Capítulo 13: Pondo os pontos nos “I´s”
Ponto de Vista da Mary
- Ninguém lhe mexe! – eu avisei – Minha mãe tá no carro, ela é médica.
- Rápido. – Anabela gritou.
Eu já tava indo para o carro, quando um cheiro forte a sangue me atingiu. Ela tava sangrando! Foge Mary, foge!
- Mãe. – eu chamei a vó Bella.
- Eu ouvi, querida. – ela me disse – Fica no carro, eu vou lá.
- Ok. – eu assenti. O cheiro a sangue podia ser demasiado para mim.
Depois de algum tempo, minha vó Bella apareceu com Marie nos braços inanimada.
- Vou levar ela para a clínica. – vó Bella explicou para mim. A professora Anabela assentiu em lágrimas e entrou no seu carro.
Eu, vó Bella e Marie fomos no carro de vó Bella. O pai, a mãe e o irmão de Marie foram no carro deles bem atrás do nosso.
Marie foi sempre inanimada.
- Onde está Elena, minha mãe e meu pai? – eu perguntei para vó Bella.
- Jake deve ter ido trabalhar. Sua mãe está na casa grande cuidando da Elena para mim. Edward já tá na clínica com Carlisle.
- Hum…ok.
Nós fomos para La Push. Assim que chegámos na clínica meu vô Edward já estava na porta da clínica com uma maca à nossa espera. Após colocarem a Marie na maca, vó Bella e vô Edward entraram para dentro com ela.
Eu me sentei na sala de espera com a mãe dela, o pai e o Ivan. Eles estavam muito impacientes e receosos. Bem, eu poderia me integrar nesse “Eles”.
Ivan andava de um lado para o outro, ora esfregando suas têmporas, ora remexendo seu cabelo com o nervosismo.
O pai da Marie batia o pé impacientemente no chão, vendo o tempo passar e nenhuma notícia.
Anabela estava sentada ao lado do marido dela, com a cabeça apoiada no seu ombro, chorando copiosamente.
Eu não aguentei mais e decidi entrar. Quando eu ia abrir as portas para a ala médica restrita, minha vó Bella saiu junto com meu vô Edward.
- Onde você ia, Mary? – vó Bella perguntou. Vô Edward devia ter ouvido meus pensamentos.
- A lado nenhum. – eu falei.
- Alguma notícia? – Anabela perguntou.
- Está tudo estável para a Marie. – vô Edward disse.
- Como assim estável? – Ivan perguntou.
- O que quer isso exactamente dizer? – perguntou o pai da Marie.
- A Marie partiu uma perna, um braço e quebrou um dedo do pé, mas não é nada demais. Ela vai recurar. – vó Bella disse com pesar.
- E…e o bebê? – perguntou Ivan.
- Infelizmente nem tudo correu bem…
- Não correu bem? – Anabela questionou.
- Ela sofreu uma grande queda, a criança não se conseguiu nidificar e Marie perdeu a criança.
- Meu deus. – eu comentei – Marie não vai ficar nada feliz.
- Apesar de tudo, isso foi uma coisa boa. – Anabela disse.
- Coisa boa? Coisa boa? – Ivan perguntou indignado – A Marie vai odiar.
- Pois vai! – o pai da Marie disse.
- Posso ir vê-la? – Anabela perguntou.
- Ela agora tá dormindo. – vô Edward disse.
- Talvez fosse melhor ser você a contar para ela, Mary. – vó Bella sugeriu.
- Porquê ela? – Anabela perguntou.
- Porque foi a ela que a Marie recorreu quando se viu em problemas.
- Ok. Se acham que é melhor…
- Eles têm razão. – o pai da Marie disse.
- Penso que ela deve tar acordando agora… – vô Edward disse, provavelmente detectando que sua mente, seus pensamentos estavam despertando.
- Eu vou lá. – eu disse.
- Quarto 28, no 2ºandar. – vó Bella disse e me abraçou – Boa sorte e cuidado com as palavras que vai usar.
- Claro. Obrigada. – eu disse e olhei significativamente para a família da Marie – Eu vou falar com ela e depois vos conto como correu.
- Ok. – a professora Anabela falou um pouco emburrada. Ela queria ser ela a contar.
Eu entrei no elevador e subi com um imenso nó na garganta. Como eu poderia falar para uma pessoa que perdeu um filho?
Embora fosse um filho não concebido com amor e intenção…ela poderia querer ficar com ele. Mais…antes dela cair, ela meio que insinuou que estava equacionando a hipótese de ficar com a criança…
Inspirei profundamente e abri a porta do quarto 28 da clínica da minha família.
Marie estava olhando para a janela com um ar distante. Ouvia-se o bip de seu coração dando sinal na máquina.
Seu braço e sua perna estavam engessados. Sua perna estava pendurada. Sua face era de profunda dor e desespero.
- TOC. TOC. – eu disse para anunciar a minha chegada – Posso?
- Mary! – ela falou com um pouco de mais emoção na voz – Entra.
- Se sentindo bem com esse gesso todo? – eu perguntei tentando aliviar o clima de tensão.
- Muito gesso, alguma dor, mas tou bem. – ela falou sem animo.
- Marie…
- Eu perdi meu bebê, não foi? – ela perguntou com sua mão na barriga.
- Infelizmente sim, você o perdeu. – eu disse em tom baixo. Eu tava me controlando para não chorar. Esse tema era muito delicado para mim, imagino para ela.
- Como isso aconteceu? – ela perguntou chorando a potes com a emoção e mágoa do momento.
- Depois de você tropeçar em seu ténis, você rebolou por todas as escadas. Você começou sangrando…teve uma hemorragia vaginal e ai mesmo começou perdendo sua criança.
- Eu ainda nem…tinha…pensado…direito…nisso! – ela disse entre os soluços – Eu…tava…pensando…em ficar…com…ela…
- Eu sei, Marie. Eu sei. – eu disse e a abracei.
- Por um lado, resolveu um grande problema da minha vida, mas por outro…eu acabei de perder uma parte de mim…
- Marie…você ia ter seus filhos nos abraços e ia sempre lembrar do que aconteceu com você…você ia perder a sua vida pessoal e adolescente. Você ia perder grande parte de seu futuro…
- Eu sei disso…Ia ser muito complicado…
- Sua família está lá em baixo e quer te ver…
- Oh, deus! Mande eles subir…
- Eu tenho de ir. Beijos. Fica bem…Qualquer coisa me chama. – eu disse e dei um beijo na sua testa – Se lembra: te adoro. Serei sempre sua amiga. Nas horas boas e nas horas menos boas.
- Obrigada. – ela disse e eu sai do quarto.
Me encostei numa das paredes e me sentei no chão inspirando e expirando profundamente. Que tragédia.
Quando desci para o primeiro andar me despedi de todos e sai da clínica.
- Oi, oi, oi! – tia Ly apareceu na minha frente.
- Tia Alice? – eu perguntei surpresa.
- Bella me ligou. Vim buscar você. – ela disse – Chega de dramas. Vamos ao shopping! Só eu e você! Sua mãe ficou em casa cuidando da Elena.
- Shopping? – eu engasguei – Hoje?
- Sim. – ela disse praticamente pulando de felicidade.
- Oh, tia…eu não tenho vontade nenhuma de ir. Eu acabei de sair de uma situação dramática…
- É. Por isso mesmo, querida sobrinha. – tia Alice disse – Você vem comigo que você esquecerá tudo.
- Pouco tempo? – eu perguntei tentando limitar o tempo que iríamos estar lá.
- Sim. Pouco tempo. Prometo.
- Promete mesmo? – eu perguntei com medo de chegar a casa só quando o centro comercial fechasse.
- Prometo. Eu tenho de ir buscar a Sara e a Carol na escola, quando baterem 17.30h. Hoje é meu dia. Amanhã é o dia da Rose.
- Hum…ok. Vamos lá, então. – eu me resignei. Ela rasgou um enorme sorriso em sua face. Só faltava ela pular de contente.
Nós entrámos no porsche amarelo canário que tio Jasper tinha oferecido a ela no natal passado e fomos para Seattle.
Quando chegámos perto de Seattle, ela me disse que estava organizando uma festa surpresa para vô Edward que estava fazendo anos em 2 meses.
Também me alertou para não pensar nisso perto dele e de estratégias para evitar pensar nisso.
Nós entrámos em mais de 300 lojas. E quando eu digo mais de 300 lojas, eu não estou exagerando. Tia Alice quando começa é uma coisa…
- Mary, ainda temos de passar num sitio primeiro. – tia Alice me disse às 17.10h.
- Onde? – eu perguntei.
- Na agência de viagens. – ela disse radiante.
- Para quê?
- Sua vovó Renée está com muita saudade de Bella e está ansiosa para conhecer a Elena. – tia Ly disse.
- Hum…
- Então, eu tive uma visão. Sua vovó Renée vai ligar para sua vó Bella. Bellinha irá querer visitar a mãe dela para mostrar a Elena. E eu sei também, que você e Nick vão querer ir…
- Vamos? Claro que vamos! – eu disse e bati na testa – E o Seth?
- Ele também vai. – tia Ly explicou – Eu não consigo ver vossas férias…e Maggie também deve ir.
- Como sabe então que eu quero ir? – eu perguntei.
- Quando sua vó Bella falar nisso, você e Nick dirão que querem ir.
- Ok. Vamos lá então. Não vejo a hora de chegar a La Push! – eu disse.
- La Push?
- Eu tenho de ir conversar com a Fillipa…
- Uhu…vai dar um jeito nessa vadia? – tia Alice me perguntou esfregando as mãos. Ela sabia de tudo.
- Vou sim. – eu disse.
- Faz bem…Ela merece.
Nós entrámos na agência de viagens. Uma mulher com o cabelo liso preso com um elástico, com uns óculos com uma armação grossa, estava teclando no computador com alguma impaciência.
Na sua placa com o nome dizia: Noemi Cample. O nome não condizia com a pessoa.
Ao fim de dez minutos, tia Ly não quis esperar mais e se sentou, mesmo sem ela chamar ninguém.
A agência estava vazia, não havia ninguém para Noemi atender. Por isso, era nossa vez. Ela não queria era trabalhar…
- Bem, são 7 passagens para a Flórida. – tia Alice disse.
- Cof. Cof. – a mulher tossiu e começou abrindo o software no computador para marcar as viagens.
- Quatro adultos, 2 adolescentes e uma bebê.
- Nomes…
- Isabella Cullen, Edward Cullen, Marianne Cullen, Nick Cullen, Elena Cullen, Seth Clearwater e Margaret Ateara.
- Mais devagar. – ela disse – Pode repetir os últimos nomes?
- Seth Clearwater e Margaret Ateara. – tia Ly repetiu.
- Ainda falta muito? – tia Alice disse batendo o pé. – Eu tenho de ir para casa!
- Aqui está. – Noemi entregou para tia Ly 10 minutos depois.
- Vou ter de ir muito depressa ou não apanharei as meninas a tempo. – tia Alice me avisou quando entrámos no carro.
- Ok. – eu disse.
Quando ela falou que iria depressa, ela não estava brincando. O ponteiro da velocidade foi quase sempre no limite até chegarmos na escola das garotas.
Assim que tia Alice parou o carro, o sinal bateu anunciando o fim das aulas das minhas primas.
- Boa tarde, mamãe. – Sara disse com a mochila nos ombros e deu um beijo na tia Alice. – Boa tarde, Mary.
- Boa tarde.
- Olá, tia Alice, Mary. – Caroline disse.
Elas entraram no porsche da tia Alice e se sentaram nas suas cadeirinhas.
A tia Alice me deixou em La Push.
- Tenha cuidado. Não se esqueça que sua força é sobrenatural contra ela, que uma simples humana…
- Claro, claro. – eu disse – Adeus tia Alice. Adeus meninas.
- Adeus. – as três disseram em coro. Caroline e Sara me enviaram um beijo no ar. Muito fofas, aquelas duas…
Eu entrei na oficina de meu pai, de Seth, de Quil e de Embry. Quil ainda estava na Lua-de-Mel.
- Oi. – eu disse.
- Oi Mary. – papai me disse. Eu fui lá e beijei sua face. Ele me despentiou.
- Hey. Não faz isso…
- Olá Mary! – Embry e Seth disseram.
- Oi. – eu disse sorrindo. Seth veio até mim e me deu um beijo de tirar o folgo.
- Tamos num local de trabalho! – papai disse nos separando.
- Papai!
- Jacob!
- Ahahahaha… – Embry riu.
- A Sara estava aqui. – eu disse para Embry.
- SARA? – ele perguntou surpreso – Eu queria ter visto ela…
- Você vai lá hoje à noite ou assim…
- Claro. – ele disse com cara de emburrado.
- A Fillipa está? – eu perguntei.
- Está sim. – papai disse – Guardámos ela para você. Hoje é o primeiro dia que ela vem em muito tempo. Ela tem estado faltando…
- Fingimos que estava tudo bem. – Embry sussurrou.
- Hum…certo. Obrigada.
- Tenha cuidado! – papai e Seth disseram ao mesmo tempo.
- Sempre. – eu disse e pisquei.
Eu subi para o segundo andar e encontrei aquela…vaca (desculpem a expressão, mas ela é assim).
- Fillipa, se importa de vir comigo à rua? – eu lhe perguntei. Ela tava com uma caneta na boca, olhando para papeis na sua secretária.
- Claro, Mariannezinha. – ela disse.
- Como você sabe meu nome completo?
- Eu trabalho aqui…eu já ouvi muita coisa…
- Certo, venha logo.
- Claro, tenha calma… – aquela put* disse rindo debochadamente na minha cara e me seguiu.
Nós descemos e fomos para o exterior da oficina.
- Então, o que você tem para me dizer? Gostou de meu presentinho? – Fillipa me perguntou.
- Olha só: seu presente envenenado não quer dizer nada para mim. O Seth me ama e é meu! – eu disse.
- Ahahaha…me deixa rir! Isso é a piada do dia.
- Se fosse a você não ria tanto. – eu disse – Eu sei que você tem drogado o Seth.
- O quê Mary-rolhas? – ela perguntou rindo – Percebeu a conecção? Mary-rolhas = Mary-tampas. E tampas é uma coisa que você tem levado muitos nos últimos tempos…do Seth! Que só para esclarecer mesmo, ele é meu.
- É meu, sua vadia.
- Do que você me chamou? – Fillipa perguntou agarrando nos meus cabelos e os puxando.
- Larga meu cabelo já! – eu gritei bem forte – Você é uma sem noção mesmo. Você tem drogado meu namorado. Isso é crime!
- Eu não fiz nada disso.
- Para de mentir, sua vaca mentirosa! – eu falei enervada.
- Eu não sou mentirosa…
- É sim. E eu tenho provas. Tenho análises do sangue do Seth que provam que ele foi drogado. Eu vou denunciar você para a policia.
- NÃO! Não, isso não! – ela pediu quase de joelhos.
- Porque eu não faria isso?
- Eu prometo que não volto a fazer isso.
- E como eu sei que isso é verdade? – eu perguntei.
- Eu não quero ser presa.
- Você cavou sua fossa. – eu disse – Fillipa, você está despedida!
- O quê?!? – ela perguntou me agarrando pelo colarinho e nos meus cabelos.
- Me larga!
- Larga ela! – meu pai e Seth chegaram. Seth nos separou. Papai agarrou na Fillipa e Seth me abraçou.
- Foi isso mesmo que ouviu. Você está despedida! – Seth disse firme.
- E tá com muita sorte de não ser denunciada para a polícia… - papai falou.
- Pois é…Vadia…Porca…Inutil… - Embry a insultou.
Ela saiu correndo.
- Tenho de ir para casa falar com o Nick. Há uma pessoa que merece sua visita…lá na clínica… - eu disse ao Seth e o beijei, me despedindo.
Muito legal,a Filipa mereceu achei muito bem feito..enquanto ao resto ficou incrivel,como sempre maravilhosoo amo sua fic e vc me surpreende cada vez mais! bejijoos *_*
ResponderEliminarPor favor posta com mais freqüência eu não agüento esperar eu estou entrando em colapso nervoso aqui...
ResponderEliminarRsrsrrsrsrsrrsfssfs. Continue com o ótimo trabalho que esta fazendo!! Vc vai longe !!!parabéns pela fic!!!
Victoria
parabéns.... bjs
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