Capítulo 12: Escola

Capítulo 12: Escola

Nós já havíamos regressado da ilha Rose. Todos emanavam felicidade à minha volta, incluindo eu. Eu estava muito feliz. Eu nunca pude ir à escola e por isso tudo ia ser completa novidade para mim. Apenas eu e Jake íamos fazer o ensino médio em Port Angels. Os outros iam fazer faculdade em Port Angels também. Jake seria do segundo ano (com muita maquilhagem de Alice, ele pareceria um aluno de colegial). Eu seria do primeiro. Eu ainda fiquei emburrada por Jake não ficar no meu ano, mas eu entendia que ele era um garoto que mesmo muito disfarçado por Alice jamais poderia pertencer ao primeiro ano.

Agora, estávamos na mesa de jantar (que ninguém usava além de mim e Jake, e por vezes Seth ou Claire) numa reunião familiar.

- Vamos usar as mesmas histórias que usávamos em Forks. – vovô Carlisle disse – Por precaução, uma vez que pode existir alguém que nos conheça. Se forem apanhamos por alguém conhecido na faculdade digam que tivemos 7 anos conhecendo o mundo e que agora decidimos regressar e fazer a faculdade. – ele continuou. E foi isso mais ou menos que tinha acontecido. Vovô tinha aberto uma clínica em La Push para disfarçar sua idade em Forks. Meus pais e tios tinham ficado em casa me vendo crescer. Por vezes eles iam de “lua-de-mel” para algum sítio no planeta.

- Sim. – dissemos eu, meu pai, minha mãe e Jake.

- Jacob, você vai ter que se tornar um Cullen também para efeitos escolares. Você como Jacob Black já andou no ensino médio, logo vamos ter que criar outro histórico escolar para você. Você e Nessie serão os mais recentes Cullen. Nessie será uma irmã recém descoberta irmã de Bella que supostamente tinha morrido num hospital. Jake será um primo de Emmett afastado. Eu e Esme adoptamos Jake, depois de seus pais morrerem – vovô Carlisle – Jasper trate disso com o J.Jenks.

- Com certeza pai. – tio Jazz disse.

- Eu vou ter de ser uma irmã supostamente morta de minha mãe? – eu perguntei.

- Sim. Você ficou muito parecida com Bella. Tinham de ser parentes próximas. – vovô Carlisle disse – Quanto à história você supostamente veio viver com Bella assim que descobriu que eram irmãs. Ela como gosta muito de você, decidiu te adoptar e você trata Edward e Bella por pai e mãe.

- Ok, isso parece bem para mim. – eu disse.

- Legal, agora sou um Cullen também… - Jake disse.

- É. – meu pai respondeu.

- Bella e Edward, vocês continuaram casados. Emmett e Rosalie, Alice e Jasper vocês podem escolher se querem ser casados ou não.

- Eu não vou para a faculdade. Quem vai ficar cuidando de minha menina? – tia Rose perguntou.

- Eu posso cuidar delas. – vovó Esme se ofereceu.

- Eu quero ver minha garota crescer também. – tia Alice disse.

- Eu prefiro ficar em casa cuidando de Caroline. – Rose disse.

- Vocês são quem decide. – vovô Carlisle disse.

- Acho que não são só as garotas que querem ficar em casa… - meu pai disse e eu abri o campo. Emm e Jazz também queriam ficar para acompanhar pelo menos os primeiros anos de vida delas.

- Emmett e Jazz querem ficar com elas? – minha mãe adivinhou.

- Eu quero. – Emm disse.

- Eu também. – Jazz disse.

- Estamos conversados, então. Nós quatro vamos ficar cuidando das meninas. Esme também pode ajudar. – tia Rose disse.

- Como quiserem. Eu vou continuar trabalhando em minha clínica em La Push. – vovô Carlisle disse – Bella, Edward, já escolheram o que vão cursar meus filhos?

- Eu e Edward já conversámos sobre isso. Nós já decidimos. – minha mãe disse radiante. Ela estava radiante, mas não devia ser por ir para a faculdade, mas algum tipo de lucro que ela tenha obtido com isso.

- O que vocês vão cursar? – vovó Esme perguntou. Eu já sabia porque minha mãe estava contente…

- Nós vamos cursar juntos medicina. – meu pai disse – Bella tem um auto-controle perfeito e eu, eu treinei muito o meu com quando Bella era humana.

- Boa. – meu avó disse – Mais dois médicos para minha clínica seria perfeito. Renée e Charlie vão ficar muito orgulhosos de você Bella. Parabéns pela escolha.

- Obrigada Carlisle. – minha mãe disse.

- Obrigado. – papai disse.

- Uuh, mais dois médicos na família… nunca mais vou adoecer. – Emm zombou.

- Cala a boca Emm. – Rose disse – Nossa filha é humana. Ela pode adoecer. Quantos mais médicos melhor.

- É mesmo. – disseram tia Alice e tio Jazz em coro.

- Realmente tem suas vantagens. – disse Emm pensando na saúde de Caroline.

- Jake, seria melhor se você passasse a dormir aqui durante os dias de semana. Seria mais real.

- Com certeza Carlisle. – disse Jake.

-Não estou gostando muito disso não. – meu pai disse – Eu quero vocês dois bem afastados um do outro de noite. Cada um em seu quarto.

- Claro, claro. – eu e Jake dissemos em coro.

- Agora vocês falam em coro, é?

- Não. – respondemos em coro de novo. Emmett riu.

- Estou a ver… - meu pai disse.

No dia seguinte fui às compras com minha mãe, tia Alice, tia Rose, vovó Esme e as gêmeas. Comprei minha mochila e meu material escolar. Comprámos para o Jake também. Nossos livros também foram comprados.

- Vocês acham que os humanos vão gostar de mim? – eu perguntei.

- Claro Nessie. Além disso você deveria saber. Você passa tempo com humanos: com o seu avó Charlie, com a sua avó Renée, com a Claire, com a Sue, com a Emily, com a Rachel e com o Billy.

- Todos eles são humanos, mas eles sabem a verdade ou parte dela. – eu disse.

- Eles vão te amar Nessie. – tia Rose disse.

- É verdade minha querida, não há nada a temer. – vovó Esme disse.

- Acham mesmo? – eu perguntei.

- Sim. – responderam todas em coro.

- Eu posso ver isso. – minha tia Alice disse – Rapazes vão babar por você, raparigas vão ter inveja de sua beleza. Professores vão gostar de sua inteligência. Você vai até arranjar uma nova amiga no primeiro dia de aula.

- Uau. Como você sabe isso Alice? – minha mãe perguntou.

- Como eu já disse, eu ando vendo melhor a Nessie nesses últimos tempos. Ela chegou à idade adulta por isso já não é tão incerta.

- Ah. – minha mãe respondeu – Isso é bom, e útil.

- Tem certeza de tudo o que viu? – eu perguntei à tia Alice.

- Sim.

Nós chegamos em casa e tudo estava muito silencioso. Apenas com uma excepção. Eu abri o campo e li na mente de tia Alice a resposta para isto.

- Está tudo tão silencioso. – comentou vovó Esme.

- Onde estão os garotos? – perguntou minha mãe.

- Emmett levou Jazz para cumprir sua promessa de novo. Edward foi junto. – tia Alice respondeu – Carlisle deve estar na clínica. E Jacob, bom, Jacob todas nós sabemos! – ela riu e todas acompanhámos.

- Dormindo no quarto. – respondemos todas. Dava para sabermos isso graças ao seu cheiro particular e ao som de seus roncos.

- Alguém vai acordar ele? – tia Alice disse e piscou para mim.

- Eu vou. Com certeza. – eu disse. Subi as escadas, abri a porta de seu quarto e deparei-me com uma cena vinda dos céus. Ele devia ter tomado um banho (quando ele corre e vem para aqui, ele toma banho para que seu cheiro não fique ainda mais ruim para minha família) pois ele estava apenas de boxers (ele tinha um closet inteirinho que tia Alice tinha feito para ele), a toalha estava no chão, ele estava deitado na cama, de barriga para cima e destapado. Coitadinho, devia ter feito ronda e devia estar exausto. Ele ali deitado estava me tirando o folgo: apenas de boxers, com seus músculos ali bem definidos e seu peito nu. Ai meu deus, que tentação! Foco Renesmee, foco! Eu tinha um objectivo a concretizar: acordar o Jake.

Subi a cama dele. Sentei-me no seu tronco nu, e que deus me ajude para não ter outras ideias, encostei meus lábios ao seu pescoço e fui o beijando desde o pescoço até ao fim de seu braço. Depois subi de novo o beijando e alcancei seus lábios. Beijei-o intensamente, ele correspondeu e sussurrei:

- Acorda dorminhoco!

- Que bela maneira de acordar. – ele disse rindo ainda de olhos fechados – Será que ainda estou sonhando?

- Não está sonhando não, lobinho lindo. – eu disse – Quer que eu lhe prove?

- Sim. – ele respondeu – Me belisque. – eu aproximei meus dedos de sua pele quente, mas em vez de o beliscar eu fiz um carinho nele. Depois o beijei na boca e corri para seu sofá de quarto. Minha táctica funcionou, ele abriu imediatamente os olhos para procurar por mim.

- Nessie…?

- Tou aqui. – eu disse – Tá vendo como estava acordado?

- É parece que sim. – ele disse emburrado – Não era preciso ter se afastado de mim. Aqui no meu colo você estava muito bem.

- Claro meu amor. – eu disse e me senti no seu colo. Ele agora estava sentado (mas ainda de boxers), que perdição! Eu olhei para a janela de seu quarto para me distrair e pensar noutra coisa.

- No que você está pensando? – ele perguntou.

- Em nada. – eu menti. Bolas, ser apanhada agora não fazia parte de meus planos.

- Nessie, não minta. Você é tão má a mentir como sua mãe era (e ainda é). – Jake disse.

- Eu… eu tava pensando na escola. Será que os humanos vão gostar de mim? – eu menti, mas só um pouquinho. Eu realmente estava preocupada com isso, mas não era isso que eu estava pensando agora.

- Oh Nessie. – Jake disse tentando me confortar – Claro que eles vão gostar. Você é simplesmente o ser mais perfeito que existe no Universo.

- Obrigada Jake. – eu disse – Vamos descer para você ver seu material novo. Espero que goste, fui eu a escolher.

- Claro que vou gostar. Qualquer coisa que você tenha escolhido eu vou amar.

- Acho melhor você… vestir alguma coisa. – eu disse arfando, ele olhou para si e riu percebendo o porquê da minha frase – Apesar de você andar por ai apenas de shorts todos os dias, não é todo o dia que você usa só boxers. Pode traumatizar as mulheres dessa casa. – eu tentei explicar, minha cara estava fervendo. Meu coração estava louco. Maldita parte humana, às vezes se torna tão inconveniente!

- Calma Nessie. – ele disse colocando uma mãe por cima de meu coração – Acho que esse ai ainda rebenta. – meu coração irremediavelmente começou a bombear meu sangue ainda mais depressa como reacção ao seu toque – Uau… Eu provoco isso tudo em você? Isso é incrível. – ele disse impressionado e divertido ao mesmo tempo – Bem, eu vou ao closet procurar qualquer coisa. Já sei que vou demorar horas, mas tudo bem.

- Eu posso procurar para você. – eu disse.

- Isso seria excelente. – ele disse e eu voei para seu closet. Eu encontrei uma calça social branca e uma camisa preta que lhe ia ficar coladinha ao corpo. Arranjei também uns sapatos que ficassem bem.

- Tome. Vista isso. – eu disse lhe entregando.

- Tanta roupa. – ele disse.

- É para compensar a falta dela. – eu disse.

- Eu acho que é para você se controlar. – ele disse rindo.

- Tanto faz. Se vista. – eu disse – Te espero no corredor.

- Tudo bem. – ele disse e eu sai. Dois minutos depois ele saiu também todo arrumado.

- Muito bem, senhor Black. – eu disse – Você está maravilhoso.

- Você já se viu ao espelho hoje, senhorita Cullen? – ele me perguntou e eu assenti – Acho que tem de ver de novo. Você está um espanto. – ele disse e eu corei. Eu estava vestindo um vestido curto verde musgo aos folhos sem alças com uma fita por baixo do busto que fazia um laço nas minhas costas. Eu estava calçando uns sapatos verde musgo também com um salto agulha. Meu cabelo estava solto cacheado.

- Obrigada. – eu disse e finalmente descemos as escadas de mão dada.

- Finalmente Jacob. – minha mãe disse – Pensei que Renesmee fosse levar a eternidade para te tirar da cama hoje.

- Nessie tem técnicas muito eficazes para me acordar. – ele disse piscando para mim.

- Acredito que sim… - minha mãe disse.

- Nossos meninos estão chegando. – tia Alice disse.

- Quanto tempo Alice? – tia Rose perguntou.

- Trinta segundos. – ela respondeu e 30 segundos depois lá estavam eles entrando pela porta.

- Oi. – eles disseram em coro.

- Oi. – Nós respondemos. Eles correram para suas esposas.

- Senti tanto a falta de você. – meu pai disse beijando minha mãe.

- Eu também. – ela respondeu.

- Quem venceu dessa vez? – tia Rose perguntou.

- Eu. – tio Jazz disse vitorioso. Tio Emm não disse nada, provavelmente emburrado por ter perdido.

- Não fica assim querido. – tia Rose disse.

- Ele trapaceou. – tio Emm disse.

- Não trapaceou não. Eu estava lá e vi tudo Emmett. – meu pai disse.

- Isso diz você. – Emm disse e eu abri o campo. Eu vi na cabeça dos três as lutas e viu-se claramente que tio Jazz ganhou sem trapacear.

- Tio Emm se acalme. Eu vi tudo nas mentes deles e não há batota. Ele ganhou sem trapacear.

- Também você? – ele perguntou indignado – Mostre para os outros essa luta injusta. – ele pediu e eu assenti. Mostrei a todos com o meu dom o que eu tinha lido na mente deles.

- Emmett querido, você tem que admitir que desta vez perdeu. – vovó Esme disse.

- É verdade, meu bem. – tia Rosalie disse.

- Meu marido ganhou justamente. – tia Alice disse. Emm virou-se para ouvir a opinião de Jake.

- Desculpa Emm. Mas, eles têm razão. Jasper ganhou sem trapacear. – Jake disse.

- Bom. Tenho mesmo de esquecer. Não posso contar com vocês. – tio Emm disse pegando Caroline – Só você me entenderia – ele disse falando com ela – Preparados para a escola?

- Sim. – respondemos em coro.

A manhã seguinte chegou depressa. Tia Alice estava sentada na cadeira de baloiço de meu quarto com Sara em seus braços.

- Bom dia, dorminhoca. – ela sussurrou.

- Bom dia tia. – eu disse.

- Se vista. Tem ai na sua frente a roupa que você vai levar hoje para a escola. – ela disse. ESCOLA, eu ia hoje para a escola. Espero que tudo corra bem, ao menos vou ter Jake ao meu lado.

- Ok. – eu respondi, peguei a roupa e fui para o banheiro tomar um banho. Quando terminei, vesti uns jeans novos escuros com uma blusa de amarrar ao pescoço pérola, com um sobretudo até ao joelho azul-marinho de meia manga e por fim um cachecol azul e branco com fios dourados. Tia Alice escolheu uma roupa perfeita, como sempre. Meu cabelo iria cacheado. Pus meu gloss simples. Eu estava muito bem mesmo. Desci as escadas e lá estava Jake me esperando com uns jeans ganga escuros como os meus e uma camisa branca. Ele tinha uma jaqueta azul-marinho.

- Oi. – ele disse – Você está linda.

- Oi. – eu disse corada – Obrigada, mas você está mais.

- Não brinca. Alice usou as mesmas cores em nós…

- Parece que sim. Vamos parecidinhos…

- Isso me agrada! – ele disse rindo – Vamos tomar o café da manhã. – e nós fomos, quando terminámos fomos para a sala, buscar nossas malas que tia Alice já tinha arrumado e vimos minha mãe e meu pai. Minha mãe estava com uma calça ganga escura, com uma blusa vermelha e um sobretudo branco. Obra de tia Alice, claro. Meu pai vestia uma calça social preta e uma camisa azul. Estavam ambos muito lindos.

- Vamos. – meu pai disse – Nós não queremos chegar atrasados logo no primeiro dia. Jacob e Nessie vão na mota do Jake. Eu e Bella vamos na…

- …na nada! – disse minha mãe – Nós vamos no seu volvo.

- Tudo bem. – papai disse – Vamos onde você quiser. Nessie e Jake, não se esqueçam: cuidado com suas histórias. Nessie não meta seus pensamentos na cabeça de ninguém além de Jake. Se ler os pensamentos de alguém, tenha cuidado e não responda as suas perguntas não verbalizadas.

- Claro papai. – eu disse.

- Claro Edward. – Jake disse.

Nós saímos de casa e fomos para a escola, eu fui sempre agarrada a Jake em sua moto ao sabor do vento. Essa sensação era indescritível.

- Chegámos. – disse Jake estacionando a mota. Todo o mundo estava nos olhando. Eu abri o campo.

“Esses devem ser os garotos novos.” – pensou uma voz feminina.

“Uau, eles estão juntos. Que pena, a garota é uma gata!” – pensou um garoto.

“Que pedaço de homem. Ele é um tremendo gato. Se eu fosse a ela não só agarrava sua mão, como seu corpo todo…” – pensou uma garota muito irritante e eu decidi fechar o campo.

- Jake, - eu sussurrei de modo a que apenas ele me ouvisse.

- Sim, Nessie? – ele perguntou no mesmo tom que eu.

- Me faz um favor?

- Qualquer um.

- Me beija. – eu pedi e ele assentiu. Ele me agarrou pela cintura, entrelaçou seus braços em volta dela, suas mãos exploraram meu cabelo, as minhas exploraram o dele e nossos lábios se moveram urgentemente um no outro. Quando terminámos, já ambos ofegantes, senti que todo o mundo tinha parado em círculo, a nossa volta para ver. Eu corei imediatamente. Jake riu, me deu a mão e nós caminhámos juntos para a secretaria, onde iríamos pegar nossos horários.

- Oi meninos, em que posso ajudar? – uma mulher por volta dos 45 anos nos perguntou.

- Nós somos os Cullen. Meu nome é Renesmee Cullen e esse é o Jacob Cullen.

- Ah. – ela disse – Sejam bem-vindos senhor e senhorita Cullen.

- Obrigada. – eu disse.

- Obrigado. – Jake disse também.

- Aqui tem seu horário, senhorita Renesmee. – ela disse e me deu – Aqui tem o seu Jacob. – ela disse e entregou a ele – Sinto muito pelo que aconteceu a seus pais Jacob. Fico feliz que tenha encontrado sua família Renesmee.

- É, eu também.

- Já passou. – disse Jake.

- É tudo. Se precisarem de mais alguma coisa é só dizerem. No final do dia tragam isso assinado pelos professores. – ela disse nos entregando cadernetas.

- Claro, claro. – eu e Jake dissemos em coro e ela riu. Nós saímos, vimos e comparámos nossos horários. Embora não fossemos do mesmo ano, tivemos sorte porque a maior parte de nossas aulas eram em salas próximas umas das outras.

- Eu tive uma ideia, Jake. – eu disse.

- Qual? – ele me perguntou.

- Como é nosso primeiro dia, eu pensei que podia tornar meus dons úteis. Eu lerei sua mente e manterei meus pensamentos na sua. Assim podemos conversar mentalmente mesmo estando separados.

- Excelente ideia. – ele me disse.

- É, eu também achei. – eu respondi. O sinal tocou: estava na hora de nos separarmos.

- Até logo Jake. – eu disse.

- Até logo pequena. – ele disse e me deu um beijo rápido.

Eu entrei dentro de minha sala e já estavam todos sentados. O professor estava em sua carteira preparando a aula. Eu ia ter aula de biologia e Jake ia ter aula de Inglês.

- Bom dia, caros alunos. Vejo que temos uma turma cheia de alunos novos e com vontade de aprender espero. – o professor disse – Oh, que má educação a minha. Meu nome é Alexis Brand, e como devem saber sou o vosso professor de biologia. Eu tenho nossa aula dividida em duas partes hoje. A primeira parte vai consistir na vossa apresentação. Vamos formar uma roda com as cadeiras e cada um vai se apresentar e contar resumidamente sua história de vida. – ele disse e eu não gostei. Eu ia ter de contar minhas mentiras para todos… - A segunda parte vai ser baseada nos conceitos básicos da biologia e uma leve abordagem ao programa.

“Ai, Jake. Lá vou eu começar a contar minha triste história.” – eu introduzi em sua mente. Eu já havia aberto o campo. Jake estava nesse momento sentado ao pé de uma garota chamada Angelina, ou Angie, como todos lhe chamavam. Angie tinha o cabelo meio cacheado, seu cabelo era castanho claro quase loiro e seus olhos eram castanhos. Ele já havia se apresentado à turma e contado a sua história de vida muito triste inventada por minha família.

“É verdade Nessie. Isso se torna muito aborrecido e mau da nossa parte. Eu odeio ver os olhares de pena que todos me mandaram, sem eu os merecer.” – ele pensou.

“Tem calma, meu amor.” – eu pensei para ele. As apresentações já tinham começado por aqui.

- Meu nome é Steve Livert. Tenho 16 anos e moro e sempre morei em Port Angels. Minha mãe é florista e meu pai é serralheiro. Eu tenho uma irmã com 6 anos. Seu nome é Emma.

- Próximo. – o professor Alexis pediu.

- Meu nome é Susan Melis. Tenho 16 anos e sou natural de Seattle. Meu pai é banqueiro e minha mãe é enfermeira. Eu sou filha única.

- Próximo.

- Meu nome é Renesmee Cullen. Tenho 16 anos. Eu cresci numa casa de acolhimento, porque meus pais pensaram que eu tinha morrido na maternidade. Foi então que no ano passado eu descobri que tinha uma irmã, a Bella. Eu conheci meu pai e minha mãe, mas como minha irmã já é maior e casada, eu decidi viver com ela. Ela decidiu me adoptar e me deu o nome de casada dela: Cullen. Eu gosto de meu pai e minha mãe, mas eu sinto um afecto muito maior por minha irmã e por seu marido, Edward. Por isso, eu os chamo de mãe e pai.

- Sinto muito que tenha vivido todos esses anos longe de sua família. – professor Alexis disse – Próximo.

- Meu nome é Margaret Ateara. Mas, por favor me chamem de Maggie. Eu tenho uma irmã, mas ela é fruto do anterior casamento de minha mãe. Seu nome é Angelina, ela anda no segundo ano aqui nessa escola. – Angelina, eu me lembrei da garota que estava sentada ao lado de Jake – Meu pai morreu no ano passado. Minha mãe é psicóloga. Eu vivo aqui em Port Angels, mas minha família vive em uma reserva perto de Forks, La Push. – Maggie Ateara, ATEARA, será que ela é parente de Quil? A garota era morena, seu cabelo era metade liso e metade cacheado. Seu cabelo era de um castanho muito bonito e ia até meio das suas costas.

“Jake você prestou atenção a isso?” – eu introduzi na mente de Jake.

“Sim, eu conheço essa garota. Ela é prima do Quil. Eu só não a via há alguns anos. Portanto, essa garota aqui ao meu lado, é a irmã dela. Embora ela não tenha o mesmo apelido e sangue do Quil, eles se tratam como primos.” – Jake pensou.

“Ok.” – eu respondi em pensamentos – “Ela sabe sobre lobisomens?”

“Sim Nessie. Seu pai era um, mas decidiu se deixar de se transformar para envelhecer com a mãe dela. No ano passado, Quil me contou que ele tinha morrido num acidente de carro.”

“Oh. Tudo bem. Sinto muito.”

- Sinto muito pelo seu pai Maggie. – o professor Alexis disse e as apresentações continuaram, por fim ele disse – Terminaram as apresentações por hoje garotos. Ponham as cadeiras no lugar e se sentem a pares nas carteiras.

- Posso me sentar com você? – eu perguntei para Maggie.

- Claro. – ela respondeu docemente – Uma Cullen então?

- Sim, você é prima do Quil.

- Como sabe disso?

- Sabendo. Eu o conheço muito bem. A ele e a todos na reserva.

- Uau. Eu já não vou à reserva há uns 8 anos. – ela me disse.

- Ah. – eu respondi – Você conhece a história de Bella Swan?

- Sim. Eu me lembro que Jacob Black estava apaixonado por ela, mas que Edward Cullen era seu namorado vampiro.

“O quê? Você já teve apaixonado por minha mãe?”

“Renesmee calma. Eu gostei de sua mãe sim, mas quando você nasceu meu mundo mudou, passou a ser você o centro de meu universo.”

“Ok. Nós vamos conversar sobre isso depois com mais calma Jake. Eu quero saber de tudo.”

- O que mais você sabe? – eu perguntei.

- Mais nada, minha família não quis me contar mais.

- Bella se casou com Edward. Eles foram de lua-de-mel, mas eles não sabiam que vampiros podiam ter filho. Bella engravidou de mim e morreu no parto, mas meu pai, Edward, a transformou em vampira.

- Uau. O que você é? – ela me perguntou curiosa.

- Eu sou meia-vampira e meia-humana. – eu disse.

- Maravilhoso. Você tem dons? – ela me perguntou – Sabe, é que eu ouvi dizer que seu pai tinha o dom de ler mentes e outra Cullen podia ver o futuro…

- Sim, minha tia Alice pode ver o futuro. Eu sou única, eu tenho 3 dons. Posso ler mentes como meu pai. Posso proteger minha mente dos outros dons, como minha mãe e ainda tenho o meu dom próprio.

- Que bom. Qual é o seu dom próprio?

- Posso mostrar para você? – eu perguntei.

- Claro.

“Eu posso mostrar tudo o que eu quero e penso para as outras pessoas. Eu posso colocar o que quiser em suas mentes.” – eu pus isso dentro de sua mente.

- E-X-C-E-C-I-O-N-A-L. – ela me disse – Como você conhece todos na reserva? Pensei que o trato impedia os Cullen de entrarem no território Quileute.

- Ai vem a parte mais que eu mais gosto da história. – eu disse – Conhece o Jacob bem?

- Mais ou menos. Ele sempre foi muito amigo de meu primo Quil.

- Você sabe o que é o imprinting? – eu perguntei.

- Sim, eu sei. Meu primo Quil teve um por um garota chamada Claire. – Maggie disse.

- Pois, - eu disse – Jacob teve um imprinting por mim no dia em que eu nasci. – eu lhe mostrei imagens desse dia, dos anos passando por nós e de nossa relação evoluir: de amor fraterno para amor entre homem e mulher. – Agora que eu cheguei à minha fase adulta em 7 anos, nós somos namorados. O trato perdeu validade desde o imprinting dele por mim.

- Ah. – ela disse – Isso é incrível. Sua história é maravilhosa. Acho que pudemos ser bastante amigas. Afinal, eu sei seu segredo e você sabe o meu sobre minha família.

- É, acho que sim Maggie. Mais uma coisa. – eu disse.

- O quê? – ela perguntou.

- Me trate por Nessie se quiser. É o apelido por que todos me tratam. – eu disse.

- Ok. – ela respondeu. O sinal do fim da aula tocou e nós fomos juntar para a próxima aula. Por sorte tínhamos um horário idêntico. Encontrei Jake no corredor à minha espera e ele me pegou nos seus braços e me beijou.

- Oi pequena. – ele disse – Oi Maggie. Há quanto tempo…

- Oi Jake. – eu disse.

- Oi Jacob. – Maggie lhe respondeu – Você não mudou nada.

- Felizmente não posso dizer o mesmo sobre si e sua irmã. Vocês mudaram muito. – ele disse rindo.

- Viu minha irmã? – Maggie perguntou.

- Vi sim. Ela já sabe de tudo sobre os últimos anos e sobre Nessie também. – Jake disse. Eu já sabia disso. Embora eu estivesse conversando com Maggie na aula eu mantive contacto com Jake através de pensamentos.

- Ah. – Maggie respondeu.

- Oi Maggie, Jacob. – Angie disse – Você deve ser a Renesmee?

- Sou sim. Prazer Angie. – eu respondi.

- Como você sabe que eu sou a Angie? – ela perguntou e eu ia responder, mas ela interrompeu-me – Deixa para lá. Eu sei que você lê mentes.

- É isso mesmo. – eu respondi.

O resto do dia passou rápido e da mesma maneira que esta primeira parte. Angie e Jacob tinham a maior parte das aulas juntos, eu e Maggie tínhamos as nossas aulas todas juntas hoje e tudo correu perfeitamente bem, à exceção de na hora de almoço, quando eu, Jake, Maggie e Angie estávamos sentados numa mesa a conversar animadamente e aparece lá uma pessoazinha que me irritou muito:

- Oi. Meu nome é Susan. Sou da vossa turma de biologia. – ela disse para mim e Maggie – Não me apresentam esse lindo garoto? – ela disse rindo e se atirando para cima do MEU Jake.

- Seu nome é Jacob. Ele é meu namorado. – eu disse num tom de ameaça para Susan. Mas ela não se conteve por isso.

- Prazer. Pena que tenha namorada. Mas, qualquer coisa, – ela disse rabiscando num guardanapo, se curvando na mesa e lhe entregando o guardanapo – me liga. Tem aí o número.

- Tudo bem, não vou precisar. – ele lhe disse.

- Vá embora agora. – eu disse com seriedade e frieza.

- Eu vou, mas volto. – ela disse em tom de desafio e foi se sentar em sua mesa.

- É preciso ter lata. – eu disse.

- Calma Nessie, já passou. – Jake disse – Não precisa de ficar assim.

- Ela precisa sim. – Angie me defendeu – Se fosse comigo, eu tinha ido à cara daquela garota.

- Eu também. – disse Maggie – Ela merecia.

- Eu sei, deixem para lá. – eu disse tentando me acalmar.

Angie

Maggie