que enviam correntes eléctricas em seu corpo, etc. – minha mãe disse pausadamente – Quanto ao meu dom, eu protejo minha mente dos outros dons. Edward não pode ler minha mente quando eu não quero, não me podem torturar mentalmente, nem cegar ou me fazer ficar surda, não posso apanhar correntes eléctricas, etc. Tudo o que envolver minha mente está seguro. Eu posso estende-lo e proteger as pessoas que eu quiser. Se quiser eu faço Edward deixar de ler sua mente. Mas, meu dom não se aplica em termos físicos. Alice consegue ver meu futuro e Jasper consegue controlar meus sentimentos e emoções.

- Isso é fascinante Bella. Você anula os poderes dos outros. Você se protege e protege os que ama. Parabéns. – vovó Renée disse.

- Você então aceita minha escolha e minha vida? – minha mãe perguntou.

- Claro minha filha. Você escolheu uma vida eterna ao lado do homem que ama e agora com essa linda menina em sua vida. Uma vida repleta de felicidade. Eu te amo e eu amaria você mesmo que você virasse sapo. Mais uma coisa filhinha: você está linda.

- Obrigada mãe.

- Nessie, meu anjo, não quer mostrar para vovó seu quarto no chalé? – papai perguntou.

- Sim, claro. – eu disse.

- Chalé? – vovó Renée perguntou.

- Sim mãe. Nós temos uma casa nossa, a pouca distancia daqui. Quer conhecer? – mamãe perguntou, minha avó assentiu e em breves momentos entrámos no chalé.

- Nossa, isso é lindo!

- Obrigada mãe.

- Obrigado Renée. – meu pai disse.

- Vem conhecer meu quarto vovó. – eu disse a puxando. Quando ela entrou nele ela me disse:

- Nossa, que quarto mais fofo e bonito. Você realmente é uma menina de sorte.

- É. Eu te amo vovó. – eu disse.

- Eu te amo docinho. – ela me respondeu.
Fim do Flashback

3 comentários:

  1. Gostei do capítulo, apesar dele parecer meio descolacado (aí eu espero o próximo). E sua fic está muito boa, o que mais se destaca é a coerencia com a obra original. Vc escreve muito bem!

    (Agora vamos ser honestos e exigir que o proximo capitulo venha logo)

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  2. heee quero o proximoo capitulo e parabens!!!

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  3. adorei achei mto fofo o encontro da rene com a nessie e eu gosto qdo vc retorna na obra original p/ ñ perder a sequenciaçao

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