Capítulo 15: Despedidas
Ponto de Vista da Mary
Fiquei triste por saber que minha amiga Marie, a irmã do Ivan ia viver para Boise. Ela era uma boa amiga.
Meu último dia na Flórida, foi maravilhoso como todos os outros. Deixou aquele gostinho de “quero mais”. Mas, como tudo, o que é bom termina depressa.
Eu estava um pouco preocupada com meu crescimento e de Nick. Nós não poderíamos voltar para a escola, porque todos iam notar nosso crescimento fora do normal.
Vó Bella e vô Edward disseram para ficarmos calmos, que quando a família estivesse toda junta, iríamos achar uma boa solução.
Eu fiquei mais calma depois disso.
Em todos esses dias, por mais que tenhamos tentado, não deu de maneira nenhuma para trocar de quarto com Nick.
Nosso plano era bem simples: esperar que vô Edward e vó Bella…enfim…se entretecem um com o outro de noite, uma vez que eles não dormem (eu preferia não pensar no que eles realmente fazem, embora eu tenha uma ideia bem clara sobre isso…) e depois, íamos para o banheiro da casa, a seguir, era só trocar de quartos.
Mas, vô Edward é muito atento. E se ele se envolveu com vó Bella, nós nem notámos…eu julgo que eles não se envolveram esses dias…vovó Renée não tinha as paredes do quarto à prova de som, e as camas poderiam ser demasiado fracas para…aquilo…
Sempre que tentámos trocar de quartos, fomos apanhados.
Vô Edward e vó Bella não podiam sair no sol, para a pele deles não brilhar, e vovó Renée ficava em casa com eles, aproveitando cada segundo contado com sua única filha.
Eu, Seth, Nick e Maggie íamos todos os dias para a praia, durante a tarde.
Temos as praias em La Push, mas nunca está sol…e por muito que eu tenha um lobo para me aquecer, só para mim, é diferente…eu necessitava de um pouquinho de vitamina D também.
Na volta para casa, não houve nem metade dos problemas de cenas ciúmes, as pessoas pareciam ligeiramente mais controladas agora.
Assim que o avião pousou em Seattle, comecei sentindo um nervoso miudinho. Minha família ainda não me tinha visto desde que eu cresci.
O que minha mãe ia achar? E meu pai? E o resto da família? Eu não sabia e isso me inquietava.
No entanto, e como sempre, eu tinha sorte de não ser a única…Meu irmão também tinha crescido. Ele também era parte da “novidade”.
À saída da recolha das bagagens, minha família toda nos olhava com curiosidade.
- Linda, linda, LINDA!!! – meu pai disse assim que eu cheguei ao pé dele. Ele me abraçou forte.
- Senti saudade de você. – eu falei de coração mesmo. Era pura verdade.
- Eu também, filhota. – ele me disse.
- Maravilhosa, Mary. – mamãe disse e me abraçou.
- Lindo, Nick.
O resto da família nos elogiou muito e ao fim de um tempo de abraços e beijinhos, nós fomos para casa. Fala sério, isso não se parecem nada com aqueles vampiros ridículos que aparecem nos filmes. Os vampiros à séria, como nossa família, são bem legais.
Quando chegámos em casa, o assunto ficou mais sério.
- Família, venham para nossa sala de “reuniões” habituais. – vovô Carlisle disse e todos o seguimos. Incluindo Maggie, Seth e Embry, que também estava aqui.
- Nós também? – Maggie perguntou incerta, antes de se sentar.
- Sim, claro. Vocês são parte da família. – vovó Esme disse carinhosa, como sempre.
Angie e Alec, Jane e Victor e Quil e Claire já tinham voltado da lua-de-mel. As alianças nos dedos da Jane, do Victor, da Angie e do Alec faziam nascer um sorriso torto no rosto deles.
- Bem, como é visível aos olhos de todos, incluindo aos humanos, como a Carol e a Sara, Nick e Mary cresceram, certo meninas? – vovô Carlisle perguntou para confirmar com as minhas primas.
- Certo, vovô. – Sara e Carol responderam em coro.
- Isso nos deixa num ponto que é perigoso, pois poderia nos expor para os humanos. – vovô Carlisle disse.
- Mas, nós entendemos se tivermos de mudar de escola. – Nick, meu irmão, disse.
- O problema não é só esse… – vovô Carlisle disse.
- Não? – vô Edward perguntou.
- Eu esperei até vocês chegarem, para estarmos todos juntos, para vos contar o que eu tenho para contar… – vovô Carlisle disse.
- Desembuche. – tia Rose disse.
- Bem…há dias, eu estava dando uma consulta na clínica, quando uma paciente me falou que eu cada dia estava mais novo…que a idade parecia não passar por mim…se é que me entendem…
- AH! – todos exclamámos.
- Bella, sei que você ama muito seu pai e é por Charlie e por Jacob que nos temos mantido tanto tempo em Forks. Depois surgiram a Sara, a Carol, a Mary e o Nick, e suas impressões e a cada dia ficámos mais apegados a Forks.
- É…
- Mas não podemos negar o inegável…nós estamos há mais de 14 anos em Forks…nós já nos mudámos para trabalhar o mais longe, usámos roupas mais adultas, nos maquilhamos…mas é impossível permanecer mais tempo aqui…não por agora, pelo menos.
- Entendo. – vó Bella disse triste, mas ela sabia perfeitamente da dura realidade.
Mas espera…se nós íamos nos mudar…eu ia ficar sem SETH! Nick ia ficar sem Maggie! Ai, não…não, não e Não!!!
- Não!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – eu gritei de repente.
- O que foi, Mary? Te dói alguma coisa? – tio Emm perguntou.
- E o Seth? – eu perguntei.
- E a Maggie? – Nick perguntou.
- E o Embry? – Sara também se queixou.
- Eu estou os convidando para vir connosco. Se eles quiserem, claro…
- Eu vou junto! – Seth disse logo e eu comecei normalizando minha respiração. Fiquei tão aliviada…
- Eu também. – Maggie falou. Senti meu irmão relaxar.
- Tou nessa. – Embry disse por fim e vi Sara se acalmar.
- Será um prazer ter vocês conosco. – vovó Esme disse.
- Obrigada. – eu disse para Seth e deitei minha cabeça no seu ombro.
- Eu te amo. – ele me disse – Para onde você for, eu irei. Eu por você vou até ao fim do mundo!
A reunião continuou discutindo os detalhes de como e quando, e segundo tia Alice nos mudaríamos até o final da semana.
- Para onde? – mamãe quis saber.
- Para Fairwood. Fica a cerca de 400km de Seattle, logo como se percebe facilmente, é uma distância muito curta para seres tão velozes como nós. Mas é o suficiente para começarmos uma vida nova.
- Nós já temos uma casa lá e tudo! – tia Alice anunciou. Todos olhámos para ela surpresos.
- Temos? – tio Jasper perguntou.
- Eu comprei há 6 meses atrás. – ela afirmou feliz – Se esqueceram que eu vejo o futuro, foi?
- Não…mas você não contou para ninguém, amor. – tio Jazz comentou.
- Era uma surpresa. – ela falou – Ai, eu tenho de confessar: a casa está linda, linda, linda!!! É uma das melhores que já tivemos, senão mesmo a melhor, até hoje.
- Porque não falou para mim, Alice? – vovó Esme perguntou – Você sabe que eu gosto de ajudar a decorar…
- Eu sei Esme. – tia Alice disse – Mas eu queria decorar essa casa sozinha…se importa? – ela pediu como se tivesse a idade da Elena…
- Tudo bem, Alice. Não há problema…
Os dias foram passando e nós começámos embalando algumas coisas que não queríamos deixar para trás. Tia Alice disse que nós não precisaríamos de nada disso, uma vez que ela já tinha comprado tudo o que íamos necessitar, novos closets inteirinhos para todos, incluindo para Seth, Maggie, Embry e todos os outros.
Eu estava um pouco triste de deixar tudo para trás. Forks e La Push foram sempre os sítios onde eu cresci e vivi 7 anos da minha vida, o que traduzindo, era a minha vida inteira até agora…
Eu ia ter saudades do vovô Charlie, da Sue, da Leah, do Tom, da Emy, do Sam, do vovô Billy, da Sophie, da tia Rachel, do tio Paul, da Claire, do Quil, do Jared, da Kim, etc., resumindo: de todos.
Mas eu sabia que isto era necessário. E Fairwood era mesmo aqui ao lado.
Chegou ao dia da nossa partida e o sentimento de saudade era geral. Alguns mais do que outros, mas era notório que Forks, La Push e as pessoas que aqui viviam iam deixar saudades em todos nós.
Papai, Seth e Embry iam deixar a oficina nas mãos do pobre Quil. Eles iam abrir uma nova filial em Fairwood. Mas, depois de algum tempo pensando e de reuniões entre eles, eles decidiram que o melhor era fazer uma sociedade com o Sam, o Jared e o Paul. Eles aceitaram e então ficariam cuidando da oficina junto com o Quil.
Vovô Carlisle vendeu a clínica a um médico amigo dele, que segundo ele e meus avôs era muito bom médico e iria continuar um ótimo trabalho em La Push.
Eu me despedi de Ivan por telefone, deixando algumas palavras encorajadoras em relação à Marie.
Vovó Esme e vovô Carlisle já haviam partido ontem para iniciar a tratar de alguns assuntos legais por lá.
Antes de partirem, nós nos reunimos mais uma vez para definir as novas ligações familiares e histórias que íamos contar em Fairwood.
Flashback
- J.Jenks esteve trabalhando muito duro durante quatro dias e fez os nossos novos passaportes. – vovô Carlisle disse.
- E então? – eu perguntei.
- Alice e Bella serão irmãs de sangue. As irmãs Swan. Isabella e Alice Swan. Foram adotadas pelos Cullen.
- E eu? – tia Rose quis saber.
- Rose e Jasper, mais uma vez serão irmãos gémeos, sobrinhos de Esme, os irmãos Whitlock.
- Qual é minha história? – tio Emm também quis saber.
- Emmett, Edward e Angie serão primos entre si e meus sobrinhos mais novos. São Cullen portanto.
- Eu e Alec vamos ser irmãos? – Jane perguntou.
- Jane e Alec serão nossos filhos biológicos. Com o sobrenome Cullen também, claro.
- E nós, os lobos? – Maggie perguntou.
- Maggie e Seth vão ser os irmãos Clearwater. – vovô Carlisle disse – Serão nossos afilhados e estavam vivendo conosco por tempo indeterminado.
- E eu? – papai perguntou.
- Jacob, Embry e Victor serão os irmãos Black. Vivem os três conosco, porque são amigos da família.
- Já agora, e eu? E mamãe? E Nick? – eu quis saber.
- Vocês serão irmãos, também adotados por nós. Cullen também. – vovô Carlisle falou.
- Sara e Caroline? – tia Rose perguntou.
- São filhas de um irmão da Rose e do Jasper que morreu num acidente de carro com a mãe delas. Nós as adotámos. Mas o sobrenome delas é Hale. – vovô falou.
- Ok.
- Alguma reclamação?
- Não. – todos respondemos em coro.
- Dou por encerrada a reunião. – vovô disse e sorriu pacientemente para todos nós.
Fim do Flashback
As histórias eram simples, mas nós éramos muitos, já sabíamos que íamos chamar a atenção na cidade.
Seguimos todos para La Push, tia Rachel decidiu fazer um mega lanche de despedida. Claro que minha família vampira não comeria, mas ia aproveitar o convívio.
- Sabe, eu acho que no fundo isso vai ser bom para você, Mary. – mamãe disse.
- Porquê, Nessie? – papai perguntou.
- Porque vamos construir novas vidas e começar de novo, longe dessa Fillipa por exemplo.
- Isso é verdade. – concordei.
O lanche decorreu na maior das felicidades, mas no fundo eu tinha um nó na minha garganta só de pensar que ia deixar essa gente para trás por um tempo…como meu vovô Charlie, por exemplo.
Vovô Charlie é aquele tipo de homem que parece durão. Ele não gosta de falar de sentimentos, mas é o maior sentimentalista de todos.
- Bells, eu vou sentir tanto a sua falta, filhinha. – ele falou a abraçando. Ele estava evitando, mas seu rosto estava super vermelho e seus olhos estavam inchados de chorar.
- Eu também, Charlie. Eu também. – ela disse. Vó Bella sempre teve essa “mania” de chamar o vovô Charlie pelo nome. Ele não gosta muito, no entanto.
- Se cuida Marianne! – Sophie me disse. Ela nunca me chamava pelo meu nome inteiro desde os meus 2 anos físicos.
- Me cuidarei. – eu falei e a abracei – Cuida de meu vovô Billy para mim?
- Claro, e você cuida das minhas duas filhas, tá bem? – ela perguntou baixinho e piscou.
- Eu cuido. – eu sussurrei.
- Hey, eu ouvi isso. – Angie disse.
- Eu também. – Maggie adicionou.
- Era para ouvirem, bebês. – Sophie disse com imenso carinho.
- Bebês!?! – ambas exclamaram.
- Sim, para mim vocês são. – ela disse.
- Hey, Sue. – eu falei quando ela estava um pouco abatida olhando para Seth se despedir de Leah.
- Oi, Mary. – ela disse sem olhar.
- Você está zangada comigo? – eu questionei.
- Não, Mary. – ela respondeu um pouco ríspida. Eu quase que me encolhi.
- O que está havendo? – eu quis saber.
- Nada…nada…
- Você está assim porque eu vou levar o Seth para longe de você?
- Não, querida. – ela disse – Me desculpa se tou sendo bruta com você. É só a minha saudade louca de mãe falando por mim.
- Me desculpa. – eu que falei – Eu sei que o Seth só vai por mim…
- Não é preciso pedir. O Seth vai por você, porque te ama…imprinting é assim…inexplicável…intenso…
- É.
Eu continuei dando a volta por todos e parei da Claire.
- Recém-casada, não me dá um abraço de despedida, não? – eu perguntei rindo.
- Dou sim, Mary. – ela disse e me abraçou.
- Vou sentir saudade de você, recém-casada. – eu afirmei.
- Também eu…de você, de nossas conversas, de sua mãe…de tudo e de todos…
- Vou esperar uma visita sua! – eu avisei – E mantenha contato: por email, por celular…qualquer coisa! Mas, não se esqueça de mim e de que eu existo.
- Te adoro. – ela disse chorando comigo.
- Eu também. – eu disse e a passei para minha mãe que nos observava.
- Vovô Charlie…
- Marianne…você cresceu e ficou numa garota linda em tão pouco tempo…
- Obrigada, vovô. O senhor sempre foi muito importante para mim e continuará a ser. Sabe disso?
- Claro, Mary. – ele me disse e me abraçou com as lágrimas nos olhos. As minhas já escorriam por minha face com aquele clima de despedida.
- Vá, vovô. Isto não é um adeus, isso é um “até já”. – eu falei – Fairwood fica muito perto daqui e nós necessitamos disso, você sabe…não dá para aguentar mais tempo em Forks…
- Sim, eu sei. – ele disse e arrumou meu cabelo – Eu não sou muito bom com as palavras, você sabe disso, mas…eu queria dizer que te adoro, Mary.
- Te adoro também, vovô. – eu disse e o abracei demoradamente.
Depois eu fui me despedir de vovô Billy e de todos os outros. Não preciso de dizer que chorei litros, pois não?
Agora já íamos a caminho de Seattle, para apanharmos o nosso avião. Mamãe e papai nos mandaram ir no carro de tio Emm e tia Rose, com Caroline.
Eles sabiam que o humor de tio Emm nos ia animar.
- Rose…você sabe se existem muitos ursos em Fairwood? – ele perguntou animado.
- Eu não sei, Emm. – ela falou rindo da cara de entusiasmado dele – Talvez haja, amor. Alice disse que Fairwood tinha uma fauna e flora muito abundante e muitas, muitas florestas…
- Isso seria perfeito, Baby. – ele falou.
- Ao menos dessa vez não tá falando para mim! – Carol suspirou de alívio. Tio Emm frequentemente a chamava de bebê…por isso, era normal ela se sentir assim.
- Nunca muda, titio. – eu falei.
- Eu? Jamais!
- Não dá mesmo… – Nick disse sorrindo.
Quando chegámos no aeroporto nossa família já nos esperava e fizemos o check-in.
Isso parecia uma cena como trailer de filme: “Fairwood – Coming Soon”, ou traduzindo “Fairwood – Estreia Brevemente”!
Gostei do Capitulo, já faz tanto tempo do J. Jenks e ele não morre nunca?
ResponderEliminarE Charlie e Billy o que acontecerá com eles no futuro?
E os seus lobos também não morrem, pois na história de Stephenie eles morrer, e eu acho que dar a imortalidade a eles é perfeito...
Nada como uma vida eterna ao lado de quem se ama, ansiosa pelo proximo capítulo!
Maravilhoso,gostei muito desse capitulo e do recomeço que as vidas dos personagens iram levar,achei muito legal,é parabens Caroline a cada dia a fic fica melhor ainda,beijusculos!
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